sábado, 9 de março de 2013

0310 C APOLÔNIO DE TIANE um mestre honrado como herói


MARÇO 10: Apolônio de Tiane e seus muitos milagres.

APOLÔNIO DE TIANE
Apollonius of Tyana
(nasceu cerca do ano 1 de nossa era, em Tiane, na Cappadocia, na Ásia Menor; morreu ano 80)

FILÓSOFO GREGO HERÓI MÍSTICO ADORADO NO IMPÉRIO ROMANO


A evolução intelectual livre
Iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e que nos envolve.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da filosofia.
Nesta segunda semana do mês de Aristóteles se mostram os ideais dos antigos gregos aspirando organizar toda a vida humana com base nas ciências. Ideais colocados por Pitágoras tendo por base a Matemática.
A semana termina no domingo dedicado a Pitágoras, o chefe da semana.

Ver o Quadro 0226-01 C do Mês de Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes da criação da ciência abstrata.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

APOLÔNIO (ano 1-80) nasceu em Tiane, na Capadócia. Ele aprendeu Gramática e Retórica na cidade de Tarso, onde ninguém pode deixar de supor que ele pudesse encontrar como estudante o judeu Saul, que viria a ser o grande apóstolo Paulo. Depois se retirou para Egeu na Cilícia, Ásia Menor, onde estudou medicina e filosofia no Templo de Esculápio, onde era feito o culto ao deus grego da medicina. Encontrou-se com Euxene, um pitagórico, que lhe passou o entusiasmo pelo grande mestre Pitágoras, de modo que ele adotou a disciplina pitagórica e sua maneira de viver. Ele se absteve de comer animais, de se vestir com suas peles, passou a dormir no chão e a observar a regra dos cinco anos de silêncio.
Apolônio foi a seguir em viagem pelo oriente, encontrando em Ninive a Damis, que se tornou seu fiel amigo e seu companheiro de viagem e que deixou as narrativas de suas aventuras. Eles viajaram juntos ao Egito, para a África, Itália e Espanha. Mas as costas ocidentais do Mar Mediterrâneo na Ásia Menor e em especial a cidade de Êfeso foram os lugares de sua atuação. Apolônio exerceu ali e nas cidades vizinhas uma grande influência social e moral reprimindo o luxo e a dissipação, acalmando os ânimos perturbados por meio da fascinação de sua aparência elevada, digna e de sua natureza superior.
É verdade que foi atribuído a Apolônio de Tiane os poderes de fazer milagres, o que não foi propagado pelo próprio filósofo. Quem lê a sua biografia feita por Filostrato não tem a impressão de que ele fosse um impostor ou um charlatão. Antes fica a impressão de um homem sinceramente dedicado a seus semelhantes. Ele mostrou grande interesse na permanência do governo de Roma de governantes sábios. Quando esteve no Egito ele esteve com Vespasiano e depois com seu filho Tito.
Quando convidado a entrar em conspirações contra o Império Romano, Apolônio recusou com firmeza. Esse governo do Império não é, diz ele, um autogoverno da democracia, mas é bem melhor que uma aristocracia ou uma oligarquia. Ele disse:
“Embora que um homem superior em virtude possa mudar uma democracia de forma a fazer que pareça uma ditadura; embora o governo de um homem só, desde que em tudo governe para o bem comum, esse governo será, propriamente, uma república”
Na biografia de Apolônio de Tiane feita por Filostrato não se vê sinal algum de rivalidade com a vida de Cristo ou com algum santo cristão. Por vários séculos ele foi acusado como um impostor. Mas enfim justiça foi feita a um homem que, depois de Pitágoras, depois de estabelecido o Império Romano, teve em vista a renovação do mundo ocidental por meios menos violentos, menos subversivos e mais humanos que os usados pela igreja cristã primitiva.
Muitos romanos se tornaram adeptos de Apolônio, mantendo o culto de seu mestre com memoriais e altares em honra ao seu herói religioso.


AMANHÃ: Pitágoras e a base matemática da natureza.

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