sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

0211 FÍDIAS

11 de FEVEREIRO. Fídias: o grande escultor do período clássico da Grécia.

FÍDIAS
Phidias, Pheidias
(viveu cerca dos anos 490 a 432 antes da nossa era)
ESCULTOR GREGO DIRETOR DA ARTE NA CONSTRUÇÃO DO PARTENON

Redução do poder político total da religião
ao derrotar as forças da Teocracia oriental.
Na Grécia a arte coordenou a política militar num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado pela primeira vez no mundo o total poder político e mental da casta hereditária e secreta dos sacerdotes das teocracias. Para sempre.
Foi politeísmo militar contra politeísmo sacerdotal.
A arte gera emoções, cria visões de progresso, visões do futuro.
A arte tem, desse modo, certo poder de antever o progresso, de criar novos ideais. É um poder profético natural, criado por humanos. Mas não é a profecia sobrenatural mágica, dos antigos.
Estão nesta semana os escultores, arquitetos e pintores gregos, conforme suas diferentes escolas e épocas A semana finda com Fídias, como chefe, no domingo.


FÍDIAS é reconhecido por unanimidade como o maior escultor da antiguidade pelos críticos. Ele nasceu em Atenas, filho de Charmides, numa família de artistas. Foi contemporâneo de Péricles e de Sófocles.
Ele passou sua infância e sua juventude no meio do grande conflito com os persas e durante a esplêndida empresa de Cimon para fundar um império ateniense. Fídias começou a trabalhar como pintor, estudando depois a arte da escultura com Agedas, um mestre da escola de Argos e foi empregado nos imensos trabalhos comandados por Cimon para reconstruir Atenas depois que ela foi destruída por Xerxes.
Fídias se fez conhecido pela primeira vez como escultor pelos anos 470 antes da nossa era, um pouco antes do aparecimento político de Péricles. A reputação do artista se estabeleceu por completo com a colossal estátua da deusa Athena Promachos, em bronze com 22 metros acima do ponto mais alto da Acrópole.
No ano 444 Péricles tornou-se chefe único na direção da política, que ele administrou até sua morte em 429. Tucídides diz que Atenas era, de nome, uma democracia, mas que de fato era o governo de um só homem, Péricles, o primeiro entre todos os outros homens.
Uma aliança íntima se formou entre o chefe político e o mais eminente e o mais célebre dos artistas de Atenas. Uma estreita amizade ligou Fídias a Péricles. O grande artista foi nomeado diretor em chefe de todos os trabalhos públicos. A principal obra foi o Templo do Partenon, construído entre 448 e 438. O artista empregou uma dezena de anos da madureza de seu gênio à imensa série de esculturas que enchiam o espaço do Templo e em particular à estátua da deusa Atenéa, a principal glória de Atenas.
Os inimigos de Péricles mais tarde atacaram Fídias com acusações sérias e o artista, temendo represálias, foi para Elide, onde trabalhou do ano 437 até 433 no grande Templo de Zeus em Olímpia. Essa estátua colossal do deus foi feita em ouro e marfim, uma das maravilhas da antiguidade, sendo mesmo mais grandiosa e mais imponente do que a de Atenéa no Partenon. Fídias morreu em Elide no ano 432.
As principais obras de Fídias, além das esculturas do Partenon, foram as três colossais figuras da deusa Atenéa da acrópole, em bronze, e as duas estátuas criselefantinas, uma no interior do Partenon e a de Zeus em Olímpia. As estátuas criselefantinas eram assim chamadas por serem em ouro e marfim. A figura, em geral de grande dimensão, era feita de uma estrutura de madeira dura, como de cipreste ou de ébano, sobre que eram aplicadas chapas finas de ouro e de marfim. Todas as partes de pele nua das figuras eram de marfim e as vestes eram de ouro. Pedras preciosas eram incrustadas junto com peças de metal. A reprodução feita em marfim entalhado de atletas e deuses já era feita na civilização de Minos, em Creta, anterior aos gregos.
Como diretor artístico da construção do Partenon, Fídias criou as suas mais importantes imagens religiosas. Também supervisionou e projetou a decoração geral do templo. Fídias era tido como o único que viu as imagens verdadeiras e sublimes dos deuses, sendo que só ele poderia revelar as formas dos deuses aos homens. Foi ele que fixou para sempre a idéia central das figuras de Zeus o deus-pai e da deusa Athena. A formação da opinião dos gregos foi feita, portanto, também por seus artistas, que passaram a realizar o papel de sacerdotes, livres de uma casta sacerdotal fechada, como nas civilizações das teocracias do oriente.
Há muitos motivos para pensar que Fídias foi o gênio mais perfeito e mais completo que já apareceu nas artes da forma.


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