quarta-feira, 23 de julho de 2014

0723 C LEONARDO DA VINCI incessante e genial busca pela perfeição total das artes

23 DE JULHO: Da Vinci: experimentação na sublimidade da arte da perfeita beleza

LEONARDO DA VINCI
(nasceu em 1452, em Vinci, Florença, Itália; morreu em 1519, em Cloux, França)

CÉLEBRE PINTOR, ESCULTOR, ENGENHEIRO GRANDE GÊNIO DO IDEAL HUMANISTA

ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da atividade
A civilização moderna, após o fim da Idade Média, com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, criou uma grande variedade na atividade humana, pelo fim da servidão da gleba, com a total liberdade do povo trabalhador, com a indústria e o comércio, com a sistematização do sistema capitalista de liberdade civil. Criou também a saída das artes de dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução. É a passagem de uma civilização medieval da guerra de defesa para uma civilização pacífica científica e industrial.
Triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico aos poucos se afastando da religião, apesar do clima de revolta. É o sinal da potente capacidade da natureza humana de produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de criações artísticas.
A segunda semana tem Rafael como chefe, mostrado no domingo último dia da semana. Consta da relação os grandes representantes da evolução social da arte da forma, que são os pintores, os escultores, os arquitetos. Foram escolhidos os representantes principais da arte das diferentes nações, escolas e técnicas diversas. Não é uma classificação pela ordem crescente de mérito. Reúne os nomes representativos e de escolas artísticas opostas.
Ver em 0716 01 C    O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS


Leonardo da Vinci (1462-1519) era filho natural de Pierre da Vinci, advogado em Florença. Ele nasceu no Castelo de Vinci, perto de Florença, em 1452. Ele foi legitimado e educado ao mesmo tempo em que os filhos legítimos que seu pai teve em seguida. Ele mostrou, desde sua infância, um talento precoce para a música, para a matemática, mecânica e para a arte em todas as suas formas.
Ele foi colocado no atelier d’Andrea Verrochio, que era escultor, gravador e pintor. Na sua juventude, ele se dedicou a um largo campo de estudo e sua capacidade parecia um extraordinário milagre. A uma grande beleza e a uma grande força, ele reuniu todos os conhecimentos que se podia adquirir em seu tempo. Ele tornou-se, ao mesmo tempo, um matemático, engenheiro, arquiteto, músico, poeta, escultor, pintor, anatomista, botânico e físico.
Na idade de vinte e cinco anos, Leonardo, já dono de um grande renome, recebeu encomendas do governo e de Laurent o Magnífico. Todo o campo da natureza em suas mais fantásticas e as mais obscuras formas tornaram-se estudo desse criador universal. Sabemos agora que, quando tinha cerca de trinta anos, ele visitou o Oriente, Constantinopla e a Ásia Menor. Tornou-se até engenheiro do Sultão do Cairo.
Como engenheiro, arquiteto, matemático, escultor, artista e diretor geral dos trabalhos artísticos, científicos e mecânicos, Leonardo foi convidado por Ludovico Sforza em 1484 para ir para Milão. Ele se dedicou a uma quantidade grande de serviços durante 15 anos. Suas maiores obras artísticas em Milão foram a estátua de bronze do príncipe, que ele nunca terminou e o afresco da Última Ceia.
Quando da ocupação de Milão pelos franceses em 1500, Leonardo retornou para Florença onde começou sua rivalidade com Miguel Ângelo. Depois de 12 anos passados em Florença e em seus arredores, ele foi em 1514 a Roma, onde Rafael estava em seu apogeu de glória. Desprezado pelo papa, então Leão X e posto em segundo plano pela grande reputação de seu jovem rival, Leonardo acompanhou o rei Francisco I em seu retorno para a França em 1516 e ali se fixou até sua morte. Morreu perto de Amboise sur la Loire, em 1519, com a idade de 67 anos.
Leonardo, além de ter sido um dos maiores pintores, foi um dos primeiros, dos mais surpreendentes e dos mais universais de todos os grandes homens do século 16. Ele consagrou uma grande parte de sua vida às ciências aplicadas e a invenções de todo gênero.
Ele, de fato, foi o primeiro nome de seu século e antecipou em muito as descobertas da ciência moderna. Leonardo chegou à convicção de que a força e o movimento é que produziriam as formas da natureza orgânica e inorgânica, funcionando de acordo com leis bem ordenadas e harmoniosas.
Ele deixou textos de matemática, de engenharia, hidráulica, anatomia, botânica, além de uma imensa coleção de esboços, de estudos, de figuras grotescas e de caricaturas.
O seu Tratado da Pintura foi traduzido em todas as línguas da Europa e serviu de base a tudo o que já se escreveu a respeito de arte. Essa obra continua tendo sua leitura recomendada até hoje.
Como pessoa humana, Leonardo foi profundamente ambicioso, vaidoso, rebelde, sonhador e inquieto. Com planos gigantescos, seu ideal de perfeição era inaccessível, mas tinha uma fome insaciável de produzir.
Leonardo esteve sem cessar ocupado em corrigir, a refinar, abandonando as antigas obras inacabadas para começar novas obras. Ele fez poucos trabalhos completos e sua vida foi um longo catálogo de empreendimentos abortados, em comparação a três ou quatro obras de uma beleza e de uma perfeição suprema. O grande gênio sem limites de Leonardo teria a marca do inatingível e sua vida seria, talvez, uma grandiosa sinfonia inacabada de beleza.
É provável que, das pinturas de cavalete atribuídas a Leonardo poucas sejam, na verdade, de sua mão. Desse pequeno número é o retrato da Mona Lisa, que se acha no museu do Louvre e pelo menos os rostos e a composição, senão a totalidade da Madona que está na Galeria Nacional de Londres sejam de Leonardo. Sua grande obra, a Última Ceia, um mural no refeitório do mosteiro de Santa Maria delle Grazie em Milão,foi muito danificada. Em 1977 começou sua restauração com novas técnicas, com algum sucesso, permitindo ver a majestade de sua composição e a caracterização de suas figuras.
Leonardo foi, incontestavelmente, o fundador do método italiano da pintura a óleo e seus trabalhos infinitos e suas experiências constantes aumentaram consideravelmente os recursos técnicos da arte. Ele é, também, o primeiro que uniu a sublimidade das concepções à perfeita beleza.


AMANHÃ: Sublimidade de imaginação e extraordinários resultados: Miguel Ângelo.


SERVOS DA GLEBA
A servidão é o status legal e econômico dos camponeses ("servos"), especialmente no âmbito do sistema econômico da "senhoria" (direitos feudais sobre a terra). Os servos são trabalhadores rurais que estão vinculados à terra, formando a classe social mais baixa da sociedade feudal. À diferença dos escravos, os servos não eram propriedade de ninguém e não podiam ser vendidos, pois não eram como escravos vencidos de guerra, que eram propriedade dos donos. A servidão implica o trabalho forçado dos servos nos campos dos senhores de terras, em troca de proteção e do direito de arrendar terras para subsistência. Ademais do trabalho na terra, os servos executavam diversos trabalhos relacionados com agricultura, como silvicultura, transporte (por terra e por rio), artesanato e mesmo manufatura. Na Idade Média também não havia a noção de emprego. A relação trabalhista da época era a relação senhor-servo.
Um servo podia sair das terras do senhor de terras e ir para onde quisesse, desde que não tivesse dívidas a pagar para o senhor de terras.
Na servidão, o servo não trabalha para receber uma remuneração, mas para ter o direito de morar e cultivar nas terras do seu senhor. Parte da colheita era do senhor.


HUMANISMO
Humanismo é a forma de pensar que coloca os objetivos humanos como a mais importante referencia. É uma perspectiva comum a uma grande variedade de posturas éticas que atribuem a maior importância à elevação, dignidade, liberdade, aspirações e capacidades da sociedade humana, da humanidade.
A palavra pode ter diversos sentidos, o significado filosófico essencial destaca-se por contraposição ao apelo a uma entidade sobrenatural ou a uma autoridade superior. Desde os anos 1500, século XVI, o humanismo tem sido resultado da queda do papado, do fim feudalismo e da secularização. Foi a base da laicidade dos filósofos Iluministas do século XVIII. O termo abrange as novas filosofias não teístas organizadas, como o Humanismo Secular, Ethical e outros com uma nova visão e nova postura de vida.


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