terça-feira, 27 de março de 2012

0325 01 B QUADRO DO MÊS DE ARQUIMEDES A ciência antiga

MARÇO 25 4º MÊS A ciência antiga

A CIÊNCIA ANTIGA

CIÊNCIA ANTIGA é o conhecimento que foi produzido antes da modernidade, na época anterior ao início do século 14, ao início dos anos 1300, quando termina a Idade Média, com a queda do papado. Foi quando a civilização da Idade Média se decompõe gradualmente, o poder político dos senhores feudais acaba e é perdido o efetivo poder internacional da formação das opiniões e costumes pelo papa e pela religião do cristianismo. Então tem início a revolução da modernidade com a alteração desordenada e perigosa nas idéias e nos costumes do mundo globalizado na ausência de um poder único na formação das opiniões, da informação e do ensino.
A ciência antiga é a base que permitiu o crescimento do saber na idade moderna.
Define-se CIÊNCIA como o saber em geral, teórico ou prático. Pode ser sobre as coisas, ou seres, ou sobre as propriedades das coisas, isto é, sobre os fenômenos. A ciência abstrata é o estudo dos FENÔMENOS, descobrindo as leis naturais que controlam essas propriedades das coisas, como as leis da reflexão da luz. O estudo das coisas, dos seres, é chamado de estudo CONCRETO, que pode ser o saber teórico concreto, sobre um ser, um produto, um inseticida, num laboratório, ou na mesa de desenho e de projeto ou num escritório, sobre novo modelo de mesa e cadeira e pode ser um estudo prático, numa obra de construção de um prédio ou de uma máquina.
O conhecimento concreto, das coisas, é muito antigo e mais fácil e simples do que o estudo ABSTRATO. Com a formação de grandes civilizações, o conhecimento prático permitiu fazer a descrição das coisas e fazer o registro desse conhecimento, como os atlas geográficos, os catálogos dos minerais, dos vegetais, dos animais. Essas são as Ciências do saber concreto, ou Ciências aplicadas ou descritivas, que também registram o conhecimento profissional como na Medicina, na Astronáutica, na Engenharia, na Ciência Política, todas cada vez mais realizadas dentro de muitas especialidades.
Com base no saber concreto, mais tarde, descobriram-se, dentro da variação das propriedades, o que ocorria sempre, o que havia de constante no meio da variação dos FENÔMENOS. As leis abstratas constantes nos fenômenos então foram pouco a pouco descobertas.
O estudo dos fenômenos é muito geral, porque essas propriedades ocorrem em muitos corpos concretos. A ciência abstrata, portanto, é muito importante para o progresso do conhecimento. As CIÊNCIAS ABSTRATAS, sendo mais GERAIS, têm o aspecto de generalidade que caracteriza os princípios gerais da FILOSOFIA, que são regras que abrangem grande número de acontecimentos.
As abstrações na antiguidade alimentaram a curiosidade dos pensadores, que supunham que as abstrações existissem concretamente num mundo acima do mundo físico, numa dimensão mais poderosa e divina, num plano espiritual intangível, não verificável, porém mais importante. Esse mundo é o plano transcendente, acima, além da natureza, mais alto que o físico, o mundo chamado de metafísico. Mas uma grande discussão ocorreu entre os que diziam serem as abstrações apenas NOMES, os “nominalistas” como Aristóteles e os que pensavam que eram coisas REAIS, os “realistas”, como Platão. No plano transcendente não se pode confirmar e testar as hipóteses e o conhecimento suposto. É o saber metafísico.
AS CATEGORIAS DA FILOSOFIA. Aristóteles, 300 anos antes da nossa era, tinha proposto as 10 Categorias do saber, para explicação das coisas. O filósofo Kant propôs 12 Categorias. Muito se discute ainda hoje sobre as Categorias de Aristóteles.
O estudo das ciências já desenvolvidas na modernidade permitiu que o filósofo Auguste Comte descobrisse quais são os fenômenos estudados no conhecimento humano. Propôs as CATEGORIAS DA MODERNIDADE. Ele descobriu que há poucas CATEGORIAS, apenas sete, 7 CATEGORIAS DE FENÔMENOS. São: 1. Fenômenos Matemáticos, de número, forma e movimento: 2. Astronômicos; 3. Físicos: da matéria e energia; 4. Químicos, de composição e decomposição; 5. Biológicos, da vida; 6. Sociais, de agrupamento animal; 7. Psicológicos, do comportamento animal. Nessa relação os fenômenos estão em ordem crescente de complicação, com mais variáveis e em ordem decrescente de ocorrência na natureza, de menor generalidade. E desde então, nos anos de 1830, não se descobriu fenômeno algum que exista fora dessas categorias. Os fenômenos parapsicológicos e metafísicos não são comprovados, não são positivos, mas, como a mitologia, as lendas, fazem parte da história da filosofia e da literatura.
A sucessão da formação gradual da ciência antiga confirma a classificação feita nas 7 Categorias de Augusto Comte da filosofia moderna, porque as primeiras descobertas das leis científicas ABSTRATAS ocorrem nos fenômenos menos complexos da Matemática e da Astronomia, que também são os mais gerais, os mais encontrados na natureza. A formação das ciências abstratas se faz na ordem mostrada nas 7 Categorias da Modernidade. Nesse mesmo tempo a aplicação do conhecimento abstrato ao saber prático se desenvolve, como na medicina, na agricultura, na arquitetura, na geografia, passando a servir de base aos novos progressos do conhecimento abstrato no futuro.
Os fenômenos que um corpo apresenta podem ser vários. Se forem bolas de vidro ou de borracha, propriedades ou fenômenos que elas mostram são como seu peso, sua cor, sua forma, a quantidade de bolas. Se eu conto quantas bolas EXISTEM, eu apenas estou levando em consideração o número, ou seja, a existência de bolas. O número é o fenômeno que não depende de nenhum outro fenômeno. A forma depende do número que define o tamanho da bola, pelo tamanho do seu diâmetro. O movimento das bolas depende da forma. Portanto, a existência é a propriedade mais simples de qualquer corpo, é o fenômeno mais simples, matemático, que é dado por um número. É a Categoria mais simples e mais geral, o fenômeno que ocorre em todos os corpos.
O Calendário Filosófico mostra como as ciências abstratas evoluíram no lento progresso do conhecimento humano. Um progresso lento, mas continuado, que mostra resultados finais crescentes, apesar dos desvios, das interrupções e dos retrocessos ocasionais.
Assim passamos a conhecer a evolução da sociedade no aspecto das ciências, um progresso feito com a venerável colaboração da grande família humana, com a mão e a cabeça de nossos antepassados, de nossos avós.


QUADRO DO MÊS DE ARQUIMEDES
CALENDÁRIO HISTÓRICO FILOSÓFICO
PARA UM ANO QUALQUER OU
QUADRO CONCRETO DA PREPARAÇÃO HUMANA

LUNEDIA=segnda-feira; MARTEDIA=terça; MERCURIDIA=quarta;
JOVEDIA=quinta; VENERDIA=sexta-feira.
Os nomes à esquerda são para o ano C comum; à direita, anos B bissextos.
As datas da última coluna à direita é data gregoriana ano comum.
MÊS DE ARQUIMEDES
4º MÊS A ciência antiga
Lunedia 1 Teofrasto 26.mar.
Martedia 2 Herófilo 27
Mercuridia 3 Erasístrato 28
Jovedia 4 Celso 29
Venerdia 5 Galeno 30
Sábado 6 Avicena Averróis 31
Domingo 7 HIPÓCRATES 1.abr.
Lunedia 8 Euclides 2
Martedia 9 Aristeu 3
Mercuridia 10 Teodósio de Bitina 4
Jovedia 11 Heron Ctesíbio 5
Venerdia 12 Papus 6
Sábado 13 Diofante 7
Domingo 14 APOLÔNIO 8
Lunedia 15 Eudexo Arato 9
Martedia 16 Píteas Nearco 10
Mercuridia 17 Aristarco Beroso 11
Jovedia 18 Eratóstenes Sosígenes 12
Venerdia 19 Ptolomeu 13
Sábado 20 Albatênio Nassir-Edin 14
Domingo 21 HIPARCO 15
Lunedia 22 Varrão 16
Martedia 23 Columela 17
Mercuridia 24 Vitrúvio 18
Jovedia 25 Estrabão 19
Venerdia 26 Frontino 20
Sábado 27 Plutarco 21
Domingo 28 PLÍNIO, O VELHO 22
Todos os meses são iguais, de 28 dias e todos começam numa segunda-feira, terminando num domingo.

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