terça-feira, 12 de março de 2013

0313 C ANTÍSTENES a felicidade é obtida pela virtude


13 DE MARÇO. Antístenes: A disciplina da escola ascética.


ANTÍSTENES
Antisthenes
(nasceu cerca do ano 440 antes da nossa era; morreu cerca do ano 370)

FILÓSOFO GREGO FUNDADOR DA ESCOLA CÍNICA DE PENSAMENTO DA VIRTUDE

A evolução intelectual livre
Iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e que nos envolve.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da filosofia.
Esta terceira semana do mês de Aristóteles da Filosofia Antiga apresenta o ponto de vista da Ética da cultura grega. Esses pensadores é que mais atraíram os filósofos romanos. Eles figuram na semana com três pensadores de Roma.
O tipo principal é Sócrates como chefe da semana no domingo que a encerra.

Ver o Quadro 0226-01 C do Mês de Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes da criação da ciência abstrata.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

ANTÍSTENES de Atenas (440 aC-370 aC) foi um dos mais constantes associados de Sócrates. Ele foi atraído para seu mestre não pelo prazer da discussão, mas por sua renúncia aos prazeres e sua vida ascética de disciplina pessoal.
Nascido numa família rica, Antístenes desenvolveu uma filosofia própria para corrigir as contradições e as injustiças que ele observava na sociedade em seu redor. Para ele a felicidade dependeria da virtude moral e a virtude poderia ser propagada a todos por meio do ensino. Uma vida muito mais feliz seria obtida por meio de uma filosofia bem direcionada para o bem.
Sócrates havia dito que os deuses não tinham necessidades e por isso aqueles que tivessem menos necessidades se aproximavam mais dos deuses. Essa máxima serviu de guia ao pensamento de Antístenes.
Ele professava o desdém pela especulação filosófica e pelo estudo científico, ensinando que a verdadeira missão de um pensador consiste numa vida de disciplina e recomendava uma inteira indiferença pelo prazer, pela riqueza e pelo poder. A felicidade só seria obtida pela virtude, pelo desprezo da arte e da literatura. O luxo e o conforto eram condenados e recomendada uma vida de árduo trabalho.
Antístenes formou uma controvérsia com Platão em que ele desprezava as altas especulações sobre um mundo imaginário e afirmava que uma vida de vaidade se afastava completamente de seu próprio ideal.
Ele e seu discípulo Diógenes de Sinope foram os fundadores da escola cínica ou ascética. O movimento cínico ficou mais ligado pela tradição ao nome de Diógenes. O nome da escola que em grego significa canino, referente a cão, teve origem no ginásio onde Antístenes reunia seus discípulos, conhecido como Cynosarges, que ficava fora de Atenas. O apelido de cínico ou canino também foi empregado por causa do modo pouco convencional dos cínicos.
A escola de pensamento dos cínicos logo depois formou Zenon, o fundador da escola estôica, que foi igualmente severa quanto à doutrina e sem tanta restrição quanto às belezas da vida.
Os membros da escola cínica de Antístenes já foram tidos como tendo formado a “Ordem Mendicante” da filosofia.
O desdém pela ciência, mostrado por Antístenes e seus seguidores, marca a separação que se estabeleceu entre a ciência e a filosofia na Grécia. Desde então a ciência foi o campo dos especialistas e a filosofia teve a tendência a degenerar para uma retórica de palavras vazias, verbosa e inútil.


AMANHÃ: O estoicismo de Zeno.


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