quarta-feira, 7 de novembro de 2012

1108 B SIXTO V reformador da administração e da política na contra-reforma


08 DE NOVEMBRO: O papa SIXTO V habilidade nas ferozes guerras religiosas na Europa

PAPA SIXTO V
Felice Peretti, papa com o nome de Sixto V
(nasceu em 1520, em Montalto, Itália; morreu em 1590, em Roma)

PAPA GRANDE ESTADISTA DA CONTRA REFORMA SEVERO E HÁBIL POLÍTICO

GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1  o fim de sua organização militar medieval para a guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2  a preparação da nova civilização científica e pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou barões feudais.
O governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta primeira semana do mês da Política Moderna estão lembrados a partir da rainha Maria de Molina de Castela os estadistas italianos, espanhóis e franceses dos anos 1300, 1400 e 1500. Estabeleceram o governo central monárquico concentrado reunindo no rei os antigos dispersos poderes regionais dos barões do feudalismo. É a necessária unidade de comando no governo de um país. O rei Luis XI da França é o chefe da semana no domingo que a encerra.

Ver em 1104 01 B  em 04 de novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social política do mês.

O PAPA SIXTO V (1520-1590), notável estadista, teve o grande mérito de comandar a reforma da administração central da Igreja Católica Romana, que é chamada de Cúria Romana. Reorganizou o secretariado do papa, estabeleceu o número de congregações ou departamentos. Sua reforma durou até as modificações feitas após quatro séculos pelo Concílio do Vaticano II, de 1962 a 1965.
É considerado como o maior estadista que ocupou o trono papal. Seu grande mérito foi obtido na política européia, numa época de guerras da religião entre os anos de 1562 e 1598. Guerras ferozes entre católicos e protestantes, em lutas sangrentas que perturbaram a paz e ameaçaram a perda de equilíbrio entre os países europeus. Na França o conflito foi entre os protestantes franceses chamados de huguenotes e a população católica.
Sixto se colocou ao lado dos rebeldes católicos em luta contra os governos protestantes. Apoiou o rei Felipe II da Espanha, que tentou invadir a Inglaterra protestante com a sua Invencível Armada, sem sucesso. Depois de excomungar Henrique de Navarra da França, conseguiu que ele se inclinasse a converter-se ao catolicismo. Desse modo Henrique evitaria a forte oposição que sofria por ser protestante. Pelos conselhos do papa Sixto V convenceu-se de que ele, como um rei huguenote, não conseguiria realizar a unidade da França, um país católico.
Foi então que Henrique de Navarra disse a célebre frase:
“Paris vale bem uma missa”
Ou seja, para o nobre huguenote chegar ao trono da França compensa bem a obrigação de se converter ao catolicismo e ter que assistir a missas. Como rei Henrique IV da França entre 1589 e 1610 realizou grande progresso da nação e pode-se dizer que a indústria francesa começou com o seu bem sucedido reinado.
Ao receber a notícia da morte súbita de Sixto V em 1590, gritou:
“Assim eu perdi o meu papa!”
Desse modo expressou sua admiração pela amizade e pela capacidade política do grande dirigente responsável pela unidade da Igreja Católica Romana.

AMANHÃ: Seu governo deu grande progresso à França e industrializou o país: Henrique IV.

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