quinta-feira, 10 de novembro de 2011

1110 HENRIQUE IV projeto de uma federação dos países livres da Europa

10 DE NOVEMBRO. rei Henrique IV: progresso da França industrialização do país.

HENRIQUE IV
Prince de Béarn, Henri III de Navarre, Henri IV de Bourbon, Henry IV of France
(nasceu em 1553, em Béarn, França; morreu em 1610, em Paris)

REI DA FRANÇA MANTEVE UNIDADE E DESENVOLVIMENTO DA NAÇÃO

No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1                                  a destruição das antigas crenças medievais e de sua organização militar para a guerra de defesa;
2                                  a preparação da nova civilização científica e pacífica com a atividade industrial-comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou barões feudais.
O governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico concentrado reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento do cristianismo os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta semana da Política Moderna estão lembrados a partir da rainha Maria de Molina de Castela os estadistas italianos, espanhóis e franceses dos anos 1300, 1400 e 1500. Estabeleceram o governo central monárquico concentrado reunindo no rei os antigos dispersos poderes regionais dos barões do feudalismo. É a necessária unidade de comando no governo de um país. Com o enfraquecimento do cristianismo os reis tiraram do papa e dos padres muitas das funções religiosas. O rei Luis XI da França é o chefe da semana no domingo que a encerra.

Ver em 1105 1   em 05 de novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social política do mês.

HENRIQUE IV era filho de Antoine de Bourbon, duque de Vendôme e sua mãe era Jeanne d’Albret, rainha de Navarra a partir de 1555. Henrique, aos 19 anos tornou-se o rei de Navarra pela morte de sua mãe.
Ele estava em Paris durante o massacre de protestantes no dia de São Bartolomeu em 1572. Para não morrer, sendo ele huguenote, protestante, ele abjurou sua religião e se fez católico.
Em 1576 Henrique conseguiu fugir para o sul da França, onde ele tinha grandes domínios, e voltou a ser protestante. A nobreza huguenote formava lá uma cavalaria valente, e Henrique bom soldado, à sua frente, fez brilhantes combates.
Em 1589 o rei Henrique III da França foi assassinado. Com sua morte a dinastia de Valois foi extinta, por não ter sucessores. O herdeiro legítimo do trono passou a ser Henrique de Navarra, que, por seu pai, Antoine de Bourbon era o décimo segundo na linha de descendência do rei Luís IX.
A união dos nobres franceses havia formado uma liga, que se recusou a reconhecer o novo rei, por ser ele um huguenote. Só depois de muitos combates e até de manter o cerco de Paris, é que Henrique assumiu o trono com o nome de Henrique IV.
Convencido de que ele, como um rei huguenote, protestante, não conseguiria realizar a unidade da França, um país católico, Henrique IV em 1594 se converteu novamente à religião católica. Foi quando ficou famosa sua expressão: “Paris vale bem uma missa”. 
Em 1596 os últimos nobres da liga estavam vencidos. Em 1598 o memorável Édito de Nantes assegurava aos protestantes não só a liberdade religiosa, mas lhes permitia em muitas das cidades o culto público e lhes dava direitos iguais aos dos empregados do Estado.
Os nobres que formavam a liga viram nas discórdias religiosas uma ocasião para destruir a unidade da França, que havia sido a grande obra do rei Luís XI, acabando com o feudalismo. Henrique IV, tendo sido combatido pela liga, foi o menos vingativo e o mais humano dos reis. Ele fez a conquista de seus inimigos tanto por sua clemência e sua generosidade quanto pela luta armada, pela espada. Mas os grandes nobres que temiam o retorno de um governo de unidade nacional e que conspiravam com estrangeiros foram vigorosamente reprimidos.
O governo de Henrique IV provocou grande progresso financeiro e econômico para a nação. Pode-se dizer que a indústria francesa começou no reinado de Henrique IV.
Ele se mostrou um grande político por sua visão ampla do conjunto da política da Europa. Seu grande projeto era de uma “República” federal composta pelos países europeus, independentes, uns Estados sendo monarquias e outros repúblicas, tendo um conselho permanente composto de representantes de todos os Estados e tendo um imperador como presidente. Mas a vida de Henrique IV se acabou ao ser assassinado em 1610, em Paris, sem realizar seus planos.
Os franceses apreciaram em geral o grande valor de seu rei. Ele é dos poucos reis que terá sua memória homenageada e também querida pela posteridade.

AMANHÃ: Crimes punidos e nobres turbulentos decapitados para assegurar a paz e a prosperidade: rei Luís XI.

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