quinta-feira, 28 de junho de 2012

0623 B ALFREDO O GRANDE incorporação dos bárbaros do norte só pelo cristianismo


23 DE JUNHO. ALFREDO REI DA INGLATERRA: visão genial de fundador de nações

ALFREDO O GRANDE
Alfred, Aelfred, Alfred the Great
(nasceu no ano 849 da nossa era, em Wantage, Berkshire, Inglaterra; morreu em 849, em Winchester, Inglaterra)

DEFENSOR DA CRISTANDADE ÚNICO REI DA INGLATERRA CHAMADO O GRANDE

As grandes contribuições da Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana
A Civilização Feudal realizou a tarefa principal ao estabelecer:
1. A guerra defensiva;
2. A organização local em cada região;
3. Suprimiu a escravidão geral na população, fundou o trabalho livre com a libertação completa do trabalhador resultando na importante organização permanente do sistema econômico do capitalismo.

Neste mês são consagrados os nomes que representam a guerra para a defesa da Europa e que fundaram as instituições locais, trabalhando para organizar cada nova nação européia.
Foram nove séculos de avanços e recuos, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com muito heroísmo e uma dedicação admirável resultando em notável progresso.

Nesta primeira semana o tipo principal é o rei Alfredo o Grande, no domingo que encerra a semana.

Ver em   0617 01 B   O QUADRO DO MÊS DE CARLOS MAGNO A CIVILIZAÇÃO FEUDAL, com seu resultado geral e todos os grandes tipos humanos do mês.


Alfredo o Grande da Inglaterra nos dá um dos melhores exemplos dos primeiros chefes medievais que fizeram a pacificação e a assimilação dos povos bárbaros pela Europa cristã. Eram tribos politeístas nômades do oriente e do norte do continente europeu.
Alfredo nasceu em Wantage em Berkshire em 849. Era o filho mais novo dos quatro filhos de Ethelwulf, descendente de Cerdic e neto de Egberto, que fora reconhecido como rei supremo de toda Inglaterra. Sua mãe cedo formou seu interesse pela poesia inglesa e desde a infância ele se dedicou ao estudo da língua latina.
Em sua infância, Alfredo esteve por duas vezes em Roma e em 853 foi sagrado rei titular pelo papa Leão IV. O seu tempo de juventude foi de calamidade para os saxões. Em poucos anos, a obra de Egberto não existia mais; a preponderância do reino do Wessex [diga Ue’ssex] foi destruída e os homens pagãos do norte, que então se dizia serem os dinamarqueses, iam devastando e conquistando em todos os cantos da Inglaterra.
Os escandinavos, antes, faziam pirataria para pilhagem. Mas agora, chegavam com exércitos organizados para conquistar e se fixarem nas novas terras. Os três irmãos mais velhos de Alfredo reinaram por 12 anos, e em 871, Alfredo, com 22 anos, tornou-se rei do Wessex. Esse fora um dos sete grandes reinos anteriores ao Reino da Inglaterra. Antes de ser um reino era um condado (earldom).
Durante sete anos, o jovem rei guerreou desesperadamente os invasores pagãos de seu reino. Que, em certo momento, chegou a ficar reduzido apenas à parte do sul do Wessex. Mas por fim ele os venceu na grande batalha de Ethandun, no Wiltshire. Pelo acordo de paz de Wednore em 878, o chefe danês, Guthrun, aceitou ser batizado e o Wessex gozou, então, alguma paz. Mesmo tendo ainda Alfredo que manter lutas desesperadas por mais 20 anos, ele conseguiu defender com sucesso a integridade de seu reino saxão do oeste – WESSEX que significa West Saxons.
Foi admirável o valor com que esse jovem rei salvou o seu povo e sua religião cristã do invasor selvagem do norte. Mas sua carreira como organizador civil foi ainda mais memorável e mais importante.
Da mesma forma como Carlos Magno, ele viu que a única forma de garantir a incorporação dos homens do norte à civilização européia estava na sua conversão religiosa ao cristianismo. Alfredo, então satisfeito com esse começo de vida civilizada, deixou os daneses como donos do resto da Inglaterra e se dedicou a proteger e a organizar o seu reino – o Wessex.
Alfredo dividiu o reino em distritos militares em que cada um estava obrigado de fornecer os homens necessários para a defesa do país.
Ele empreendeu logo em criar uma frota naval. Por essa iniciativa, ele tornou-se o fundador da grande potencia marítima da Inglaterra. Tendo formado seu reino, aplicou-se a assegurar a justiça e a formar um código geral de leis.
A reorganização do Wessex foi tão bem feita, que, em outras guerras em 886 e 893, Alfredo obteve a vitória tanto em terra como no mar.
Durante todo seu governo, sua atividade foi intensa em todas as partes do governo, civil e militar, judiciária, industrial, artística, intelectual e religiosa. Enviou navios em viagem de exploração no mar do norte e mandou missões a Jerusalém e a Roma.
Alfredo fez de Winchester o mesmo que Carlos Magno fez com Aix-la Chapelle: tornou a cidade no centro da inteligência, da arte e da cultura para as ilhas do norte. Chamou sábios, encorajou os comerciantes estrangeiros e acolheu os fabricantes e artistas da Europa continental.
Depois de um governo bem sucedido de 28 anos, Alfredo morreu em 899 aos 50 anos de idade, sendo enterrado na velha igreja de Winchester.
Se o teatro de suas guerras e de seu governo não foi tão extenso, o sucesso de Alfredo, tanto na paz como na guerra, mostrou sua visão de gênio e heroísmo de um nato fundador de nações.
Ele disse:
       “Toda minha vida, eu me dediquei a viver dignamente na esperança de deixar à posteridade a lembrança de minhas boas ações.”


AMANHÃ: Charles Martel salva a Europa do domínio dos mouros.

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