sexta-feira, 11 de julho de 2014

0713 C BRANCA DE CASTELA pacificação do sul da França e era de paz e progresso

13 DE JULHO. Branca de Castela, rainha: negociação inteligente e forte liderança

BRANCA DE CASTELA
Blanche de Castille, Blanche of Castile
(nasceu no ano 1188 da nossa era, em Palencia, Castela, Espanha; morreu em 1252, em Paris)

ENÉRGICA SOBERANA CATÓLICA NA DEFESA E UNIFICAÇÃO DA FRANÇA

A grande contribuição da Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana

Nesta quarta semana é feita a representação de como agiram os dirigentes cristãos no governo político. O tipo principal é o rei São Luiz de França, comemorado no domingo que encerra a semana.

Ver em 0618 C
O QUADRO DO MÊS DE CARLOS MAGNO A CIVILIZAÇÃO FEUDAL,
com o resultado geral do feudalismo e com os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS



BRANCA DE CASTELA (1188-1252) era filha de Afonso VIII, rei de Castela e de Eleonor. Por parte de sua mãe Eleonor era neta do rei Henrique II da Inglaterra.
A mulher de Henrique II, Eleonor de Aquitânia, rainha da Inglaterra, foi à Espanha e trouxe sua neta Branca, com apenas 11 anos de idade, para a França. Fez, então, o compromisso de noivado de Branca com Luis, o jovem filho do rei Philippe II Augusto, rei da França. O casamento de Branca, em 1200, com 12 anos de idade, foi celebrado em Portsmouth, Hampshire, na Inglaterra. Era um ato político no longo conflito entre a Inglaterra e a França para o controle de alguns territórios da França.
Luis sucedeu a seu pai Philippe II em 1223, com o nome de Luis VIII de França. Depois de um pequeno reinado, Luiz VIII morreu em 1226. Branca ficou como a regente do reino, governando em nome de seu filho Luis IX, então um menino de 11 anos. Por dez anos ela dirigiu o país com uma energia, uma prudência consumada e com o maior sucesso.
Espanhola de nascimento, Branca tornou-se francesa devido a seu casamento e tornou-se francesa aos poucos também no espírito. Com a morte do rei João da Inglaterra, Branca tentou tomar o trono da Inglaterra quando Luis de França invadiu a Inglaterra em apoio a seus direitos. Mas os ingleses não foram vencidos e o filho de João de nove anos foi finalmente coroado como Henrique III da Inglaterra.
Branca enfrentou rebeliões no interior da França, quando mostrou uma hábil diplomacia, uma negociação inteligente e uma forte liderança. Percorria a frente da luta nas batalhas vestida de branco, usando um cavalo com arreios também brancos. Ela pacificou o sul da França e o país entrou numa era de estabilidade e de paz.
Luiz IX, filho de Branca, assumiu o trono em 1236, com 21 anos. Na ausência do rei, quando da sua primeira cruzada, Branca exerceu o vice-reinado de 1248 1252. Graças a sua visão de governo e sua constante energia, ela evitou muitos dos desastres a que a cruzada de Luis poderia expor o país.
Branca foi, assim, por quatorze anos, numa das épocas críticas da história da monarquia, a verdadeira soberana da França. Essa mulher foi a maior dirigente que teve a França depois de Brunehilde e que foi digna de administrar e defender a herança de Philippe-Augusto. Ela teve o mesmo ardor e gênio de um governo com energia, uma coragem e uma perseverança sem igual. Tinha todas as virtudes viris o que não eliminava a sua graça e seu porte feminino.
Branca nasceu de uma raça de grandes reis e viveu 26 anos na corte de Philippe-Augusto e de seu filho. Assim mostrou todas as qualidades de um soberano completo. Ela se mostrou infatigável, de política correta, prudente e sábia. Ao mesmo tempo em que ela estava resolvida a manter a independência da monarquia, mesmo contra as investidas da Igreja Católica, provou que era uma católica devotada e amiga permanente da autoridade espiritual do papa. Até uma idade avançada ela conservou sua beleza e sua elegância de dama espanhola.
Uma exaltada piedade religiosa foi passada por Branca a seu filho. Recebeu Luis IX assim, uma moralidade austera de que não se afastou por toda a vida. Ela fez uma influencia sem limite sobre o espírito de São Luiz e lhe inculcou os sábios princípios que ele conservou como rei. Branca evitou para a França as conseqüências do celibato do rei fazendo com que ele casasse aos 20 anos com Marguerita de Provença, mulher a todos os respeitos digna dele. O único ato de Luis pelo qual ele entrou em oposição direta com sua mãe foi a desastrosa cruzada que ele empreendeu em 1238, apesar de seus avisos e de suas advertências.
Durante os doze anos que se passaram antes da partida de São Luis para o Egito, ela continuou a exercer uma influência preponderante sobre seu filho. Apesar de sua natureza enérgica e imperiosa ter exercido uma dura opressão sobre o doce espírito de Luis IX e uma severidade cruel e talvez ciumenta sobre a jovem e amável esposa, não parece que ela tenha se intrometido indevidamente ou com infelicidade nos negócios do governo.
É verdade que Branca não tinha a santa simplicidade e a rara abnegação do mais santo dos reis, como Luis IX, mas ele lhe deve a sua educação espiritual bem como sua visão política e ela teve a sagacidade de evitar muitos dos erros heróicos que ele cometeu.
Branca morreu em 1252 em Paris. Foi enterrada na abadia de Maubuisson e seu coração foi levado para a abadia de Lys. Foi uma grande perda da incomparável protetora do reino de França.
O governo de Branca, seja durante a menoridade, seja durante a ausência do rei, foi pacífico, sábio e justo. Por toda sua vida de mulher e de estadista, Branca se destaca entre os soberanos da Idade Média.

AMANHÃ: O grande rei santo reverenciado na Espanha: S.Fernando.


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