terça-feira, 15 de novembro de 2011

1115 DE WITT estadista da Holanda o lugar de asilo dos livres-pensadores

1115 DE WITT   estadista da Holanda o lugar de asilo dos livres-pensadores

NOVEMBRO dia 15. Jan De Witt: Jovem sábio e habilidoso, eleito administrador da Holanda.

DE WITT
Jan de Witt
(nasceu em 1625, em Dordrecht, Holanda; morreu em 1672, em Hague, Holanda)

ESTADISTA HOLANDÊS CONSOLIDOU O PODER NAVAL E COMERCIAL DO PAÍS

No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1                                  a destruição das antigas crenças medievais e de sua organização militar para a guerra de defesa;
2                                  a preparação da nova civilização científica e pacífica com a atividade industrial-comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou barões feudais.
Na política moderna são básicas duas condições: a unidade de comando e a liberdade consciência e de opinião. O poder deve ser concentrado num só chefe responsável, como nos exércitos, no império romano e no catolicismo medieval. Deve haver liberdade para que a produção e comercialização sejam feitas com paz e ordem já que a guerra impede a indústria. O poder do capital também deve ser concentrado. A divisão do poder leva ao desgoverno, à quebra da hierarquia social, a anarquia, com a dissolução da sociedade. O sucesso depende do difícil equilíbrio entre a unidade governo e a ampla liberdade. 
O governo de comando único concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo regional descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar sem a integral unanimidade cultural religiosa da Idade Média, como se fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico concentrado reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento do cristianismo os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Os sete tipos humanos desta segunda semana pertencem ao período compreendido entre o meio dos anos 1500 ao fim dos anos 1600, o tempo das guerras de religião. São todos protestantes, menos L’Hôpital que era sem dúvida protestante de coração. Mas nenhum deles foi um protestante beato. Eles se destacaram como advogados da defesa da tolerância que consideravam as crenças no ponto de vista político. Dos sete nomes cinco são holandeses. Esta semana tem como principal campeão Guilherme o Taciturno, no domingo que finaliza a semana.
Ver em 1105 1   em 05 de novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social política do mês.

DE WITT nasceu em 1625, numa família tradicional de líderes de sua cidade natal de Dordrecht ou Dort. Seu pai, Jacob De Witt, fora por seis vezes prefeito e por muitos anos o representante da cidade na assembléia holandesa. O pai era um forte aderente do partido republicano de direita, da oposição aos príncipes da Dinastia de Orange, representantes do princípio federativo com o apoio da massa popular.
Jan De Witt foi educado na Universidade de Leiden e ainda jovem mostrou notáveis talentos, especialmente em matemática e jurisprudência. Escreveu em 1650 o livro ELEMENTA CURVARUM LINEARUM, publicado em 1659, que foi o primeiro dos textos didáticos da Geometria Analítica. Mais tarde, ele iria também aplicar seu conhecimento matemático aos problemas financeiros e orçamentários da República holandesa. Em 1645 ele e seu irmão mais velho Cornelius visitaram a França, a Itália, Suíça e Inglaterra. Ao voltar, ele viveu em Hague como advogado.
De Witt foi eleito em 1650 como representante da cidade de Dordrecht, o que o tornava o líder dos deputados da assembléia federal da Holanda. Nesse ano, na luta pela supremacia das províncias, o jovem príncipe de Orange, William II, com o apoio do exército, prendeu cinco dos lideres do partido de direita, entre eles Jacob De Witt, pai de Jan. Mas a morte súbita de William, no momento em que ele esmagava a oposição, permitiu a reação e os princípios republicanos de Jacob De Witt venceram.
Jan De Witt por sua eloqüência, sabedoria e habilidade de negociação foi eleito administrador da Holanda aos 28 anos de idade. Ele foi reeleito por três vezes e manteve sua chefia até pouco antes de sua morte em 1672.
Ele encontrou o país à beira da ruína por causa da guerra com a Inglaterra e resolveu fazer a paz. Ele rejeitou a sugestão de Cromwell da união da Inglaterra com a Holanda, mas em 1654 o Tratado de Westminster foi concluído, pelo qual a Holanda fez grandes concessões.
Depois de feita a paz, a política de De Witt foi muito bem sucedida. Ele recuperou as finanças do país e estendeu a supremacia da Holanda até a Índia. Em 1658 apoiou a Dinamarca contra a Suécia e em 1662 firmou um vantajoso acordo de paz com Portugal.
A elevação de Charles II ao trono da Inglaterra criou um conflito entre os dois países e renovou a disputa de direitos marítimos e comerciais, fazendo começar nova guerra em 1665. A frota holandesa foi empregada com sucesso pelo brilhante comando do Almirante de Ruyter que,com a organização e a habilidade de De Witt, levaram à vitória e o Tratado de Breda foi vantajoso para as Províncias Unidas da Holanda.
Em 1667 ele promulgou seu decreto eterno para a administração republicana do país. Um triunfo ainda maior foi a conclusão da Tríplice Aliança em 1688 entre a República da Holanda, a Inglaterra e a Suécia, o que preveniu a tentativa de Luís XIV de tomar posse das províncias espanholas da Holanda em nome se sua mulher, a infanta Maria Theresa.
Luís XIV não ficou satisfeito e odiava a Holanda por ser o grande asilo dos livres-pensadores, onde eles se protegiam contra a crueldade da Santa Inquisição na França. Então declarou guerra à Holanda e invadiu o país à frente de grande exército. Em vista do perigo, o povo chamou William III para enfrentar o inimigo e ocorreram violentas manifestações contra De Witt.
O irmão dele, Cornellius, foi preso acusado de conspirar contra o príncipe. Em seguida De Witt renunciou o seu posto no governo. Cornellius foi torturado e condenado à perda de seus cargos e banido.
De Witt foi a Hague para visitá-lo na prisão. Uma grande multidão juntou-se e invadindo o local, se apoderaram dos dois irmãos os lincharam até a morte.
Dessa forma terrível pereceu um dos grandes estadistas de sua época e da história da Holanda.

AMANHÃ: De simples marinheiro chegou a Almirante em Chefe, dos mais bravos, detestava a guerra: RUYTER.

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