terça-feira, 6 de novembro de 2012

1107 B ISABEL DE CASTELA na guerra com sua armadura a frente das tropas


07 DE NOVEMBRO. Isabel de Castela: forneceu os meios para a descoberta de América

ISABEL DE CASTELA
Isabel La Católica, Isabel I rainha de Castela e Aragão, Isabella I the Catholic
(nasceu em 1451, em Castela, na Espanha; morreu em 1504, em Medina del Campo, Espanha)

RAINHA DE CASTELA E ARAGÃO FEZ A UNIFICAÇÃO DA ESPANHA

No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1  o fim de sua organização militar medieval para a guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2  a preparação da nova civilização científica e pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou barões feudais.
O governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta primeira semana do mês da Política Moderna estão lembrados a partir da rainha Maria de Molina de Castela os estadistas italianos, espanhóis e franceses dos anos 1300, 1400 e 1500. Estabeleceram o governo central monárquico concentrado reunindo no rei os antigos dispersos poderes regionais dos barões do feudalismo. É a necessária unidade de comando no governo de um país. O rei Luis XI da França é o chefe da semana no domingo que a encerra.

Ver em 1104 01 B  em 04 de novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social política do mês.

ISABEL DE CASTELA (1451-1504), rainha de Castela e de Leão, casou-se com Fernando II de Aragão, em Castela com o nome de Fernando V de Castela. Após a conquista de Granada e de Navarra, esse casamento equivaleu, virtualmente, à unificação da Espanha. O país tornou-se, por um só golpe, uma potência preponderante na Europa.
Embora Fernando tivesse o título de rei de Castela durante a vida de sua mulher e que todos os atos fossem feitos ao nome “dos soberanos”, o poder supremo, em conteúdo como na forma, estava reservado a Isabel, que, até sua morte, tinha o mando no governo conforme sua vontade particular e independente.
Isabel possuía uma grande habilidade política, uma energia masculina, uma coragem heróica, uma firmeza inflexível, uma atividade incessante.  Todas essas qualidades estavam ao serviço de sentimentos muito nobres.
Deve-se ver com admiração o patriotismo esclarecido em muitos dos políticos dessa época. Em referência a Isabel, não pode ela ser acusada, como outros políticos, de ter jamais sacrificado a moral, tal como compreendida pelos melhores governantes. Os amplos princípios de justiça, os sentimentos de boa vontade, a piedade, a generosidade lhe foram sempre presentes. Isabel reuniu a um grau extraordinário a ternura da mulher com a energia do homem.
Isabel tinha 18 anos quando ela se casou, ela se tornando a rainha depois da morte de seu irmão, 5 anos depois, em 1474. O reino de Castela então estava desde longo tempo em anarquia. O projeto de governo para Isabel, como para todos os grandes príncipes dos séculos 14 e 15, era de reduzir o poder dos nobres medievais, fortificando a autoridade do rei, para inspirar a justiça, o rigor e a uniformidade da justiça, a alargar o território da nação até seus limites naturais e a resistir à interferência do papa na política.
Quando Granada, o último dos reinos mouros na península da Espanha, foi conquistado, uma política ativa pôs fim à pilhagem, as leis foram codificadas, os castelos desarmados. Isabel colocou sua mão pessoalmente na execução de todas essas medidas. Ela fez todas as expedições montada a cavalo, mesmo quando esteve grávida. Na guerra contra os mouros, ela se colocava por vezes com uma armadura à frente de suas tropas.
Será sempre um dos seus títulos de glória o fato de ter fornecido a Colombo os meios para cumprir sua grande missão de descoberta do novo mundo na América. E foi no tempo em que ninguém desejava escutar o descobridor. E o rei Fernando, marido de Isabel, foi um dos homens de Estado dos mais capazes de seu tempo, pela inteligência, pronto para a ação, um bravo soldado.
O único crime de seu reinado foi o tratamento que foi dado aos judeus, aos maometanos, aos heréticos. Mas a grande culpa vai para os seus diretores religiosos.
Assim foi a grande rainha da Espanha, um modelo de mulher na política, na modernidade.

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