sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

0226 2 FILOSOFIA ANTIGA

0226 2 FILOSOFIA ANTIGA

26 DE FEVEREIRO: O mês da Filosofia Antiga no calendário.

A FILOSOFIA ANTIGA
O MÊS DA FILOSOFIA ANTIGA
REUNIÃO DE TODOS OS PENSADORES DA ANTIGUIDADE

A evolução intelectual da sociedade humana libertada do regime da Teocracia oriental, iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga pensadores dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que nos envolve. Mas a explicação não se baseou na vontade arbitrária dos deuses, usando a observação dos fatos. Antes a observação se destinava a conhecer a vontade dos seus poderosos deuses.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolveram a ciência separada da filosofia. Seu estudo se enfraqueceu.
A ciência abstrata iniciada pelos gregos estuda somente uma das aparências, um dos acontecimentos que ocorrem nos objetos. A pesquisa se torna muito mais simples. Por exemplo, o estudo da forma dos objetos é feito na Geometria, abandonando os demais acontecimentos ou fenômenos que existem.
A separação do estudo do fenômeno no estudo dos seres também fica muito mais geral, já que o mesmo fenômeno ocorre em muitos objetos diferentes.
O fenômeno de quantidade é comum a tudo que existe, a todo ser. Seu estudo é feito na Matemática. Ele permite encontrar as relações, tendências fixas ou leis abstratas constantes entre o fenômeno de quantidade em qualquer outro objeto.
Esse modo de pesquisa é o raciocínio abstrato, muito mais complexo do que a descrição de cada objeto com suas propriedades específicas. Ele exige o conhecimento de muitos objetos para que seja feito o estudo das propriedades comuns a todos. , portanto a experiência e a memória dos casos particulares para realizar a identificação e a seleção da propriedade, do fenômeno a estudar;


A FILOSOFIA ANTIGA. Definimos a filosofia como o conhecimento do que existe no mundo e como o mundo evolui. Quer dizer, o conhecimento da estrutura e da dinâmica do que há no mundo, incluindo o ser humano e sua sociedade. Ou seja, o que EXISTE ao nosso redor e como são as RELAÇÕES entre as coisas com o correr do tempo, em sua EVOLUÇÃO.
O conhecimento seguro, científico ou positivo é obtido por meio da observação e pela experiência, podendo ser em detalhe ou no seu conjunto, numa SÍNTESE que faz o resumo do saber. A imaginação na arte e na lenda é produzido com as imagens obtidas pela observação.
Inclui o conhecimento para representar ou fazer a descrição teórica na ciência, ou para idealizar poeticamente na arte, ou para planejar e realizar a aplicação prática na ação. O pensamento, realizado pelas funções do cérebro, pela inteligência, elabora o conhecimento. Portanto, podemos dizer que fazer filosofia é pensar, é fazer conhecimento.
A espécie humana em sua população mais antiga tem sua origem na animalidade, como um animal primitivo. Temos hoje indicações arqueológicas dessa origem. O homem primitivo pensava da mesma forma como os animais pensam. Ou seja, o animal recebe pelos sentidos as informações do mundo e elabora o pensamento para decidir e agir. O animal-homem dentro da grande sociedade é capaz de registrar, aperfeiçoar e transmitir o conhecimento, a filosofia.
Se o homem mais primitivo pensava, como os animais pensam, o homem e os animais fazem filosofia. Se não podem escrever nem ler, filosofam, mas não podem produzir registros, livros ou tratados de filosofia.
A religião ou sistema de conhecimento mais antigo é o fetichismo, quando os humanos devem elaborar o pensamento para agir, para obter alimento, sem ter experiência anterior. A única experiência que tem é a de sua própria vida. Pensa então do modo mais fácil: que o mundo é vivo como ele mesmo. É a colocação da forma humana nas coisas, nos animais, que são os FETICHES. É o antropomorfismo. A feitiçaria acredita que COISAS especiais ou FETICHES produzem poderosas ações iguais às que os homens fazem, para o bem e para o mal. É o poder mágico da VONTADE das coisas, que depois vamos acreditar que há na VONTADE poderosa e arbitrária dos deuses.
O PRIMEIRO FILÓSOFO. Pelas indicações das populações mais antigas e pela observação dos animais, da doença e da infância humana, consegue-se saber que o primeiro modo de pensar foi o do FETICHISMO. Essa teoria da evolução da sociedade, base da moderna Filosofia da História, é apresentada com muito detalhe nos quatro volumes do SISTEMA DE POLÍTICA POSITIVA, de 1851, Paris, ed.Mathias.
Os homens mais primitivos, muito ferozes, formavam apenas casais com seus filhos, protegidos por seus poderosos fetiches. O sentimento social era reduzido somente à família. Cada um era aquele que pensava, era o seu próprio filósofo, dentro da família havendo a liderança do pai ou da mãe ou do mais velho. Mais tarde, com o progresso do sentimento de associação, do altruísmo, as famílias fetichistas se agrupavam em CLÃS fetichistas e nômades.
A grande revolução prática ocorreu com a passagem do estado nômade para o estado sedentário, com a agricultura e com a criação de animais, com os pastores e com o aumento da população.
O FILÓSOFO-ASTRÓLOGO. A observação dos astros no sedentarismo realizou o surgimento da adoração dos planetas, com a astrolatria. Para conhecer os planetas e interpretar seus poderes, foi necessário que uma pessoa tivesse o conhecimento necessário: foi quando se criou o mago, o astrólogo, que é o primeiro filósofo. O fetichismo se torna ASTROLÁTRICO. Dessa forma as vontades das coisas passaram para os astros, que mais tarde se tornaram o lugar da morada dos DEUSES. Essa a razão dos deuses do Politeísmo terem o nome dos planetas, como Marte, Venus.
No Politeísmo a especialização das profissões foi realizada dentro de cada família, com o surgimento das CASTAS, no regime que é próprio da TEOCRACIA. A casta mais importante e que governava era a que possuía o CONHECIMENTO, ou seja, que possuía a FILOSOFIA: era a casta sacerdotal, sagrada, secreta, fechada. Esses filósofos secretos e mágicos não têm seus nomes conhecidos. No calendário histórico não podemos fazer sua homenagem. Somente com a quebra da Teocracia na Grécia antiga é que começamos a ter o registro dos pensadores independentes de casta, dos filósofos. Essa a razão de se supor que a filosofia tivesse surgido apenas na Grécia.
Podemos, portanto, concluir que a filosofia começou quando o animal começou a pensar, entre os mais simples animais da escala dos seres vivos. Entre os humanos começou antes de sua animalidade. No começo, cada um era o próprio filósofo. Depois o filósofo foi o mago astrólogo da ASTROLATRIA. Em seguida o filósofo foi o sacerdote-governante na TEOCRACIA, dentro da casta dos sacerdotes, seus nomes sendo desconhecidos da história. Só na Grécia, pela primeira vez na história da humanidade, começamos a conhecer o nome dos filósofos, dos artistas, dos cientistas.
Recordando o que dissemos, será que estamos prontos para responder a muitas perguntas? Questões como:
Quando começou a filosofia? Para que serve? Por quê?
Como foi? Onde? Quem? Mas o que é filosofia?
Devemos pensar. Filosofar é pensar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário