sábado, 6 de agosto de 2011

0807 TOMÁS DE KEMPIS

0807 TOMÁS DE KEMPIS

07 DE AGOSTO: Tomás de Kempis: Religioso católico lido por protestantes, agnósticos e até por livre-pensadores.

TOMÁS DE KEMPIS
Thomas À Kempis, Thomas Hemerken
(nasceu em 1380, em Kempen, perto de Düsseldorf, Alemanha; morreu em 1471, em Agnietenberg, Utrecht, Holanda)

MONGE AUTOR DA IMITAÇÃO DE CRISTO, O MAIS IMPORTANTE LIVRO DE DEVOÇÃO DO CATOLICISMO

A Estética, as artes da linguagem, da emoção e da expressão.
É parte da Filosofia. O sentimento é o motor da atividade e da inteligência.

O Calendário Filosófico consagra dois meses do ano à Estética moderna. O mês de Dante com o nome de Epopéia Moderna coloca também os nomes de representantes da poesia romântica. O outro mês é o de Shakespeare, dedicado ao drama moderno.
A civilização moderna, após o fim da Idade Média, com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, sofre uma longa e demorada revolução. Criou-se uma grande variedade na atividade humana, pela liberdade do povo, pela paz necessária para a indústria e o comércio. Criou também a saída das artes e do ensino de dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito, de modo quase despercebido.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolta. Os formadores de opinião da Idade Média, fortes e sistemáticos, perderam a unanimidade na sociedade. Mas a nova classe de formadores é heterogênea, sem unidade de doutrina. Ainda não está pronto o sistema próprio da nova civilização de liberdade, a ser pacífica, científica e industrial. A diversidade infinita de atividade social, de conflitos e alterações incessantes da vida estimula a originalidade mental, mas não são favoráveis à perfeição da criação artística.
Triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico independente apesar do clima de revolta. É o sinal da potente capacidade de produção da natureza humana.
Nesta quarta semana a poesia dos sentimentos domina a semana. Aqui estão os líricos, os místicos, panteístas, os poetas da mente humana em todas as suas manifestações e suas emoções, desde Tomás de Kempis e Bunyan até Byron Shelley.
Ver em 0716 1 O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.


TOMÁS DE KEMPIS nasceu de uma família humilde em Kempen, perto de Dusseldorf, em 1380. O nome original era Thomas Hemerken ou Haemmerlein, pequeno martelo.
Aos 12 anos ele entrou como estudante na casa dos “Irmãos da Vida Comum” em Deventer. Em 1406 tornou-se cônego regular da ordem de Santo Agostinho no monastério dos Irmãos de S.Agnes perto de Zwoll, junto ao monte de S.Agnes, na Holanda, onde foi ordenado padre e onde passou o resto de sua longa existência.
Suas principais ocupações consistiam na cópia de livros, o ensino para os noviços, a prédica. Ele fez também as biografias dos primeiros padres e irmãos da “Irmandade da Vida Comum” e compôs livros de devoção. Tomás morreu na idade avançada de 91 anos, em 1471.
O livro famoso de Tomás de Kempis tem na frente de seu primeiro capítulo o título de
   “A Imitação de Jesus-Cristo”. Uma cópia escrita à mão, sem qualquer dúvida pelo próprio Tomás, tem a data de 1441. Está na biblioteca real de Bruxelas e é considerado hoje como o texto original da IMITAÇÃO.
Até nossos dias, a leitura da IMITAÇÃO é recomendada, tanto no texto em latim como na tradução em verso feita por Pierre Corneille. No ponto de vista histórico, ela deve ser considerada como um resumo final da sabedoria moral do catolicismo, surgido naturalmente da classe dos monges, que escapou, mais do que todas, das tendências do humanismo clássico que imperava nos anos 1400, no século 15, da admiração pela cultura da Grécia e da Roma antiga.
Escrito por um monge, o livro estava destinado originalmente para a disciplina diária e edificação do autor e dos outros monges. Mas a simplicidade de seu objetivo, sua serena e profunda sinceridade e sua beleza de sentimento, tem servido aos mesmos fins a todos os católicos, e, em geral, a todos os cristãos e é útil a todas as pessoas. Pode-se considerar a IMITAÇÃO uma obra artística, estética, uma fiel pintura da natureza moral do homem.
Nenhum outro livro encontrou uma acolhida tão extensa e tão diversificada como a IMITAÇÃO. Ele foi adotado tanto por protestantes como pelos católicos, é lido por agnósticos e pelos livre-pensadores. Foi traduzido para todas as línguas civilizadas e continua sendo o mais belo dos livros de devoção que nós possuímos.
A IMITAÇÃO conta num estilo simples e pitoresco as provações de uma alma devota, os longos esforços, o desejo ardente de perfeição, a consolação da vida fora do amor a si mesmo, fora do egoísmo.
Conhecendo e apreciando essa bela herança da religiosidade de nossos avós, devemos sentir como faz bem essa grande lição de altruísmo, na pureza e na ternura.


AMANHÃ: A criadora de uma nova literatura de autoria feminina: Madame de La Fayette.



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