quarta-feira, 16 de novembro de 2011

1116 RUYTER o almirante holandês mais bravo dos bravos detestava a guerra

1116 RUYTER  o almirante holandês mais bravo dos bravos detestava a guerra

16 DE NOVEMBRO. RUYTER: De simples marinheiro chegou a Almirante em Chefe.

RUYTER
Michiel Adriaanszoon de Ruyter
(nasceu em 1607, em Vlissingen, Holanda; morreu em 1676, em Siracusa, Sicília, Itália)

ALMIRANTE HOLANDÊS DE GRANDES VITÓRIAS NAVAIS

No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1                                  a destruição das antigas crenças medievais e de sua organização militar para a guerra de defesa;
2                                  a preparação da nova civilização científica e pacífica com a atividade industrial-comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou barões feudais.
Na política moderna são básicas duas condições: a unidade de comando e a liberdade consciência e de opinião. O poder deve ser concentrado num só chefe responsável, como nos exércitos, no império romano e no catolicismo medieval. Deve haver liberdade para que a produção e comercialização sejam feitas com paz e ordem já que a guerra impede a indústria. O poder do capital também deve ser concentrado. A divisão do poder leva ao desgoverno, à quebra da hierarquia social, a anarquia, com a dissolução da sociedade. O sucesso depende do difícil equilíbrio entre a unidade governo e a ampla liberdade. 
O governo de comando único concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo regional descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar sem a integral unanimidade cultural religiosa da Idade Média, como se fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico concentrado reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento do cristianismo os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Os sete tipos humanos desta segunda semana pertencem ao período compreendido entre o meio dos anos 1500 ao fim dos anos 1600, o tempo das guerras de religião. São todos protestantes, menos L’Hôpital que era sem dúvida protestante de coração. Mas nenhum deles foi um protestante beato. Eles se destacaram como advogados da defesa da tolerância que consideravam as crenças no ponto de vista político. Dos sete nomes cinco são holandeses. Esta semana tem como principal campeão Guilherme o Taciturno, no domingo que finaliza a semana.
Ver em 1105 1   em 05 de novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social política do mês.

RUYTER era filho de Adriaan Michielszoon, um artesão de Hessingues na Holanda. Como seu pai para casar fugiu com a noiva a cavalo, passou a ser chamado de Ruyter, ou cavaleiro, nome que ele passou para os seus filhos.
Ruyter trabalhou desde os nove anos no mar, como marinheiro. Em 1635, com 28 anos, tornou-se capitão da marinha mercante. Serviu como contra-almirante na frota holandesa que apoiou Portugal na guerra contra a Espanha em 1641. Retornou ao serviço mercante pelos próximos 10 anos, lutando contra os piratas fora da costa do norte da África.
Com o início da Primeira Guerra Anglo-Holandesa de 1652 a 1654, ele aceitou um comando naval, servindo com distinção sob as ordens do almirante Maarten Tromp e atingindo a patente de vice-almirante em 1653 depois da vitória em Texel. O sucesso de Ruyter nas batalhas se atribui a uma eficiente ordem de combate, com ênfase na disciplina da frota.
Em 1659 Ruyter apoiou a Dinamarca contra a Suécia no Mar Báltico na Primeira Guerra do Norte, de 1655 a 1660. Lutou contra os Ingleses ao largo da costa da Guiné na África, permitindo restabelecer o domínio comercial holandês da Companhia das Índias Ocidentais.
Voltando para a Holanda em 1665, Ruyter foi nomeado Almirante-Chefe da Holanda e operou em conjunto com o republicano Jan De Witt para o fortalecimento da marinha holandesa. Na Segunda Guerra Anglo-Holandesa de 1665 a 1667, suas maiores vitórias foram na Batalha dos Quatro Dias em junho de 1666 e no ataque sobre o Medway em junho de 1667, quando a frota inglesa foi destruída. Ruyter subiu o rio Tâmisa, pôs fogo no arsenal de Chatam e bloqueou a capital Londres por várias semanas. Essa vitória acelerou as negociações de paz começadas em Breda em abril de 1667.
O grande feito do Almirante Ruyter foi sua vitória sobre forças Anglo-Francesas muito maiores na Terceira Guerra Anglo-Holandesa de 1672 a 1674. Então ele tomou uma gloriosa parte na defesa heróica de seu país contra o ataque combinado dos franceses e ingleses. Essa vitória impediu a invasão da República dos Países Baixos por mar. Em 1675 ele lutou contra os franceses no Mar Mediterrâneo e foi ferido mortalmente ao largo da Sicília.
Para a paz e a liberdade da Europa não havia melhor garantia do que o meio grosseiro e empírico do equilíbrio de forças. Era então importante que pelo menos um dos grandes países fosse um poder mais marítimo do que terrestre. O grande poderio marítimo da Inglaterra deveria ser equilibrado para evitar seus abusos. Tal situação decorreu da perda do poder dos papas desde 1300, poder que fazea a direção política da Europa sem armas por meio da sua autoridade moral, resultante da liderança na formação da opinião, do ensino e das crenças.
Ruyter foi o mais famoso dos grandes marinheiros que fizeram as Províncias Unidas da Holanda capazes, embora tendo um pequeno território, de realizar esse equilíbrio. Que foi um serviço indispensável para a paz na Europa dos anos 1600, século 17.
Começando como um simples marinheiro, Ruyter tornou-se almirante em chefe, embora sendo o mais bravo dos bravos, ele detestava a guerra. Sentia-se mais feliz como capitão de um navio mercante.
Ruyter fazia oposição aos príncipes de Orange, sendo muito amigo dos republicanos irmãos Jan e Cornellius De Witt.
Ruyter era tão simples quanto era grande.

AMANHÃ: Rei e guerreiro, notável pela tolerância e paz da Europa: Guilherme de Nassau, rei da Holanda e da Inglaterra.

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