domingo, 20 de abril de 2014

0420 C FRONTINO canal elevado para levar água pura a grandes distâncias

20 DE ABRIL: FRONTINO-a organização em alto grau de perfeição nas cidades romanas

FRONTINO
Sextus Julius Frontinus
(nasceu no ano 35 de nossa era, morreu cerca do ano 105)

POLÍTICO ROMANO HISTORIADOR DOS AQUEDUTOS DE ROMA

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.



FRONTINO foi soldado, governador e alto funcionário nos governos dos Flavius, de Nerva e de Trajano. Ele ficou famoso como governador da Bretanha por sua conquista da tribo dos Silures no país de Gales, na antiga Inglaterra. Foi elevado à alta função de curador das águas no ano 97 e à grande dignidade de augure na qual teve como sucessor Plínio o Jovem. Os augures eram membros de um corpo sacerdotal romano para interpretação religiosa do sacrifício dos animais para conselho aos governantes. Frontino morreu cerca do ano 105.
Frontino escreveu 4 livros sobre os ESTRATAGEMAS DE GUERRA, mas seus dois livros AQUEDUTOS DE ROMA, escritos perto do ano 100, constituem sua principal obra. Esse é um tratado cuidadoso e exato sobre o sistema de aquedutos, que é parte da organização da cidade de Roma levada a um muito alto grau de perfeição. Os gregos haviam negligenciado esse assunto, que foi bem tratado pelos romanos e muito aperfeiçoado por eles.
Plínio o Jovem declarou que não havia nada mais maravilhoso no mundo do que o aqueduto Claudiano, completado no governo do imperador Cláudio no ano 50. As cidades gregas eram de extensão média, o país montanhoso e a organização municipal pouco complicada, encontrando seu abastecimento de água nos poços e nas fontes naturais. Mesmo nas grandes cidades gregas, como Alexandria e Siracusa eram fornecidas de água por meio de fontes ou de canais que se abasteciam dos rios vizinhos.
O aqueduto propriamente dito é um canal muito elevado e ligeiramente inclinado que leva a água pura a uma grande distância. É uma invenção que foi criada pelos romanos, muito antiga e aplicada de forma geral em todo o império criado por Roma. O enorme volume de água que a higiene exigia entre os romanos tornou indispensável construir o aqueduto para conduzir a água a grandes distâncias, como se fosse um rio artificial.
No tempo em que Frontini escreveu, no ano 100 da nossa era, Roma recebia a água de que necessitava por meio de nove aquedutos, num volume que somado, equivaleria a um enorme rio correndo em direção à cidade. O mais antigo aqueduto era o AQUA APPIA, construído pelo famoso censor Appius Claudius no ano 313 antes da nossa era, mais de 400 anos antes de Frontini. Alguns dos aquedutos tinham mais de 60 e até 80 quilômetros de comprimento.
Frontini diz com um justo orgulho que essas gigantescas obras de necessidade do povo ultrapassam de muito por sua utilidade as pirâmides do Egito e os famosos, mas vãos monumentos da Grécia. Os romanos tinham muito cuidado com a conservação de seus aquedutos. O diretor principal era um empregado de alto nível e era um administrador capaz. Um corpo formado com 460 escravos era empregado constantemente na reparação dos aquedutos.
É um fato profundamente característico que os romanos fossem o único povo da antiguidade que levou ao mais alto ponto essa instituição da vida civil: o constante abastecimento de água de fonte a mais pura, em quantidade ilimitada e inesgotável.
É ainda mais impressionante que a mesma perfeição numa das condições essenciais da civilização não fosse conseguida por nenhum outro povo antigo.


AMANHÃ: As muitas vidas de Plutarco, sacerdote de Apolo.


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