quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

0209 LISIPO

09 DE FEVEREIRO. Lisipo: escultor da força e da personalidade.

LISIPO
Lysippus
(viveu nos anos 300 antes da nossa era, em Sicyon, na Grécia)
ORIGINAL ESCULTOR GREGO NO TEMPO DO IMPERADOR ALEXANDRE O GRANDE

Redução do poder político total da religião
ao derrotar as forças da Teocracia oriental.
Na Grécia a arte coordenou a política militar num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado pela primeira vez no mundo o total poder político e mental da casta hereditária e secreta dos sacerdotes das teocracias. Para sempre.
Foi politeísmo militar contra politeísmo sacerdotal.
A arte gera emoções, cria visões de progresso, visões do futuro.
A arte tem, desse modo, certo poder de antever o progresso, de criar novos ideais. É um poder profético natural, criado por humanos. Mas não é a profecia sobrenatural mágica, dos antigos.
Estão nesta semana os escultores, arquitetos e pintores gregos, conforme suas diferentes escolas e épocas A semana finda com Fídias, como chefe, no domingo.


LISIPO viveu em Sicyone, no Peloponeso. Foi contemporâneo de Alexandre o Grande, que o nomeou seu escultor e decretou que ninguém mais pudesse pintar seu retrato a não ser Apeles e de fazer sua escultura a não ser Lisipo.
Tornou-se Lisipo o mais famoso estatuário em bronze de seu tempo. Ele aprendeu sem mestre a trabalhar o bronze mostrando grande perseverança, habilidade e criatividade. Do mesmo modo que toda a escola da arte do Peloponeso, ele não visava representar a beleza ideal ou a graça de expressão; mas ele teve sucesso em mostrar nas esculturas a sua intensidade da força, do realismo e da personalidade.
As obras de Lisipo, todas em bronze, somaram mais de 1500 peças, algumas de grande tamanho. Elas representaram o imperador Alexandre nas diversas circunstâncias, mostravam Hércules em muitos aspectos e os atletas famosos em suas atitudes mais naturais.
Antigos escritores de Roma relataram muitas obras de Lisipo, que não ficaram preservadas.
Ainda existe uma amostra da vida e da verdade consumada de seus atletas na bela estátua do Vaticano representando um atleta se servindo do strigil e que é uma cópia em mármore do notável bronze que Agripa colocou em suas casas de banho, suas termas.
Essa é a mais famosa cópia de uma estátua original. É o Apoxyomenos que está no Museu do Vaticano. A obra mostra um jovem alto, magro, com a cabeça menor em relação à altura. É notável a precisão dos detalhes, em especial no cabelo e nos olhos. O atleta jovem é mostrado usando o raspador strigil para limpar a pele coberta de óleo. Lisipo fazia os membros em movimento para frente e para trás, com naturalidade, o que tornava a estátua numa obra em três dimensões. A obra podia, então, ser analisada por seus vários ângulos.
Lisipo introduziu alterações na proporção das partes do corpo humano, antes feitas de acordo como o modelo do escultor Policlitus. Lisipo reduziu o tamanho da cabeça para um oitavo da altura total do corpo. Também passou a mostrar a posição do corpo em situações mais naturais, em vez da usual representação de frente, de pé.
Lisipo foi o escultor sobretudo de soldados e de atletas, ao contrário de Fídias que representava a deusa Atenea, nem como Praxíteles, que representava Vênus. Duas de suas obras em Tarento eram colossais. O Zeus que ele esculpiu tinha 20 metros de altura, como o gigantesco Hércules que mais tarde foi levado para Roma.
Podemos ter uma idéia suficiente do valor da arte de Lisipo nas cópias feitas dos bustos do imperador Alexandre. Lamentamos que todos os fragmentos das produções autênticas de Lisipo tenham sido perdidos. O que aconteceu com a maior parte das obras de bronze da antiguidade.
Na fase clássica da civilização grega foi Lisipo que deixou a maior herança artística.


AMANHÃ: Apeles pintor oficial de Alexandre o Grande.


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