sexta-feira, 7 de agosto de 2015

0809C FENELON: caridoso padre católico autor liberal precursor do iluminismo

09 DE AGOSTO. Fenelon: Trabalhou como homem e padre em favor do trabalhador pobre.

FENELON
François de Salignac de la Mothe-Fénelon (1651-1715)
(nasceu em 1651, em Perigord, França; morreu em 1715, em Cambrai)

TEÓLOGO EDUCADOR FRANCÊS ARCEBISPO E ESCRITOR ILUMINISTA LIBERAL

            GRANDE POETA FLORENTINO FUNDADOR DA RENASCENÇA CLÁSSICA NA ITÁLIA

ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da atividade

A Idade Média promoveu a liberdade do povo trabalhador, com a indústria e o comércio livre, com a sistematização do sistema capitalista de liberdade civil. A civilização moderna, após o fim da civilização medieval, com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, criou uma grande variedade na atividade humana. A secularização fez a saída do ensino e das artes de dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução sem a unanimidade cristã da Idade Média. É a passagem de uma civilização medieval da guerra de defesa para uma civilização pacífica científica e industrial.
Triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico aos poucos se afastando da religião, apesar do clima de revolta. É o sinal da potente capacidade da natureza humana de produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de criações artísticas.
Nesta quarta semana a poesia dos sentimentos domina a semana. Aqui estão os líricos, os místicos, panteístas, os poetas da mente humana em todas as suas manifestações e suas emoções, desde Tomás de Kempis e Bunyan até Byron e Shelley.
Ver em 0716 1 C   O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS


FENELON (1651-1715) nasceu no castelo de Fenelon, em Perigord, na França, de família nobre e antiga, que já tinha fornecido muitos membros de valor.
Ainda na infância, Fenelon se destacou por sua fraca saúde, sua natureza delicada e sensível, manifestando cedo dons intelectuais raros. Nos primeiros anos seu pai orientou o ensino, indo depois para a escola dos jesuítas.
Conta-se que seu primeiro sermão, aos 15 anos de idade obteve um sucesso extraordinário. Mas ele só foi ordenado religioso com 24 anos. Desde então, dedicou-se ao serviço dos pobres e fez da educação da juventude seu objetivo principal. Nesse primeiro período é que escreveu seu tratado sobre a EDUCAÇÃO DAS MOÇAS.
Depois da revogação do Edito de Nantes, que antes instituía a liberdade dos protestantes na França, a igreja católica fez grandes esforços para chegar a uma conciliação e enviou uma missão para as províncias. As raras qualidades de Fenelon, seu fervor, sua simpatia, indicaram-no como um chefe perfeito para esse serviço. Ele cumpriu sua obra com um espírito de moderação, dispensou a escolta militar que lhe foi oferecida e obteve grande sucesso.
O destaque que ele ganhou com sua missão levou o rei de França a nomeá-lo em 1689 como preceptor do jovem duque de Borgonha, herdeiro do trono francês. O jovem príncipe era singularmente obstinado e irritadiço. Mas Fenelon, com seu entusiasmo, pensava em fazer dele um novo São Luiz, um rei filósofo. Fenelon conseguiu a confiança e a amizade de seu aluno. Mas o príncipe não viveu o bastante para realizar as altas esperanças nele depositadas.
Foi para seu aluno que Fenelon escreveu seu famoso livro AS AVENTURAS DE TELÊMACO e também outras obras. Telêmaco em suas aventuras estava à procura de seu pai, Ulisses, e representou os símbolos das idéias fundamentais de Fenelon em política. O rei da França se sentiu ofendido pela afirmação no livro de Fenelon de que o rei existe para servir seus súditos, além de discordar da guerra e acreditar na fraternidade das nações.
Em 1693 foi eleito para a Academia Francesa de Letras e foi nomeado em 1695 arcebispo de Cambrai, uma cidade do nordeste da França.
Uma longa controvérsia colocou o rei, junto com Bossuet e os defensores da ortodoxia católica contra Fenelon, que passou a defender a heresia dos quietistas, de Madame Guyon. O seu livro EXPLICAÇÃO DAS MÁXIMAS DOS SANTOS foi uma defesa do quietismo. A obra foi censurada pelo papa, e Bossuet, com o apoio do rei, fez a condenação do livro pela Universidade da Sorbonne. Fenelon se submeteu à censura da igreja e ficou recolhido à sua diocese de Cambrai, onde passou o resto de sua vida, em socorro dos pobres, ensinando e aconselhando seus fiéis. Ele tornou-se o objeto de peregrinações de todas as partes da França, amado pelos protestantes e pelos católicos.  Fenelon morreu em Cambrai, em 7 de janeiro de 1715, com 64 anos de idade.
Fenelon foi um teólogo e um homem de letras com visão liberal em política e em educação, tendo exercido uma duradoura influência na cultura européia. É considerado um dos precursores do movimento intelectual chamado iluminismo, a filosofia do pensamento secular, laico.
A publicação de sua correspondência mostra que Fenelon mantinha um contraste entre suas tendências, ao mesmo tempo como antigo e moderno, cristão e profano, um místico e um estadista, um democrata e um aristocrata, gentil e obstinado, franco e sutil.
Fenelon se impressionou com a condição de pobreza do camponês e trabalhou como homem e como padre em favor do trabalhador pobre. Sua vida foi simples, harmoniosa e tudo que disse e que fez mostra um espírito de piedade verdadeiro e simples Seu nome brilha entre os mais belos. Ele foi considerado o último poeta da vida contemplativa. Ele foi considerado o último poeta da vida contemplativa.

AMANHÃ: A majestade épica da sublimidade religiosa ressoando na língua alemã: Klopstock.




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