segunda-feira, 5 de novembro de 2012

1106 B GUICCIARDINI a Itália de grupo de reinos independentes a grande e unido país


06 DE NOVEMBRO: GUICCIARDINI general e estadista fecundo historiador da política

GUICCIARDINI
Francesco Guicciardini
(nasceu em 1483, em Florença, Itália; morreu em 1540, em Florença)

HISTORIADOR, JURISTA, DIPLOMATA E ESTADISTA FLORENTINO AUTOR DA HISTÓRIA DA ITÁLIA

GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1  o fim de sua organização militar medieval para a guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2  a preparação da nova civilização científica e pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou barões feudais.
O governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta primeira semana do mês da Política Moderna estão lembrados a partir da rainha Maria de Molina de Castela os estadistas italianos, espanhóis e franceses dos anos 1300, 1400 e 1500. Estabeleceram o governo central monárquico concentrado reunindo no rei os antigos dispersos poderes regionais dos barões do feudalismo. É a necessária unidade de comando no governo de um país. O rei Luis XI da França é o chefe da semana no domingo que a encerra.

Ver em 1104 01 B  em 04 de novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social política do mês.

GUICCIARDINI (1483-1540) escreveu a mais importante História da Itália na época, relatando o período que vai de 1494 a 1532. O livro tem importância por ser o autor um estadista ligado diretamente aos acontecimentos descritos. Os críticos mostraram grande admiração pelo texto, considerando-o pleno de veracidade.
A obra foi publicada depois da morte de Guicciardini. É uma das maiores entre as narrativas históricas do século 16. Destaca-se por sua cuidadosa crítica das fontes empregadas e por mostrar a Itália como um grande e unido país e não mais como um agrupamento de reinos independentes.
Contemporâneo e amigo de Niccolò Maquiavel (1469-1527), não compartilhou com a sua versão da política como a arte sem moral empregando a mentira e a violência. Concordou, no entanto com a crítica feita à igreja católica da época feita por Maquiavel, mesmo tendo colaborado por muito tempo com o papado.
Foi um político atuante na paz e um general bem sucedido na guerra, ao mesmo tempo em que manteve um fecundo trabalho de escritor nos temas da política e da história local. Na primeira metade dos anos 1500, a Itália tornou-se o campo de batalha de forças francesas, espanholas e alemãs, mas poucas repúblicas em guerra perderam sua independência.
A cidade de Florença combateu os indignos e anti-patrióticos descendentes de Cosme de Médicis o Velho. Dois membros da família Médici tornaram-se papas, com o nome de Leão X e de Clemente VII. Guicciardini como jurista e diplomata teve forte participação na política italiana, mostrando grande habilidade e firmeza na guerra e no governo de províncias como Módena, em Régio e em Bolonha.
Francesco Guicciardini colocou a história política numa narrativa natural comandada por leis humanas e por ambições humanas. A influência do ensino na Renascença, com o estudo da cultura grega e romana levou a separar os materiais da história religiosa do cristianismo dos materiais da história política laica moderna. A abordagem da história política tornou-se secular e realista.

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