terça-feira, 17 de setembro de 2013

0917 C TIRSO DE MOLINA padre brilhante da secularização da comédia e da tragédia 17 DE SETEMBRO. Tirso de Molina: original autor do famoso e imoral anti-herói Don Juan TIRSO DE MOLINA Pseudônimo do Frade Gabriel Téllez (nasceu cerca 1571, em Madrid; morreu em 1648, em Soria, Aragón, Espanha) NOTÁVEL DRAMATURGO DA ERA DE OURO DA LITERATURA NA ESPANHA Estética parte da Filosofia para a idealização, para a emoção O motor da ação humana é o sentimento Estética é a teoria da arte, o conjunto dos princípios fundamentais da arte. É apresentada também como a filosofia da arte. Define-se a arte afirmando que: arte é a representação idealizada da realidade, dos seres e dos acontecimentos. O objetivo da arte é cultivar o nosso sentimento, da emoção de perfeição, do belo. Assim como a ciência explica a realidade, a arte embeleza o real para emocionar, estimulando o sentimento social, a compaixão, o altruísmo. Em ambos os casos, a tarefa de classificação tanto na ciência como na arte se faz começando pelos objetos simples do mundo exterior ao homem. Em seguida se eleva gradualmente aos complicados fatos da vida e da natureza humana, coletiva na sociologia ou individual na psicologia. O mundo antigo era a muitos respeitos mais favorável do que a modernidade à produção da grande poesia. A sociedade era mais homogênea e mais harmoniosa em sua constituição, também mais estável e mais regular em seu movimento. Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução, ao passar de uma civilização medieval para uma civilização científica e industrial. Mas, apesar do clima de revolta, triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico independente. Nesta segunda semana do Calendário estão como representantes desta fase da evolução social aqueles mestres do drama histórico que pintaram os tipos tomados do passado de preferência a caracteres puramente imaginários. Desse modo aqui Schiller é colocado ao lado de Corneille, assim como na semana passada Goethe foi colocado ao lado de Calderon. A semana tem como chefe Corneille. Ver em 0910 C O QUADRO DO MÊS DE SHAKESPEARE, o Drama Moderno, com todos os grandes tipos humanos do mês. NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS Maiores figuras humanas na antiguidade que prepararam a civilização do futuro. TIRSO DE MOLINA (1571-1648) o nome literário, o apelido chamado de nom de plume, ou nome de pena ou caneta, literário, do frade católico com o nome de batismo de Gabriel Téllez. Tirso recebeu sua educação na Universidade de Alcalá. Ele teria se tornado frade da Ordem de Nossa Senhora das Mercês em 1601 e no fim da vida foi o abade do mosteiro em Soria, cidade do norte da Espanha. Morreu como abade em Soria em 1648 com cerca de 80 anos de idade. Como historiador da Ordem, escreveu a História general de la Orden de la Merced em 1637. Como autor de pecas de teatro teve uma fecunda produção. Chegaram até nós cinco volumes de seus dramas. Eles foram todos publicados durante sua vida de religioso. Ele escreveu também muitas comédias publicadas à parte. Suas peças, em grande parte, não se recomendavam para uma moral rigorosa e, por isso, foram proibidas pela Santa Inquisição. É um dos exemplos da revolução mental da modernidade, iniciada espontaneamente pelos próprios sacerdotes católicos. Neste caso, estamos na fase em que a arte já deixou as igrejas para se fazer nos palcos seculares, tanto populares como da nobreza. Ele escreveu também muitas comédias publicadas à parte. É um dos exemplos da revolução mental da modernidade, iniciada espontaneamente pelos próprios sacerdotes católicos. A mais famosa de suas tragédias é El Burlador de Sevilla. Essa peça é que introduziu na literatura mundial o herói-vilão Don Juan. Essa figura teve origem nas lendas populares espanholas e foi criada no teatro, com grande originalidade, por Tirso de Molina. O anti-herói veio a ser um dos mais famosos em toda a literatura universal com a ópera Don Giovanni (1787) de Mozart. Pelo teatro de Molière ficou conhecido pela peça Festin de Pierre. Foi a base do Don Juan de Byron. O tema do Don Juan foi usado na Inglaterra por Sir Aston Cokayne. Thomas Shadwell criou o personagem em The Libertine em 1676. Bernard Shaw fez a comédia Man and Superman em 1903 sobre o tipo do libertino e Richard Strauss compôs o poema sinfônico Don Juan em 1889. Juan é mostrado como um herói tragicômico, destruído por sua busca sem fim da mulher ideal. As comédias de Tirso Cigarrales de Toledo, publicadas em 1624, são versos, histórias, dramas, como recreações do tempo de verão por um grupo de nobres. O nome cigarral significa casa de campo no dialeto de Toledo. São baseados no Decameron de Boccaccio. Como dramaturgo, Tirso de Molina foi muito prolífico, com mais de quatrocentas peças, mas poucas foram guardadas até hoje. Um paradoxo teológico é encenado na peça El Condenado por Desconfiado, no caso da salvação da alma de um perigoso ladrão arrependido, comparada com a danação de um religioso por ter tido uma única falta numa dúvida em sua fé. O conflito psicológico e as contradições são bem mostrados. Ironia e tragédia estão presentes na obra de Tirso, como se encontra em Shakespeare. Em seus dramas históricos isso pode ser visto, como em Antona Garcia, de 1635, em La Prudencia en la Mujer, de 1634. Até nossos dias a tragédia histórica La Prudencia en la Mujer tem sua leitura recomendada, descrevendo a história da rainha Maria de Castela, uma viúva jovem, assediada por três pretendentes violentos. Tirso de Molina é um dos grandes dramaturgos da Era de Ouro da literatura espanhola. Ele se mostrou brilhante, com as mais aplaudidas comédias e suas melhores tragédias são as mais importantes da época de secularização da arte, ou seja quando a arte se livra da orientação do cristianismo e de seus temas religiosos. AMANHÃ: Força, beleza e elevação na arte dramática: o holandês Joost van den Vondel.




 17 DE SETEMBRO. Tirso de Molina: original autor do famoso e imoral anti-herói Don Juan

TIRSO DE MOLINA
Pseudônimo do Frade Gabriel Téllez
(nasceu cerca 1571, em Madrid; morreu em 1648, em Soria, Aragón, Espanha)

NOTÁVEL DRAMATURGO DA ERA DE OURO DA LITERATURA NA ESPANHA

Estética
parte da Filosofia para a idealização, para a emoção

O motor da ação humana é o sentimento
Estética é a teoria da arte, o conjunto dos princípios fundamentais da arte. É apresentada também como a filosofia da arte.
Define-se a arte afirmando que:
arte é a representação idealizada da realidade, dos seres e dos acontecimentos.
O objetivo da arte é cultivar o nosso sentimento, da emoção de perfeição, do belo. Assim como a ciência explica a realidade, a arte embeleza o real para emocionar, estimulando o sentimento social, a compaixão, o altruísmo.
Em ambos os casos, a tarefa de classificação tanto na ciência como na arte se faz começando pelos objetos simples do mundo exterior ao homem. Em seguida se eleva gradualmente aos complicados fatos da vida e da natureza humana, coletiva na sociologia ou individual na psicologia.
O mundo antigo era a muitos respeitos mais favorável do que a modernidade à produção da grande poesia. A sociedade era mais homogênea e mais harmoniosa em sua constituição, também mais estável e mais regular em seu movimento.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução, ao passar de uma civilização medieval para uma civilização científica e industrial. Mas, apesar do clima de revolta, triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico independente.
Nesta segunda semana do Calendário estão como representantes desta fase da evolução social aqueles mestres do drama histórico que pintaram os tipos tomados do passado de preferência a caracteres puramente imaginários. Desse modo aqui Schiller é colocado ao lado de Corneille, assim como na semana passada Goethe foi colocado ao lado de Calderon. A semana tem como chefe Corneille.
Ver em 0910 C   O QUADRO DO MÊS DE SHAKESPEARE, o Drama Moderno, com todos os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

TIRSO DE MOLINA (1571-1648) o nome literário, o apelido chamado de nom de plume, ou nome de pena ou caneta, literário, do frade católico com o nome de batismo de Gabriel Téllez.
Tirso recebeu sua educação na Universidade de Alcalá. Ele teria se tornado frade da Ordem de Nossa Senhora das Mercês em 1601 e no fim da vida foi o abade do mosteiro em Soria, cidade do norte da Espanha. Morreu como abade em Soria em 1648 com cerca de 80 anos de idade.
Como historiador da Ordem, escreveu a História general de la Orden de la Merced em 1637.
Como autor de pecas de teatro teve uma fecunda produção. Chegaram até nós cinco volumes de seus dramas. Eles foram todos publicados durante sua vida de religioso. Ele escreveu também muitas comédias publicadas à parte.
Suas peças, em grande parte, não se recomendavam para uma moral rigorosa e, por isso, foram proibidas pela Santa Inquisição. É um dos exemplos da revolução mental da modernidade, iniciada espontaneamente pelos próprios sacerdotes católicos. Neste caso, estamos na fase em que a arte já deixou as igrejas para se fazer nos palcos seculares, tanto populares como da nobreza.
Ele escreveu também muitas comédias publicadas à parte.
É um dos exemplos da revolução mental da modernidade, iniciada espontaneamente pelos próprios sacerdotes católicos.
A mais famosa de suas tragédias é El Burlador de Sevilla. Essa peça é que introduziu na literatura mundial o herói-vilão Don Juan. Essa figura teve origem nas lendas populares espanholas e foi criada no teatro, com grande originalidade, por Tirso de Molina. O anti-herói veio a ser um dos mais famosos em toda a literatura universal com a ópera Don Giovanni (1787) de Mozart. Pelo teatro de Molière ficou conhecido pela peça Festin de Pierre. Foi a base do Don Juan de Byron.
O tema do Don Juan foi usado na Inglaterra por Sir Aston Cokayne. Thomas Shadwell criou o personagem em The Libertine em 1676. Bernard Shaw fez a comédia Man and Superman em 1903 sobre o tipo do libertino e Richard Strauss compôs o poema sinfônico Don Juan em 1889. Juan é mostrado como um herói tragicômico, destruído por sua busca sem fim da mulher ideal.
As comédias de Tirso Cigarrales de Toledo, publicadas em 1624, são versos, histórias, dramas, como recreações do tempo de verão por um grupo de nobres. O nome cigarral significa casa de campo no dialeto de Toledo. São baseados no Decameron de Boccaccio.
Como dramaturgo, Tirso de Molina foi muito prolífico, com mais de quatrocentas peças, mas poucas foram guardadas até hoje.
Um paradoxo teológico é encenado na peça El Condenado por Desconfiado, no caso da salvação da alma de um perigoso ladrão arrependido, comparada com a danação de um religioso por ter tido uma única falta numa dúvida em sua fé. O conflito psicológico e as contradições são bem mostrados.
Ironia e tragédia estão presentes na obra de Tirso, como se encontra em Shakespeare. Em seus dramas históricos isso pode ser visto, como em Antona Garcia, de 1635, em La Prudencia en la Mujer, de 1634.
Até nossos dias a tragédia histórica La Prudencia en la Mujer tem sua leitura recomendada, descrevendo a história da rainha Maria de Castela, uma viúva jovem, assediada por três pretendentes violentos.
Tirso de Molina é um dos grandes dramaturgos da Era de Ouro da literatura espanhola. Ele se mostrou brilhante, com as mais aplaudidas comédias e suas melhores tragédias são as mais importantes da época de secularização da arte, ou seja quando a arte se livra da orientação do cristianismo e de seus temas religiosos.

AMANHÃ: Força, beleza e elevação na arte dramática: o holandês Joost van den Vondel.

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