sábado, 22 de agosto de 2015

0823C DOLLOND:pesquisador cientista e inventor das lentes acromáticas

23 DE AGOSTO:   John Dollond: justaposição de lentes no progresso da ótica

DOLLOND
John Dollond
(nasceu em 1706, em Londres; morreu em 1761, em Londres)

SÁBIO CIENTISTA INGLÊS INVENTOR DAS LENTES ACROMÁTICAS

Nesta segunda semana estão os representantes dos que desenvolveram o emprego de materiais para obter máquinas úteis ou peças artísticas. Vaucanson é o chefe da semana. Ele mostrou extraordinária habilidade em criar autômatos, máquinas que imitam o movimento e funções de um ser vivo, animado.

Ver em 0813 01 C   Quadro do Mês de Gutenberg, A Indústria Moderna, com os grandes tipos representantes do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

JOHN DOLLOND (1706-1761) era filho de um francês protestante fabricante de tecidos de seda. Seu pai, refugiado da perseguição religiosa no seu país, estabeleceu-se em Spitalfields, um distrito de Tower Hamlets na Grande Londres. Nessa área, a tecelagem da seda fora introduzida por huguenotes foragidos da França, nos anos 1600, no século 17.
Dollond desde cedo mostrou interesse pelas ciências e aprendeu línguas, matemática e física por esforço próprio. Tornou-se um sábio e um cientista destacado. Mas só depois da madureza, em 1752, associado ao seu filho Pierre, passou a fabricar material de ótica. Dollond é o fundador de uma família de óticos que floresceu por mais de um século.
Os primeiros fabricantes de telescópios verificaram que a imagem observada aparecia cercada de uma borda com as cores do arco íris, o que tornava confusa a visão. Esse fenômeno foi chamado de aberração cromática. Newton demonstrara que quando um raio de luz branca atravessava um prisma, refratando, as cores que compunham a luz se dispersavam, isto é, as cores sofriam refração diferente.
Em 1747 levantou-se uma controvérsia a respeito da afirmação de Newton de que essa aberração cromática das lentes não poderia ser eliminada. Dollond em princípio concordou e pensou que esse defeito era totalmente próprio às lunetas refringentes e deixou de fabricá-las, e se dedicou aos telescópios de espelho refletor, no que foi seguido pelos mais experimentados óticos.
Apesar da grande autoridade de Newton, sempre se manteve a esperança de que, pela combinação de meios de transmissão da luz com poderes refratores diferentes se poderia neutralizar a dispersão das cores.
Euler propôs fazer a combinação de lentes ocas, cheias com água, com as lentes de cristal. Chester Hall, de Essex parece ter chegado em 1730 a realizar uma combinação análoga. Mas Dollond não teve conhecimento dessa experiência, que, de fato, só foi comunicada muito mais tarde. Ele foi levado a fazer experiências nessa questão ao ler uma memória de Kingenstierna da Suécia. Seus testes foram coroados de sucesso e foram claramente descritas na memória que Dollond leu diante da Sociedade Real de Ciências em 1758. Depois de ter explicado os fenômenos de refração e de dispersão, ele mostrou que se um raio de luz passando através de dois prismas de mesma substância dispostos de modo que as refrações sejam iguais e em sentidos contrários, o raio de luz que sai é de luz branca, sem cores. Mas o que ocorre se a refração oposta se faz em meio diferente? Newton mantém que se teria o mesmo resultado: Dollond se dispôs a examinar o problema.
Das experiências que fez, Dollond começou a pesquisar a propriedade ótica dos diferentes tipos de vidro. Depois de repetidos ensaios, ele verificou que o vidro tipo Crown e o tipo Flint tinham poder dispersivo muito diferente. O vidro Crown era de uso comum em telescópios e microscópios nessa época. O seu índice de refração é baixo. O vidro Flint tem um índice de refração alto. Mas era muito mais duro para trabalhar e tinha menor aplicação. Fazendo a combinação de peças dos dois tipos de vidro, de modo que a sua refração ficasse na relação de 3 para 2, em direções opostas, ele conseguiu neutralizar a dispersão colorida.
Dollond tinha criado a lente sem aberração cromática, sem as inconvenientes bordas coloridas, a lente acromática. É a combinação de uma lente convexa Crown colada a uma lente côncava Flint. Dollond patenteou e comercializou sua invenção.
A invenção de Dollond resultou, na verdade, de várias tentativas de antecessores e de contemporâneos seus. Muitos fabricantes procuravam a solução do problema, em vários países.
Dollond continuou a produzir telescópios de primeira qualidade e sua fabricação de aparelhos óticos passou para seus filhos John Júnior e Pierre, depois que Dollond morreu em 1761 em Londres.


AMANHÃ: O inventor de aperfeiçoamentos na produção de fios para tecidos: Sir Arkwright.
0822C   HARRISON:genial mecânico produziu o cronômetro marítimo de precisão

22 DE AGOSTO.   HARRISON: toda uma vida dedicada à precisão na cronometria

HARRISON
John Harrison
(nasceu em 1693, no Yorkshire; morreu em 1776, em Londres)

MECÂNICO INGLÊS INVENTOU PRECISO CRONÔMETRO PARA A NAVEGAÇÃO

A INDÚSTRIA MODERNA
Nos últimos anos da idade média foram libertados os servos da gleba, trabalhadores rurais ligados à agricultura do feudo e a seu barão. Entre os anos 700 e 1000 ocorre a libertação dos servos, que se tornam comerciantes e artesões na manufatura de bens de necessidade imediata. O que ocorre nos burgos, povoados formados fora das muralhas dos castelos. Nasce então a burguesia.
FORMAÇÃO DO SISTEMA ECONÔMICO DO CAPITALISMO
A atividade nos burgos pelos artesãos libertados do trabalho agrícola no feudo produzia o que era demandado pelas necessidades imediatas. Desse modo foi iniciada a organização inicial da indústria e do comercio.
Nesta segunda semana estão os representantes dos que desenvolveram o emprego de materiais para obter máquinas úteis ou peças artísticas. Vaucanson é o chefe da semana. Ele mostrou extraordinária habilidade em criar autômatos, máquinas que imitam o movimento e funções de um ser vivo, animado.

Ver em 0813 01 C   Quadro do Mês de Gutenberg, A Indústria Moderna, com os grandes tipos representantes do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

JOHN HARRISON (1693-1776) nasceu em Folby, no antigo condado de
Yorkshire, na costa norte-leste da Inglaterra, na borda do Mar do Norte. Seu pai era carpinteiro e mecânico de Sir Rowland Winn, na paróquia de Nostell. O jovem se mostrou inteligente e logo se dedicou ao reparo de relógios e ao apoio às tarefas de seu pai.
Ainda com apenas 18 anos fez um relógio em madeira que trabalha por 8 horas. Esse relógio está conservado no museu de South Kensington.
A medição do tempo é importante na astronomia. Os astrônomos da Escola de Alexandria só tinham a medida do tempo pela observação do céu, com uma pequena precisão. A passagem de água por uma abertura num vaso era o expediente mais usado, mas a variação da pressão atmosférica alterava o resultado. Nos anos 1200, no século 13, usavam-se relógios movidos pela ação de um peso sobre rodas dentadas. Mas os medidores de tempo mostravam grandes erros, não podendo ser usados para as pesquisas científicas.
Galileu deu o primeiro passo para uma solução mais precisa para a medição do tempo, quando descobriu que as oscilações para um pêndulo qualquer, de mesmo comprimento, eram constantes, se os arcos percorridos fossem pequenos, para pequenas oscilações.
Huyghens tornou a idéia de Galileu ainda mais precisa e a aplicou na construção de relógios onde o movimento de um pêndulo comandava a ação das rodas dentadas de uma engrenagem. Mas o pêndulo estava sujeito a duas variações. Em diferentes pontos da terra, o tempo de oscilação varia com a intensidade da força de gravidade e ainda há variação pela ação da temperatura dilatando ou contraindo o comprimento do pêndulo.
Harrison em 1723 corrigiu a alteração do tempo pela temperatura, colocando na haste do pêndulo barras paralelas alternadas em aço e em cobre, metais que são afetados de forma diferente pelo calor. As hastes eram colocadas de forma que a dilatação menor do cobre era neutralizada pela dilatação maior do aço, mantendo constante o centro de gravidade do pêndulo. Melhoramentos feitos por ele no escapamento e um dispositivo que permite dar corda ao relógio sem que ele pare, fizeram o relógio mais perfeito que até então se tinha obtido.
Os relógios a pêndulo não podiam ser usados na navegação marítima devido ao balançar dos barcos. Passou-se a usar na marinha os relógios que usavam a oscilação de uma mola em espiral como regulagem. Eles estavam livres da influência da gravitação. Mas, como os pêndulos, sofriam alteração com a variação da temperatura.
O movimento aparente do sol em torno da terra percorre 360° durante 24 horas. Portanto, a diferença em horas de um lugar para outro corresponde à diferença na longitude, que é a distância de um meridiano terrestre para outro. A medição da longitude permite saber a localização em que o navio se acha, importante para evitar colisões com obstáculos da costa e com outros navios.
Com a ocorrência de dispendiosos desastres no mar, devido à navegação mal dirigida, o governo britânico decidiu criar em 1713 o Bureau de Longitude, que oferecia alta premiação para quem desenvolvesse um cronômetro marítimo com que a longitude pudesse ser calculada com um erro menor do que meio grau no fim de uma viagem às Índias Ocidentais.
Harrison produziu um cronômetro marítimo de precisão em 1759 que numa viagem à Jamaica, de novembro de 1761 a março de 1762 determinou a longitude com um erro menor do que 18 milhas. E dez anos mais tarde um outro cronômetro de Harrison deu precisão de menos que 10 milhas na viagem de Cook em 1765. Com esses cronômetros Harrison ganhou o prêmio oferecido.
O escritório de Longitude mostrou pouca vontade para entregar o prêmio a Harrison, só pagando pela intervenção pessoal do rei Jorge III da Inglaterra. Uma parcela ainda ficou pendente até a morte de Harrison, que ocorreu em Londres em 1776, contando a idade de 83 anos. Foi enterrado no cemitério de Hampstead.
Harrison foi o trabalhador que dedicou toda sua vida ao desenvolvimento do cronômetro e do relógio. Mostra a colaboração intensa do indivíduo na tarefa coletiva da sociedade no progresso da civilização humana.
Em nossos dias, a navegação tem instrumentos para navegação muito mais completos, usando os progressos da eletricidade e da eletrônica para empregar satélites que fazem a localização na face da terra com grande precisão. O progresso foi realizado pela convergência dos esforços de uma multidão de estudiosos e de trabalhadores. É uma vitória da sociedade humana, em sua longa evolução por milênios e milênios.


AMANHÃ: O criador da lente sem aberração cromática: John Dollond.




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