sexta-feira, 11 de março de 2011

0312 ARISTIPO

12 DE MARÇO. Aristipo: Melhor mendigar que ser ignorante.

ARISTIPO
Aristippus, Aristippe
(nasceu cerca do ano 430 antes da nossa era, em Cirene, Líbia; morreu em 366, em Atenas)
FILÓSOFO GREGO FUNDADOR DA ESCOLA CIRENAICA DE HEDONISMO

A evolução intelectual da sociedade libertada do regime da Teocracia sacerdotal do oriente, iniciando a aplicação da ciência pura abstrata à vida humana.
Pela primeira vez na sociedade humana no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga pensadores dedicarem sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que nos envolve. Mas a explicação não se baseou na vontade arbitrária dos deuses, mas foi feita usando a observação dos fatos. Antes a observação se destinava a conhecer a vontade dos seus poderosos deuses.
Do século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
Esta terceira semana do mês de Aristóteles da Filosofia Antiga apresenta o ponto de vista da Ética da cultura grega. Esses pensadores é que mais atraíram os filósofos romanos. Eles figuram na semana com três pensadores romanos.
O tipo principal que chefia e encerra a semana no domingo é Sócrates.


ARISTIPO era um rico cidadão de Cirene no norte da África, que foi a Atenas para aprender com o ensinamento de Sócrates. Era um homem de caráter fácil e indolente, embora muito desejoso dos prazeres da cultura mental.
Xenofontes afirma que Sócrates procurou estimular sua ambição e sua energia contando-lhe a fábula de Hércules a quem, na juventude, a escolha foi oferecida entre a virtude e do vício, sob a representação de dois caminhos abertos à sua frente, um penoso e outro agradável.
Mas Aristipo não colocava seu ideal nem numa ambição ardente, nem nos prazeres dos sentidos. Ele pensava em gozar as vantagens que nos oferece a vida, dando a cada um aquilo que lhe convém e não sendo escravo de ninguém.
Algumas das máximas que lhe são atribuídas são características. Para a pergunta – Para que serve a filosofia? Ele respondeu:
“A filosofia serve para nos tornar capazes de viver como somos, mesmo quando todas as leis fossem abolidas;”
“Vale mais mendigar do que ser ignorante”.
Um advogado que ele contratou para defendê-lo lhe perguntou de que utilidade lhe havia sido as lições de Sócrates. Ele respondeu:
“Eu devo a Sócrates o fato de que as coisas que vós dizeis em meu favor sejam verdadeiras”.
Ele instruiu em seus princípios sua filha Arete, ela própria passando os mesmos princípios a seu filho,que também se chamava Aristipo.
A escola filosófica de Aristipo que por vezes é chamada de Cirenaica, pelo nome da cidade de Cirene, é uma escola de hedonismo, a ética do prazer. Sua linha de pensamento é mais conhecida pela fama de Epicuro, que dá comumente à sua escola o nome de epicurismo.
Aristipo ensinava que o bem da vida estava na noção de que entre os valores humanos o prazer era o mais precioso e a dor o mais baixo dos valores e que deve ser evitado. Como conseqüência, não se deve provocar a própria dor nem a dor dos outros. Importante para Aristipo era o uso do julgamento correto e a prática do autocontrole para amenizar os furiosos desejos humanos. Sua fórmula preferida era “Eu possuo, eu não sou possuído”.
Os ingredientes do utilitarismo moderno podem ser vistos na escola hedonista de Aristipo, na sua teoria do valor da vida humana.

AMANHÃ: A escola ascética e Antístenes.


Nenhum comentário:

Postar um comentário