sábado, 7 de maio de 2011

0508 CAMILO

08 DE MAIO: Camilo herói romano no calendário histórico.

CAMILO
Marcus Furius Camillus
(nasceu cerca do ano 445 antes da nossa era; morreu cerca do ano 365)
GENERAL E HERÓI ROMANO RECONSTRUTOR E PROTETOR DA CIDADE DE ROMA

Os guerreiros e estadistas da Grécia antiga, de Roma e de Cartago são lembrados no quinto mês do calendário histórico-filosófico. São os representantes principais da civilização militar. Mudaram a forma da vida social do modo oriental, teocrático, para os costumes da vida ocidental, mais liberal, com uma vida mais laica, mais humana, ainda com mitologia, mas menos cruel. Os pequenos países viviam em continuada luta contra os visinhos, no ataque e em sua própria defesa, sempre procurando fazer a conquista. Foi Roma com suas qualidades que conseguiu a conquista de todo o continente europeu, incorporando por longos séculos os pequenos povos num império de paz e de cooperação. O resultado foi pela primeira vez uma paz de longa duração num território de grande extensão. Implantou nos povos do Ocidente uma unidade que permaneceu para sempre; deu-lhes a todos a cultura greco-romana; criou as condições para uma civilização homogênea, a ter mais tarde uma religião universal, comum a todo o continente.
No mês da Civilização Militar representado pela figura de Júlio César a terceira semana mostra os melhores tipos da fase inicial de Roma então na forma de República aristocrática.
A semana tem como chefe Cipião o Africano, nascido de família patrícia, sendo o maior general romano antes de César. Ele incentivou a difusão da cultura grega e continuou a reduzir o poder político do Senado na tendência que, mais tarde, no Império, tornou essa assembléia perturbadora sem poder político, passando a ser apenas consultiva. Cipião é homenageado no último dia da semana.
Ver o Quadro 0423 1 do mês de César da Civilização Militar.


A tendência da atividade militar foi sempre de estabelecer a democracia com o fim dos privilégios. Um regimen para o bem do povo, com a seleção pelo mérito, acabando com o direito de nascença, hereditário, procurando rejeitar o direito divino dos reis e dos nobres. Os plebeus, ou seja, o povo comum, não se contentava de ter apenas o simples direito do voto. Aspiravam ter o direito aos cargos de direção, então só permitidos aos patrícios, a classe dos sacerdotes e militares. Em outras palavras, desejavam o fim dos privilégios dos aristocratas.
No ano 367 antes da nossa era, a lei de Licinius deu ao povo comum, aos cidadãos livres, não escravos, o direito ao cargo de Cônsul. Foi a conseqüência do progresso dos hábitos militares, já que a vitória dependia do valor do mérito.
Camilo, um aristocrata, viveu no período em que se deu a luta pela democratização da política romana. Ficou em evidencia por suas vitórias contra a Etrúria (agora na Itália), que ameaçava os povos de língua latina.
Mas era Camilo um defensor dos direitos dos patrícios. Em razão de sua posição, foi exilado por uma decisão ingrata dos romanos. Um ano depois, em 390, uma tropa de gauleses venceu os romanos na batalha de L´Allia, queimaram a cidade de Roma e cercaram o Capitólio.
Camilo retornou com um forte exército e expulsou os gauleses. Depois Camilo comandou a reconstrução completa da cidade de Roma, sendo considerado como “o segundo fundador de Roma”.
Em seguida, Camilo ficou muito influente na política de Roma. E realizou varias operações militares com sucesso. Continuou por longo tempo contrário ao projeto popular da lei de Licinius democratizando o governo romano.
Quando a sua resistência à democratização lhe pareceu demasiada, Camilo liderou o apoio dos patrícios para a democratização da política de Roma.
O nome de Camilo ficou, assim, ligado a essa medida decisiva na historia de Roma.
Ao rever o registro das dificuldades encontradas por nossos antepassados na longa evolução da sociedade dos humanos, podemos reconhecer como se realiza o lento progresso que nos elevou de animais brutos e violentos até nossos dias em que a violência e a guerra são consideradas um crime contra a humanidade. Assim vivemos nós numa grande família.
Não estamos sozinhos nesta vida. Vivemos numa grande sociedade, um grande organismo que nos gera, nos educa e nos dirige. Nossa felicidade depende de conhecer, amar e servir esse grande poder. Esse sentimento de associação é o altruísmo, base de nossa saúde física e mental.


AMANHÃ: O austero e incorruptível Fabrício.


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