quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

0119 TEOCRATAS DO JAPÃO também caracterizado por grandes construções

JANEIRO 19. Teocratas do Japão e sua importante corporação sacerdotal.

TEOCRATAS DO JAPÃO
Japão, Japan, Nihon, Nippon ou origem do sol, A Terra do Sol Nascente
(a Teocracia se manteve por quase 20 séculos ou 2.000 anos até cerca de 1850

CORPORAÇÃO RELIGIOSA DA TEOCRACIA JAPONESA

Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

JAPÃO é formado por uma cadeia de ilhas. Estima-se que o território tenha sido povoado há mais de 200.000 anos. Não se sabe com certeza de onde veio a população e como ela ali chegou.
Durante a era de gelo do período do Pleistoceno, de um milhão e meio de anos atrás, o nível do mar era mais baixo, permitindo a ligação das ilhas japonesas à península da Coréia e a Sibéria oriental. É possível que ondas de caçadores vindas do continente asiático tenham passado pela região.
Na era da pedra lascada, no Paleolítico, os moradores do Japão fizeram ferramentas e armas de osso, de bambu e madeira. Em seguida, na era da pedra polida, o Neolítico, por volta dos anos 10.000 antes de Cristo, o povo Jomon de pescadores usou o fogo para fazer cerâmica e refinados objetos de osso e de pedra, ainda não conhecendo os metais.
Cerca de 300 anos antes Cristo começou a plantação de arroz nos alagados, com a produção de armas de bronze e de ferro, a sociedade passando do estado nômade para o estado sedentário. Os povos sedentários é que começam a observar os astros e evoluem da adoração dos objetos no Fetichismo para a Astrolatria, pela adoração dos astros. O Politeísmo resulta da Astrolatria, quando se forma o corpo de intérpretes dos deuses, como os oráculos, formando o importante corpo sacerdotal de filósofos intérpretes das divindades. Se os sacerdotes assumem também o poder político passando a dominar os guerreiros, forma-se a Teocracia, a primeira e mais estável das formas religiosas.
No Japão a Teocracia se manteve por quase 20 séculos ou 2.000 anos até cerca de 1850 quando começou a influência da civilização européia. O governo político e religioso era exercido por um só governante, o Imperador, descendente dos deuses e possuindo os poderes da divindade. O título popular do Imperador era chamado de Mikado, que significava o Portão do Palácio Imperial, passando a indicar o próprio Imperador.
A Teocracia no Japão era mais recente do que a Teocracia da China, donde ela veio, em parte. Era menos rígida do que a Teocracia do Tibet, apresentando um tipo bem característico de governo teocrático, em que o poder temporal, político e o poder espiritual estavam unidos nas mãos do Mikado, a única pessoa descendente da divindade e possuindo o poder dos deuses.
A autoridade no Japão era centralizada no Imperador, considerado o descendente celeste de Zin-Mu o fundador, real ou mítico da civilização japonesa no século 7 antes de JC. Três religiões se ligaram combinando facilmente o que tornou difícil reconhecer suas diferenças: o Xintoísmo, o Confucionismo e o Budismo. O Xintoísmo é a mais antiga.
Os sacerdotes do Xintoísmo se organizaram numa corporação sagrada e fechada, de magos, profetas e curandeiros. Desenvolveram suas festividades, dias sagrados, cerimônias, seu culto e peregrinações aos túmulos das personagens veneradas ou tornadas seus deuses. Não havia imagens, mas havia um culto desenvolvido dos heróis e dos antepassados.
Um aspecto típico da Teocracia sacerdotal pode ser visto nas grandes construções feitas na região de Yamato, ao sul do que é hoje a cidade de Kyoto. São grandes e altas pirâmides de terra, chamadas de kofun. Elas cobrem câmaras mortuárias, tendo a parte de cima arredondada, sobre uma base quadrada. Os monumentos são mais altos e de maior área do que as pirâmides do Egito. Essas obras exigiram grande contingente de trabalhadores por muitos anos, com alto padrão técnico e recursos de engenharia, pressupondo uma grande população dirigida por uma casta sacerdotal dirigente de valor.
As obras grandiosas são uma das características da Teocracia em todas as partes do mundo. A primeira grande forma religiosa, feita com o domínio da classe sacerdotal sobre os militares, tendia para a atividade industrial na paz e para uma continuidade por muitos séculos.
A classe dos sacerdotes mostra quanto pode a formação das opiniões, ou seja, quando vale o valor da filosofia na vida humana. Os sacerdotes, em todos os povos, são os encarregados do ensino, da informação e da consagração na família e na nação. São os primeiros filósofos. A mente, com as emoções e a inteligência, governa a vida dos homens. 

AMANHÃ: Manco Capac no Peru, filho do Sol.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

0118 TEOCRATAS DO TIBET os sacerdotes tinham o comando político coercitivo completo

JANEIRO 18. Teocratas do Tibet: A corporação sacerdotal no Tibet

OS TEOCRATAS DO TIBET
Tibet: Bod, Região Autônoma do Tibet, O Teto do Mundo, inclui o Monte Everest, o mais alto
(forma de Budismo modificado, desenvolvido a partir do século 7 no Tibet)

A CORPORAÇÃO DE MONGES NA TEOCRACIA COMPLETA DO TIBET

Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

A TEOCRACIA DO TIBET foi um sistema religioso em parte e em parte político. Era um desenvolvimento do Budismo modificado que dominou o Tibet e a Mongólia.
A base do Budismo tibetano era a rigorosa disciplina intelectual, usando o ritual simbólico do Budismo tântrico, incorporando a disciplina monástica do Budismo antigo e algumas tradições da religião tibetana Bon.
De acordo com a lenda, o povo tibetano teria se originado da união de um macaco com um demônio fêmea. Os anais históricos do T’ang chinês coloca a origem do Tibet entre as tribos nômades Ch’iang desde cerca de 200 anos antes de Cristo, habitando a grande planície do noroeste da China. O país se formou com a mistura de raças, por conquista ou por aliança, com outros povos.
O Budismo não formou, em sua origem na Índia, uma organização do sacerdócio. Mais tarde uma corporação de sacerdotes monges se organizou, como a que subsistiu no Ceilão, em Burma e no Sião. No Tibet a religião indígena inicial era chamada de Bon, uma forma grosseira de fetichismo, com adoração de coisas e animais. O fetichismo primitivo era a religião dos povos nômades, como o Shamanismo, de populações sem escrita, incapazes de formar a abstração necessária para inventar os deuses.
Por volta do ano de 630, o rei Srong Tsan Gampo do Tibet introduziu o Budismo da Índia como uma religião civilizadora. O rei tornou-se o tipo do rei ideal. No seu longo reinado ele construiu reservatórios de água, pontes, canais, favoreceu a agricultura, a indústria, as escolas e o ensino das virtudes.
O Budismo, sob sua forma simples original, não permaneceu então no Tibet e cem anos depois outro rei convidou religiosos da Índia para pregar o Budismo no Tibet. Finalmente uma nova Teocracia se estabeleceu, tendo o Budismo como base. Sua época de crescimento ocorreu do meio do século 11 até a metade do século 14.
Gengis-Kan conquistou o Tibet no começo do século 13 e o Budismo tibetano penetrou no império mongol e com Kublai-Kan (1259-1294) foi oficialmente estabelecido. A religião tomou a forma de uma perfeita Teocracia quando Kublai deu aos monges o poder político do país.
A partir do século 13, o Budismo no Tibet teve seus sumos sacerdotes, sua hierarquia dos monges, seus monastérios, suas ordens religiosas, seu cerimonial, o celibato dos monges, a confissão, o jejum, o culto dos santos e os atos exteriores de devoção. Mas os prelados tinham o comando político temporal completo.
O sistema de mosteiros se desenvolveu no Tibet numa vasta escala. Teve uma magnificiência e tinha um poder jamais visto. O cerimonial minucioso, o ritual estranho, as dotações dos reis e a autoridade sem contestação dos monges no Tibet foram descritas por numerosos viajantes.
A Teocracia em sua forma mais completa foi realizada no Tibet. O Politeísmo conservador em que os guerreiros ficam subordinados ao corpo de sacerdotes pode ser estudado ali. A Filosofia da História pode usar o conhecimento de seus feitos como um laboratório para compreender como se dá evolução da sociedade. É a observação experimental sociológica com o verdadeiro caráter científico.
Pode-se comprovar como todas as religiões eram sistemas de educação por seus resultados. Empregavam, até hoje, as figuras de ficção dos deuses. Os deuses eram MEIOS usados. A definição de religião não pode usar os meios e sim os resultados para caracterizar o que seja a religião. Os resultados de toda e qualquer religião foram a LIGAÇÃO de cada indivíduo com sigo mesmo, na coerência individual, além da RE-ligação aos demais membros da comunidade, no tempo e no espaço.
A sociologia científica exige a pesquisa dos fatos sem ódio e sem desequilíbrio como premissa de justiça histórica.

AMANHÃ: A corporação sacerdotal dos Teocratas do Japão.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

0117 MENG TSEU a afirmação da bondade inata da natureza humana

JANEIRO 17: Meng-Tseu ou Mêncius e o poder da filosofia.

MENG-TSEU ou MENCIUS
Meng-tzu, Mengzi, latinizado Mencius, Tsou Kung, Duque de Tsou (nasceu cerca 370 antes da nossa era em Shandong, China; morreu cerca de 290, na China)

FILÓSOFO MAIOR CHINÊS NO DESENVOLVIMENTO DO CONFUCIONISMO

Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
as bases da civilização do futuro.


MENCIUS é a forma latinizada de Meng-Tzu. Ele nasceu na província de Shandong, na China. Do mesmo modo como aconteceu com Confúcio, muito deveu Mencius aos ensinamentos de sua admirável mãe.
Algumas das máximas da mãe de Meng-Tseu chegaram até nós. Ao ver seu filho hesitar ao fazer com que ela mudasse de residência por causa de sua idade avançada, ela lhe deu o seguinte conselho:
   “Não cabe a uma mulher tomar nenhuma resolução por si só; ela deve seguir três regras de conduta: quando ela é jovem, deve obedecer a seus pais; quando ela é casada, obedecer a seu marido; quando ela é viúva, deve obedecer a seu filho. Você, meu filho, está na idade madura e eu sou velha; você deve agir de acordo com seu dever. Quanto a mim, eu devo seguir a regra que convém ao meu sexo.”
Mencius estudou filosofia com Confúcio e depois passou vários anos em viagens fazendo a exposição da doutrina do mestre. Convenceu muitos governantes na China a observarem os deveres para com os seus cidadãos. Mencius acreditava que o poder para governar vinha de Deus e deveria ser feito no interesse do povo simples. Ele se opunha à guerra, a não ser para fazer a defesa.
Conhecemos pouco sobre a vida de Mencius. Sabemos que no século seguinte à morte de Confúcio, seus discípulos se multiplicaram tanto que se tornaram um poder religioso na China. Eles exerciam as diversas funções dos sacerdotes, fazendo o aconselhamento, ora reprimindo, ora incentivando as tradições antigas.
Mencius foi o primeiro teórico dentro desse corpo espiritual do Confucionismo. Ele era representado na corte da dinastia Chou, que mantinha uma autoridade nominal sobre os vários Estados feudais da China. Mencius se tornou um conselheiro independente, expondo com notável coragem a teoria chinesa do governo. O povo, dizia ele, é o elemento mais importante do Estado, depois vêm os espíritos da terra e do grão; os governantes pesam menos na balança.
Mencius realizou o desenvolvimento do Confucionismo ortodoxo. Entre os deveres dos governantes está a obrigação de proteger as pessoas comuns do povo, aqueles trabalhadores sem recursos. O pensamento de Confúcio foi colocado na obra que tomou o nome de LIVRO DE MENCIUS, considerado como o texto básico da doutrina do mestre. Nele está registrada a obra de Mencius e ali ele afirma a bondade inata da natureza humana, uma tese defendida com energia pelos confucionistas até os nossos dias.
Mencius passou a última parte de sua vida em retiro com os seus discípulos. No seu ensino ele afirmava sua crença de que o povo é bom por sua própria natureza. Mas essa bondade se torna visível quando o povo sente a paz no coração, o que, por sua vez, depende de seus recursos materiais. Mas se o governante provoca a pobreza do povo e assim faz surgir o egoísmo e a violência, ele deve ser deposto.
Desde o século 11 Mencius é reconhecido como um dos maiores filósofos da China e o ensinamento de Confúcio é o mais importante elemento do pensamento chinês.

AMANHÃ: A corporação sacerdotal dos teocratas do Tibet.

0116 LAO TSEU

JANEIRO 16: Lao-tseu e o Taoísmo no calendário histórico

LAO-TSEU
Laozi, Lao-tzu, Pinyin Laozi (Mestre Lao), Lao Tun, Lao Tan
(nasceu cerca 550 antes da nossa era; morreu cerca ao ano 450)

GRANDE FILÓSOFO CHINÊS FUNDADOR DO TAOÍSMO

Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

LAO-TSEU nasceu numa pequena vila da China no departamento de Kuy-te-fou, na provícia de Honan, no distrito que era parte do reino de Chou. A localização do sítio de seu nascimento é ainda hoje fácil de reconhecer, porque ali foi construído um templo em sua homenagem.
Mas sobre a vida de Lao-Tseu se conhecem poucos pormenores. Ele foi durante vários anos o responsável pelos arquivos ou o bibliotecário da corte do rei. Mais tarde ele deixou seu emprego e viveu em completo retiro.
Conta-se que ele recebeu a visita de Confúcio, muito mais jovem do que Lao-Tseu, mas que lhe reprovou por se intrometer nas agitações do mundo.
Não se conhece nem o lugar nem a época certa de sua morte. Ele deixou o resultado de suas meditações num tratado de nome Livro da boa vida ou Livro do bom caminho, que sempre foi considerado na China como um grande clássico.
Muitas vezes se pergunta se é Lao-Tseu o fundador do Taoísmo, uma das três religiões da China. O Taoísmo toma o nome de seu livro e está ligado a uma série de lendas e de cerimônias nas quais Lao-Tseu nunca tomou parte.
Seu livro foi traduzido para várias línguas e contém grande número de pensamentos escritos de uma forma rica e vigorosa sobre o esquecimento de si mesmo e a abnegação como as verdadeiras maneiras de viver. São recomendações como:
   Livres de todo desejo, nós atingiremos facilmente o objetivo.
   Não tendo nada, nós possuímos todas as coisas.
   O céu e a terra não são nada por si mesmos, mas assim permanecem sempre.
   O homem sábio procura o lugar mais humilde, não tem nenhum interesse pessoal a satisfazer;é por isso que ele triunfa.
   A água procura o nível mais baixo e vai arrastando tudo à frente dela.
   O sábio trata todos os homens da mesma maneira; ele trata o mau como o bom: sua vingança está em sua bondade.
Lao-Tseu é venerado como um filósofo pelos seguidores de Confúcio e como um santo ou um deus por alguns dos povos comuns e foi adorado como um ancestral do imperador durante a dinastia T’ang, de 618 a 907.
De acordo com a tradição, ele é o autor do Daodejing ou Tao-te Ching, O Caminho e Sua Virtude. Esse pequeno livro é a obra mais traduzida da literatura chinesa, tendo uma enorme influência no pensamento e na cultura chinesa.
O Tao-te Ching ensina que o caminho da felicidade é realizado ao reconhecer e aceitar a humildade; que a sabedoria é entender que a fraqueza de fato é igual à força; que a felicidade depende do desastre e que a passividade é a maior de todas as ações.

AMANHÃ: Meng-Tseu ou Mêncius e o poder da filosofia.

0115 FU-HI

0115 FU-HI

JANEIRO 15: Fu-Hi primeiro legislador da China.

FU-HI
Fu-Hsi, T’ai Hao (o Grande Brilho) Pao Hsi, Mi Hsi

GRANDE IMPERADOR MÍTICO CHINÊS SEU PRIMEIRO LEGISLADOR
Viveu cerca de 2300 anos antes da nossa era

Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

FU-HI é a forma ocidental do nome Fu-Xi, na lenda o autor do sistema político e social da China e seu primeiro legislador. Ele pertence a uma época impossível de se determinar, anterior aos tempos históricos, quando ainda não se registravam os acontecimentos por escrito ou em monumentos e outros indícios. Supõe-se que essa época foi dentro do 24º século aC, ou seja, cerca de 2300 anos antes de Cristo.
Assim como a origem das instituições inglesas é atribuída pela lenda ao rei Alfredo, as dos romanos atribuídas a Numa, as de Esparta devidas a Licurgo e as dos judeus devidas a Moisés, os historiadores chineses atribuem suas instituições a Fu-Hi.
A tradição diz que ele pertencia à província central de Honan e que ele teria reinado durante 115 anos. Seu túmulo é ainda conservado em Chin-Chooo.
È atribuída a Fu-Hi a instituição do casamento, a divisão da nação em classes e tribos, a divisão do tempo e das estações do ano, a formação do calendário, o uso do ferro, do sal, das construções regulares e a prática da pesca e da caça. O segundo rei, Chen-Noung, pelo que diz a tradição, passa como inventor do arado e de ter dado regras para a agricultura. O que pode representar a passagem da civilização chinesa da vida nômade para a vida sedentária.
Fu-Hi viveu numa era em que a escrita não havia sido inventada. A lenda afirma que ele desenvolveu os hexagramas do I Ching. O esquema teria sido descoberto no casco de uma tartaruga. Seria um meio gráfico para entender e até controlar o futuro.
Descobertas arqueológicas recentes no último século mostram vestígios da vida pré-histórica na Ásia. No território da China, no longo período da pedra lascada, o Paleolítico, viveram caçadores nômades. Os homens modernos, o Homo Sapiens, pode ter chegado ali cerca de 200.000 anos atrás. O desenvolvimento da agricultura começou há 10.000 anos, com a chegada da vida sedentária 5.000 anos depois, em diversas regiões da China, com a formação de vilas do período neolítico, da pedra polida. As primeiras plantações eram de milho e na China central produzia arroz em terrenos alagados, consumidos com peixe e plantas aquáticas. Os homens já tinham domesticado porcos, cães e gado.
Na tradição da China a história é mostrada por uma série de governantes lendários, em muitas dinastias sucessivas. Em cada dinastia as invenções são feitas, como a agricultura, a família, a cultura da seda, barcos, carroças, arco-e-flexa , calendário.
A dinastia Xia deve ter sido estabelecida em torno de 2200 aC a 1500 aC por 5 séculos até ser seguida da dinastia Shang. A passagem da era da pedra polida, do Neolítico para a era do bronze no norte da China pode corresponder à dinastia Xia.
A era do bronze marca a instituição da escrita, do trabalho com metais, a domesticação de cavalos, a formação do sistema de classes sociais, com o estabelecimento da hierarquia política e religiosa. O bronze foi descoberto em várias partes do mundo, quando rochas ricas em minério de cobre e em minério de estanho eram colocadas juntas nas fogueiras primitivas e derretidas, formando a liga.
Ao nascer a dinastia Shang, os registros históricos e os dados arqueológicos começam a coincidir. As tradições da China sobre os imperadores Shang são confirmadas pelas inscrições feitas em ossos de animais e em cascos de tartarugas encontrados recentemente no vale do rio Amarelo.
Com o aprimoramento da pesquisa arqueológica, podemos conhecer a evolução longa e trabalhosa da sociedade, feita através de milênios. É um maravilhoso romance da vida real. O romance da família dos humanos. O romance da nossa família.

AMANHÃ: : Lau-tseu e o Taoísmo.

0114 BUDA

JANEIRO 14: Buda o iluminado.

BUDA
Buddha, Siddhartha Gautama
(nasceu cerca 560 aC, em Sakia, Índia; morreu cerca 480 aC em Kusinara, Índia)

FUNDADOR DA RELIGIÃO DO BUDISMO E DO SISTEMA CULTURAL DA ÁSIA

Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

BUDA era filho do chefe da casta Sakya de guerreiros, com o nome de Siddhartha Gautama, mais tarde conhecido também como Sakyamuni, o sábio dos Sakyas. Ele se tornou o filósofo fundador da populosa religião do Budismo e de seu sistema filosófico que dominou grande parte do sul e do oriente da Ásia. O título de Buda significa O Iluminado.
Em sua origem, a doutrina de Buda foi o desenvolvimento de uma reforma do Hinduísmo, então a Teocracia dominante na Índia. Pode ser chamada de Protestantismo do Hinduísmo. Os Brahmas estiveram entre os primeiros discípulos de Buda.
No Budismo não se conhece um deus criador nem admite a existência do espírito como entidade isolada. Seu objetivo maior é a liberação do homem da existência fenomenal, aparente, que lhe traz sofrimento. Para esse fim deve ele chagar ao “nirvana”, um estado de iluminação, onde o fogo do ódio, de ambição e de ignorância deve ser apagado. Não deve o nirvana ser confundido com o aniquilamento total da pessoa. O nirvana é o estado de consciência para além da definição.
Nunca negando a existência dos deuses, o Budismo não pode ser classificado como um ateísmo. Mas é quase um ateísmo, ao não dar qualquer poder aos deuses, o que é o mesmo que tirar todos os poderes dos deuses. Portanto, o Budismo deixa de ter deuses para explicar o mundo, criando uma explicação por meio de entidades não humanas. É, portanto, uma Ontologia ou Metafísica, que se define como filosofia governada por poderes divinos abstratos sem feições humanas, sem barba nem bigode. A desumanização do poder divino resulta no fim de seu importante poder civilizador de fiscalização, de recompensa e de punição. Em outras palavras essa forma de metafísica resulta na destruição do fecundo poder dos deuses antigos
A explicação do mundo por meio de entidades metafísicas é a transição da explicação teológica para evoluir até a explicação científica dos acontecimentos na nossa modernidade. O Budismo, assim, é uma reforma do Hinduísmo, um protestantismo da Ásia.
Os deuses no Budismo têm no céu vidas longas e felizes, mas, como as outras criaturas, estão sujeitas a morrer e depois renascer em estados mais baixos da existência. Os deuses não são os criadores do universo e não fazem o controle do destino de cada homem. O Budismo nega o valor da prece e dos sacrifícios aos deuses. Entre os modos possíveis de renascimento, a existência como homem é preferível, porque os deuses estão tão empenhados em seus prazeres, que perdem a obrigação de se salvarem. A iluminação para chegar ao nirvana só é permitida aos humanos.
Essa religião, modificada e combinada com outros sistemas, obteve uma das maiores adesões entre os homens na Ásia. Centenas de milhões de orientais ali encontraram por 2500 anos não somente as luzes intelectuais, mas também um apoio espiritual e um guia para uma alta moralidade. O Budismo se mostrou uma das mais elevadas doutrinas criadas pelo homem.
Buda não só estabeleceu uma nova grande religião como também influenciou toda a cultura asiática mostrando sua revolta contra o hedonismo Hindu, seu exagerado espiritualismo e seu rigoroso sistema de castas.
Pessoalmente, Buda é descrito como um homem bonito, amável, encantador, de perfeita estatura, de nobre presença. Era tido como um professor superior, de grande força e de notável habilidade. Com grande sentimento de simpatia e com grande sabedoria, Buda sabia o que ensinar e como ensinar cada indivíduo para seu aprimoramento, de acordo com o nível de sua capacidade.

AMANHÃ: Fu-Hi primeiro legislador da China pré-histórica.

domingo, 15 de janeiro de 2012

0113 OSSIAN

JANEIR0 13: Manteve a coragem e a perseverança mesmo na derrota: OSSIAN

OSSIAN
Oisín na antiga língua céltica gaélica das ilhas britânicas
(Viveu cerca do século III, dos anos 200 da nossa era)

FAMOSO GUERREIRO E POETA IRLANDÊS DESCENDENTE DOS ANTIGOS DRÚIDAS

Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando a base da
civilização do futuro.


Os bardos ou poetas relembram as glórias dos tempos passados, inspirando o sentimento de patriotismo do povo. É uma forma de transmissão do conhecimento, aperfeiçoando as emoções para estimular o sentimento de associação do grupo, que são as emoções do altruísmo, o sentimento social, gregário.
Assim foi na difusão do poder romano, que no norte da Inglaterra, na Irlanda e na Escócia, ocorreu a vitória sobre os Drúidas, com sangrentas lutas. Ossian, um príncipe famoso por seu valor na guerra, sobrevivendo a seus companheiros mortos na luta, depois de velho e cego, cantou a glória de sua família, de sua tropa. Na luta tinha perdido seu filho, em quem depositava toda sua esperança.
Ossian produziu sua obra no idioma gaélico. O gaélico ou goidélico é o grupo de línguas dos celtas que inclui o irlandês, o gaélico e o manquês. Outras línguas gaélicas já estão extintas.  Os celtas foram uma das tribos indo-germânicas que a partir do centro da Europa se dirigiu para o oeste e sudoeste do continente e pela Ásia.
Os celtas estabeleceram-se no que hoje é a França e a Alemanha cerca dos anos 1100 antes da nossa era, estando na Idade do Bronze. Entre os anos 700 e 400 antes de nossa era chegaram às ilhas da Inglaterra, já na Era do Ferro.
O nome das tribos celtas vem do nome Keltoi dado por Heródoto e outros escritores gregos. Os romanos os chamavam de Gauleses na Europa e de Britanni na Inglaterra. Cerca dos anos 400 da nossa era São Patrick e seus missionários estabeleceram o cristianismo na Irlanda, que foi o centro do cristianismo céltico. As tradições celtas muito mais tarde se reduziram por volta dos anos 1100 em todo o continente europeu com o predomínio geral da Igreja Católica Romana.
Ossian é o poeta mais conhecido da Ciclo Fenian, das lendas e narrativas de de Finn MacCumhaill e suas tropas de guerra. Os temas são todos de origem irlandesa. Muito numerosos, os contos de campanhas, derrotas e vitórias, de matança de monstros, de visitantes mágicos, são de uma época remota dos anos 200 da nossa era. Na obras de Ossian se percebe um tom de paganismo anticlerical de reação contra o cristianismo, lamentando as derrotas e rememorando a glória do passado com um amargo desdém pelo cristianismo de então. São Patrick  é descrito frequentemente como um clérigo intolerante. Desse modo ficou rememorada a difusão da cultura romana cristã na Inglaterra.
A grande sociedade humana se tornou forte e manteve sua continuidade no tempo e no espaço graças ao recebimento de contribuições de todas as nações da terra. Todas colaboraram com sua parte para a herança que cabe a todo o povo humano. Os poetas, como um dos formadores de opinião, merecem nossa veneração ao dar suporte à coragem e à perseverança dos combatentes e dos oprimidos.


AMANHÃ: Buda o iluminado.

0112 ZOROASTRO

JANEIRO 12.  Zoroastro: A religião do antigo Iran.

ZOROASTRO
Zoroaster, Zarathushtra, Zarathustra
(nasceu cerca 620 aC, em Rhages, Iran; morreu cerca 550 aC)

REFORMADOR RELIGIOSO DO ANTIGO IRAN FUNDADOR DO PARSIISM

Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

ZOROASTRO é o nome do famoso reformador religioso do antigo Iran. No idioma ariano o nome é Zarathustra, significando estrela de ouro. Pouco se conhece da vida de Zoroastro e os elementos conhecidos estão em mistura com a lenda e com adições posteriores. De acordo com a tradição, ele viveu 250 anos antes de Alexandre o Grande. Com essa informação Zoroastro teria nascido em volta de 620 antes de Cristo.
Ele nasceu numa modesta família de cavaleiros, a Spitama, em Rhages, hoje um bairro de Teerã. A região, que então era rural, tinha a economia baseada na criação de animais e na atividade pastoril. As tribos nômades, que atacavam os assentamentos, eram consideradas como violadoras agressivas da ordem, que Zoroastro chamava como seguidores do Lie.
Os relatos mágicos postos nas lutas e conflitos de Zoroastro são cantados nos hinos antigos dos Gathas. Completados com as descrições de sua vida feitas pelo próprio Zoroastro, são feitos para combinar com as descrições de vida dos líderes religiosos do Oriente Médio como Moisés e Jesus. Os pesquisadores modernos verificaram que a maior parte do que se sabe da vida de Zoroastro é baseada em descrições religiosas tradicionais produzidas pelos magos no fim da antiguidade e na Idade Média.
A religião primitiva dos arianos do Iran saiu da mesma fonte que a religião dos arianos do rio Indus. Ambas sofreram grandes modificações. Na Índia, no vale do rio Ganges, se formou o tipo completo de Teocracia, com Manu e o sistema rígido de castas. No Iran, país de montanhas, de desertos, de vales férteis, com chocantes contrastes e de rudes combates entre um ambiente estéril, nasceu a idéia de dois príncipes opostos na natureza, o Bem e o Mal, o Puro e o Impuro, de Oromaze e de Arimane, um é o deus da vida, o outro o deus da morte.
As boas ações se fazem pela influência de Oromaze, Arimane impele para as más ações. Assim tanto o espírito de cada homem quanto o terreno de cada campo estão em luta sem fim. Aqueles que tocarem as coisas impuras dão a Arimane o poder sobre eles.
Na Avesta, o livro sagrado de Zoroastro, em vinte e um livros, se acha um sistema minucioso de purificação e de longas nomenclaturas do que sejam coisas puras e coisas impuras. Dos livros da Avesta, somente um deles e alguns fragmentos foram conservados. As divindades antigas estão representadas como filhos de Oromaze, o deus da vida, acompanhados de grandes legiões de espíritos bons e espíritos maus. Zoroastro mostrou a idéia de Asha ou ordem, ligada ao deus criador Ahura Mazda, o Sábio Senhor. O fetichismo, como adoração das coisas, sobrevive na veneração que o fogo inspira. O fogo é considerado o que seja o completamente puro.
A reforma da doutrina com o livro sagrado é atribuída a Zoroastro sem data certa. Ele viveu em Bactriane e foi a partir dali que suas doutrinas se espalharam sobre as áreas da Meda e da Pérsia. O regime de castas não foi plenamente estabelecido no Iran, embora existisse um sacerdócio hereditário, os magos dos Medas.
Platão, Aristóteles e Pitágoras conheceram o zoroastrismo, e o contato com os judeus e com os cristãos desenvolveu as crenças nos demônios e anjos, na vida depois da morte, do céu e do inferno, bem como a ressurreição dos mortos no fim dos tempos.
A religião de Zoroastro teve, por meio da heresia dos maniqueístas,
uma grande influência sobre o cristianismo. Essa heresia, criada por Maniqueu, se espalhou pelo Império Romano e pela Europa cristã do ocidente. Ela foi combatida por Santo Agostinho.
O maniqueísmo combinava o zoroatrismo com o cristianismo e outras seitas. Mostrava a visão dualista de forças do bem contra forças do mal. Hoje se diz maniqueísta a idéia simplista do bem contra o mal, posta na dialética de Hegel com a “tese” oposta à “antítese”, a dialética adotada por Karl Marx.
A dialética simplista não é um método científico, nem mesmo nas ciências sociais, mais complexas, porque os fenômenos se relacionam com diversas variáveis e no caso geral não apenas com a alternativa sim ou não de uma só variável.
A doutrina de Zoroastro durou até a conquista pelos maometanos, sendo ainda professada na Índia pelos Parsis.

AMANHÃ: Os Drúidas se colocam entre aqueles que com sinceridade e esforço sustentaram a religião, a justiça e a ordem da sociedade. Os Drúidas foram os primeiros a preparar os Celtas para a sua grandeza futura.

0111 CIRO

JANEIRO 11: Ciro o imperador persa sábio e justo, pai de seu povo.
CIRO
Ciro II, Ciro o Grande, Cyrus II, Cyrus the Great
(nasceu cerca 590 antes da nossa era em Persis, hoje Iran; morreu cerca 529, na Ásia)

GRANDE IMPERADOR DA PÉRSIA CONQUISTADOR TOLERANTE

Maiores figuras humanas na antiguidade,
preparando a base da civilização do futuro.

CIRO O GRANDE tornou-se o rei da Pérsia e governou um território que ia do rio Halys na Ásia Menor até o Império da Babilônia ao leste. Ele era filho de Cambises I, membro da dinastia Achaemenes. Como governador do distrito persa de Anshan, sob o poder do rei Astiages, chefiou uma rebelião e derrubou o Império Meda. Ciro tornou-se o rei da Pérsia em 550 aC até cerca de 530 antes de Cristo.
Os persas habitavam os vales montanhosos do sudoeste do Iran, sendo uma tribo intrépida e guerreira. Entre eles os sacerdotes tinham menos poder do que entre os Medas. De fato, a Teocracia persa era mais própria do outras para chegar até a dominação final dos guerreiros sobre os sacerdotes, como ocorreu mais tarde com os gregos, pela primeira vez no mundo.
Embora com mais poder sobre os sacerdotes, os politeístas teocratas não se tornaram realmente militares. As nações do ocidente que saíram do jugo teocrático foram sempre mais fortes na guerra como mostram as vitórias dos gregos sobre os grandes exércitos de Dario e de Xerxes.
A força dos persas começou com Achaemenes, Hakhamanish em persa. Ele forçou as outras seis tribos a reconhecer seu governo e como aliado dos Medas provocou o fim do Império da Assíria. Ciro o Grande era neto de Achaemenes e formou um império diferente daquele dos assírios, por ser bem organizado e durável.
No império persa a ordem era mantida por guarnições locais próprias, mas os costumes religiosos e cívicos da nação conquistada eram respeitados. As províncias vencidas fixavam livremente a sua subvenção aos vencedores. Os príncipes vencidos eram tratados com grande clemência, mas obrigados a deixar seus territórios e se retiram a lugares distantes do império da Pérsia.
Ciro, ao reunir assim todas as nações, desde o Mar Mediterrâneo até o rio Hindus sob uma mesma lei, preparou, sem o saber, o conflito entre o leste e o ocidente que viria depois, as conquistas de Alexandre e de Roma, e mais tarde o cristianismo.
O Império Persa foi a mais poderosa nação do mundo até que fosse conquistado dois séculos mais tarde por Alexandre o Grande.
Foi Ciro que garantiu a permissão dada aos judeus para voltar de seu exílio na Babilônia para Israel, a sua nação nativa em Jerusalém e para reconstruir o Templo de Salomão.
Pelos comentadores dos gregos, Ciro o Grande foi o tipo do monarca sábio e pai de seu povo. Platão compara Ciro o Grande a Licurgo na formação de Esparta e Cícero o considerou o mais justo, o mais sábio e o mais amável dos legisladores.
Ciro o Grande morreu no comando de uma expedição contra uma tribo do leste, os Massagetes. Foi sucedido por seu filho, que tomou o nome de Cambises II.

AMANHÃ: A religião de Zoroastro.

0110 MANU

JANEIRO 10: Manu e os grandes Brahmas da Índia.
MANU
(figura lendária da Índia como sendo o primeiro homem)

MANU SMRITI NA LENDA O AUTOR HINDU DO CÓDIGO DE LEIS

Maiores figuras humanas na antiguidade,
preparando as bases da
civilização do futuro.

MANU na mitologia da Índia seria o primeiro homem que existiu. O grande poema épico Mahabharata relata as guerras entre os príncipes depois da conquista do rio Ganges, quando o espírito militar era ainda preponderante. De acordo com o poema, Manu seria o autor do “Manu Smriti” ou Leis de Manu. Esse era o código de leis Hindu que contaria com 100 mil versos em seu original na mais remota antiguidade. Hoje ele consiste em 2685 versos, dividido em 12 livros.
Nos livros da lei encontra-se o regulamento de uma sociedade essencialmente pacífica, conservadora e teocrática, sob o governo dos sacerdotes. Contém as regras para a realização das cerimônias e dos rituais, com lições de moral e de sociabilidade. O objetivo principal do livro é dar normas para a instituição do sistema de castas na Índia e de colocar os brahmas, que eram os sacerdotes, na posição mais alta do poder material e espiritual.
O primeiro e o principal desses livros é atribuído a Manu, como o mais antigo da sua raça. Manu é o radical de palavras na linhagem das línguas Indo-Européias significando “homem”, em germânico e em inglês “man”. Manu seria o primeiro dos reis e aquele que fez o primeiro sacrifício aos deuses.
Os arianos, vindos das montanhas,  depois de terem conquistado o vale do rio Indus eram ainda um povo nômade e guerreiro. Mas quando se expandiram no rico vale do rio Ganges, o período de conquista terminou, tornando possível o nascimento da Teocracia Hindu. Essa Teocracia atingiu na região a sua mais completa formação, com todas as suas funções. Repousava o regime sobre a supremacia dos sacerdotes com rigoroso sistema de castas que impedia a mistura pelo casamento e pela adoção.
O povo era dividido em quatro grandes castas que mais tarde se subdividiram. Eram as castas, a partir das mais importantes: os Brahmas ou sacerdotes que governavam; os Chattryas ou guerreiros, de que o rei sempre fazia parte; os Waishias, agricultores, mercadores, artesãos; e os Soudras ou trabalhadores. Ninguém podia passar para uma classe superior àquela a que pertencesse por seu nascimento. O casamento entre castas diferentes estava formalmente proibido. Aqueles que transgredissem a lei eram excluídos de sua própria casta e seus filhos tornavam-se membros das castas consideradas impuras, às quais eram dadas as tarefas mais rejeitadas ou temidas.
As funções dos brahmas eram o ensino, os sacrifícios aos deuses, a consagração das festas de família e o recital dos poemas sagrados para os habitantes de suas cidades. Os brahmas também ocupavam um grande número de cargos na administração pública. Cada hindu tinha deveres e usos de sua casta, que eram maiores quanto mais elevada fosse a sua casta. Além disso, teria que cumprir os deveres em relação ao culto de seus antepassados e em relação à sua família. Ele poderia mesmo perder o direito à sua casta se procedesse de maneira incorreta.
Os sacerdotes, estabelecidos no vale do rio Ganges para consagrar o regime de castas e sua própria presença, fizeram de Brahma o deus principal. Pelo sua mitologia o mundo teria origem desse deus e os sacerdotes seriam os primeiros dos homens, as mais antigas emanações sendo as mais puras.
Mas nós devemos lembrar e homenagear sob o nome de Manu os grandes brahmas que compuseram o Livro da Lei e organizaram a antiga civilização da Índia. Os brahmas, sábios sacerdotes, ficaram anônimos, já que seus nomes ficaram guardados na sua casta sagrada e secreta.
É pelo estudo filosófico da História que podemos entender como ocorreu a lenta mas continuada evolução intelectual da nossa sociedade. Sabemos que todos os atributos da coletividade se desenvolvem em conjunto. Em outras palavras, a evolução ou aperfeiçoamento ocorre tanto no conhecimento, como nos sentimentos, como na atividade útil, com a indústria e artística, com as belas-artes.

AMANHÃ: Ciro o imperador sábio e justo, pai de seu povo.

0109 SESOSTRIS

JANEIRO 09.   Sesostris do Egito: O poder absoluto longo e próspero.

SESOSTRIS
Sesostris I rei do Egito
(viveu nos anos 1900 antes de nossa era- reinou de 1918 a 1875 aC)

REI EGÍPCIO DESENVOLVEU A TEOCRACIA DO PAÍS NUM LONGO E PRÓSPERO REINADO

Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

SESOSTRIS I sucedeu seu pai depois de ter sido co-reinante durante 10 anos, levando o Egito ao topo de sua prosperidade. O jovem governante assumiu em 1908 aC como auxiliar do rei Amenemhet I, levando o poder do país até a Núbia ao sul e avançando seu controle até a segunda catarata do rio Nilo. Construiu fortificações em muitos pontos estratégicos.
O Egito foi a Teocracia que teve a maior influência sobre a civilização da Europa ocidental. Na variação egípcia da religião do Politeísmo sacerdotal conservador os sacerdotes dominam os guerreiros, tendendo a um regime de produção pacífico com formação e acumulação de grande capital. A guerra, embora sendo a atividade predominante, é usada para afastar os guerreiros do país, em conquistas no exterior.
No governo das Teocracias o poder político coercitivo prático domina o poder da formação de opinião, sendo, assim um totalitarismo primitivo religioso. Os sacerdotes expõem a lei, o rei a executa, a justiça é do domínio dos sacerdotes, tendo o rei como ministro e delegado dos deuses por intermédio da casta sacerdotal hereditária. Portanto, na Teocracia a organização temporal e espiritual tem por base a autorização dos deuses, ou seja, dos sacerdotes, onde a transmissão de todas as funções e riquezas é feita de pai para filho, portanto hereditária.
Devemos à Teocracia a primeira organização da indústria humana e a primeira acumulação do conhecimento e do capital dos homens. O regime é claramente conservador próprio para consagrar uma vida de trabalho produtivo e a incentivar os difíceis começos da indústria.  Somente a Teocracia do Politeísmo é o sistema teológico que dá regras para toda a vida humana, moral, intelectual e física, cobrindo o círculo inteiro da existência dos homens.
O vale do rio Nilo, estreito fertilizado pelas inundações das águas e sendo de fácil defesa contra os inimigos, foi o lugar em que as tribos se tornaram sedentárias e começaram a vida da indústria. No Egito o Politeísmo desenvolve o culto dos antepassados, dos animais, do céu, embora a Astrolatria não permanecesse tanto quanto na Babilônia. O sistema de castas foi menos rígido do que na Índia, o casamento e a adoção de uma casta a outra não sendo completamente proibido. O sentimento de profunda continuidade deu expressão aos monumentos duráveis e levou à crença na imortalidade.
Sesostris era filho de Amenemhet I, fundador da 12ª dinastia egípcia. Depois de 30 aos de reinado de seu pai, Sesostris comandou uma expedição contra a Líbia no deserto do oeste. Na sua volta soube do assassinato de seu pai. Ele assumiu o governo fazendo sua consolidação, conforme o testamento de seu pai, As Instruções de Amenemhet.
Sesostris continuou a conquista da Núbia, onde fez a exploração de ouro, prata, ametista e diorita em várias minas. No próprio Egito Sesostris retirou granito das pedreiras de Aswan e ouro em suas minas, continuando um grande programa de construções. Em Heliópolis, junto ao Cairo, reconstruiu o santuário principal e em Tebas ele construiu o complexo de templos de Karnak onde o culto de Amon começava a florescer.
Sesostris construiu seu templo funerário e sua pirâmide junto à de seu pai em Lisht, ao norte de Fayyum. Após 42 anos de seu reinado, colocou seu filho Amenemhet como co-reinante, passando a ele as tarefas mais fatigantes. Dois anos depois, ele morreu depois de um longo reinado de prosperidade.
O Egito mostra por sua história como evoluiu a sociedade humana, pela cooperação da população sob a direção dos sistemas religiosos e políticos. Note-se que os deuses produzidos com toda a sinceridade pelos homens encheram a vida das populações de realizações e de progresso. Então podemos ver a importância da ABSTRAÇÃO, que permite que os os deuses fossem inventados. Após o culto dos astros, a astrolatria, os homens conseguiram distinguir nos seres concretos as suas propriedades. Os deuses são os seres dotados de poderosas propriedades para explicar a vida, a criação do mundo e do homem. Só sendo fortes e poderosos os deuses tiveram capacidade para governar os humanos, por meio de seus únicos intérpretes, os sacerdotes. Naturalmente os deuses fracos e incapazes de fiscalizar e punir não foram respeitados. Os entes de ficção nos dirigiram por muitos milênios, no início da evolução da sociedade dos homens. Sua coordenação e comando constituíram o grande operador do progresso na longa evolução humana, feita com muito esforço e muito trabalho.
E podemos nos felicitar ao apreciar todo o bem que hoje recebemos. Uma herança acumulada e desenvolvida pela dedicação tanto dos súditos livres como dos escravos de nossos antepassados, nossos amados e respeitados avós, membros de nossa grande família humana. A serem reconhecidos, respeitados e venerados.


AMANHÃ: Manu e os grandes Brahmas da Índia.


sábado, 14 de janeiro de 2012

0108 SEMIRAMIS

JANEIRO 08: SEMIRAMIS  a grande rainha da Assíria

SEMIRAMIS
Semiramide, Simiramida ou Shamiram
(Surgiu no fim do terceiro milênio antes de nossa era no norte da Mesopotâmia, hoje no Curdistão)

RAINHA LENDÁRIA GRANDE MODELO DE ADMINISTRADORA, NA CONQUISTA E NAS GRANDES OBRAS

Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

Semiramis foi uma rainha lendária da Assíria, também conhecida com os nomes de Semiramide, Semiramida ou Shamiram no idioma aramaico. Ela é inteiramente mítica, mas representa um tipo característico de administrador, sendo famosa como conquistadora de povos e realizadora de obras de engenharia. O seu nome original é Shammuramat, que significa pomba, uma personificação de deusa da guerra e da beleza. Diz a lenda que ela era a esposa de Ninus, o fundador divina da teocracia dos assírios. Seria a própria força divina das ações de Ninus, na paz como na guerra. O nome da Assíria decorre do nome da capital do país, Assur.
A religião da adoração dos astros, a Astrolatria evolui para a religião de muitos deuses, o Politeísmo. A Astrolatria sempre se torna militar, desde que as circunstâncias sejam favoráveis. Assim ocorre o início do sistema de conquista que é comum na Teocracia da religião politeísta. É bom lembrar que na primeira forma de religião, no Fetichismo ou Magia, quando os humanos adoravam e temiam as coisas, os objetos, a ligação do adorador com os amuletos ou fetiches era direta, entre o crente e as coisas, as pedras, as florestas, os animais. Era uma relação direta, sem a necessidade que alguém mais preparado interpretasse a vontade dos amuletos. Todas as coisas, os fetiches, eram poderosos, vivos, inteligentes. Ao elevar sua adoração aos ceus, adorando os astros, as estrelas na Astrolatria, os crentes passaram a precisar quem conhecesse melhor os pensamentos dos novos fetiches agora distantes e desconhecidos. Foi assim o nascimento dos formadores de opinião, os magos, os sacerdotes e sacerdotisas. A nova classe evoluiria para uma casta fechada de magos, de sábios dos mistérios mágicos da religião de muitos deuses, o Politeísmo, que iria nascer da Astrolatria. O Politeísmo na mesopotâmia, a região entre os rios Tigre e Eufrates, formou grandes civilizações.
A Assíria se desenvolveu de um povo semita aliado aos babilônios que se instalou na parte superior do Rio Tigre. Com os conflitos demorados contra as tribos das montanhas vizinhas, por séculos de lutas se tornaram fortes guerreiros. A prática da guerra finalmente tornou os assírios mais fortes que a Babilônia, que eles venceram, formando o império assírio que ia do Egito até a Bactria, no norte do Afeganistão, mais tarde a província mais oriental do império persa.
Os assírios deram o primeiro passo para a unidade da Ásia do ocidente, passo depois completado por Ciro, rei da Pérsia, destinado a ter grande influência sobre a civilização da Europa.
Mas não foram capazes os assírios de consolidar o seu império. Algumas vezes eles deslocavam os povos conquistados para longe, como ocorreu com os israelitas. Foi usual que depois de ter mostrado grande crueldade com os vencidos, abandonavam o governo deles aos seus próprios príncipes. O que resultava em contínuas revoltas o domínio dos assírios passava a ser apenas lutas para recuperar os tributos devidos pelos povos dominados. O poder dos assírios se reduziu com muita rapidez, passando a serem vencidos pelos outros povos, em revolta, como os medas e os babilônios.
Os assírios foram capazes de construir grandes cidades com edifícios enormes. As ruinas das cidades de Assur, Niniv e Nimrud são os testemunhos do sempre longo e forte poder da Teocracia em sua religião politeísta, uma fé em muitos deuses.
Distinguiram-se os assírios por sua crueldade e por suas qualidades guerreiras da Teocracia. Mas sua civilização teocrática os tornou magníficos construtores de cidades e edifícios colossais, como o provam as ruínas das cidades de Assur, Nínive e Nimrud.


AMANHÃ: O poder absoluto de Sesostris no Egito.


0107 NUMA

0107 NUMA

JANEIRO 07: Numa e a origem divina das instituições sociais

NUMA
Numa Pompílio, Numa Pompilius
(viveu cerca dos anos 700, morreu cerca de 673 aC)

LENDÁRIO SEGUNDO REI DE ROMA ANTES DA REPÚBLICA ROMANA

Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

NUMA é o mais importante tipo humano da primeira semana do ano. Nessa semana estão os heróis fundadores da Grécia antiga e de Roma. Numa é o mais perfeito exemplo da maneira como as instituições do Estado que governa a nação são devidas à ação do poder divino. Não só as instituições civis como as religiosas são mostradas com sua origem divina. Numa Pompílio figura no período lendário dos reis de Roma, em cerca de 750 a 510 antes de Cristo.
Ele era um dos sabinos e foi considerado muito justo e devotado à religião. Muitas das tradições religiosas de Roma foram depois atribuídas a Numa, como a seleção das virgens para serem sacerdotisas da deusa Vesta, as chamadas vestais. Numa também estabeleceu um calendário para diferenciar entre os dias normais de trabalho e os dias de festivais sagrados dedicados aos deuses em que era proibido trabalhar.
A pessoa de Numa é provavelmente uma criação inteiramente da lenda. Supõe-se que seu nome foi mesmo inventado como resumindo suas funções. O estudo das lendas antigas é importante para dar base às pesquisas da Sociologia científica, com o emprego da Filosofia da História.
Sua origem dos sabinos é suposta como sendo o vestígio da mesma mistura das duas tribos na lenda de Rômulo, de romanos com os sabinos. O nome de Numa está ligado à maior parte das instituições romanas, em especial na organização religiosa e social.
Ele fez a regulamentação da posse da terra, como Licurgo fez em Esparta. É a posse da terra fundamental em quase todas as lendas históricas. A mesma questão está ligada com a instituição do culto do deus Terme que fixou os limites territoriais e do culto da divindade ainda mais importante na sociedade, a deusa da boa fé.
A Numa se atribui também a instituição e a divisão do calendário que permaneceu sem alteração até a reforma feita por Júlio César. No aspecto religioso, todas as funções sagradas decorrem da instituição de Numa. É de Numa a organização dos Pontífices, a classe de sacerdotes romanos, das Vestais virgens, o culto de Marte, de Júpiter e de Rômulo feito deus com o nome de Quirino. Na verdade esses progressos foram de fato o resultado de séculos de adições religiosas.
Estima-se que Numa tenha reinado sobre Roma do ano 715 a 673 antes de Cristo. A lenda diz que ele seria um rei de paz, em oposição ao que teria sido o belicoso Rômulo, o lendário fundador de Roma.
O que mais chama a atenção é que na lenda de Numa todas as leis que foram feitas decorrem da ordem dada por um dos deuses romanos. Sabe-se que Numa tinha constantes encontros com a ninfa Egerie, que provocou o estabelecimento dessas leis e dessas instituições.
Essa lenda é muito mais seca e mais pobre de beleza que as lendas gregas quanto à imaginação e à poesia, mas oferece a teoria primitiva da sociedade e do governo, unida à simplicidade e à retidão do povo romano.

AMANHÃ: Semiramis a grande rainha da Assíria

0106 RÔMULO

0106 RÔMULO

06 DE JANEIRO: Rômulo o lendário deus protetor de Roma

RÔMULO
Romulus
(na lenda romana em cerca dos anos 300 e 200 antes da nossa era)

FUNDADOR LENDÁRIO DA CIDADE DE ROMA E SEU PRIMEIRO REI

Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

RÔMULO pertence à ordem puramente lendária de heróis, daqueles deuses epônimos, que recebem seu nome dos lugares. Esse uso era encontrado entre os gregos. Rômulo é descrito na lenda como filho do deus Marte, deus da guerra, que é o nome do planeta vermelho. No fetichismo ou feiticismo os planetas eram os fetiches ou feitiços. Ao evoluir para a crença em deuses, Marte deixou de ser o fetiche e passou a ser a morada desse deus Marte. As terças-feiras nos países latinos têm o nome de martedias. É uma herança do politeísmo. Em inglês o nome é TUESDAY, do nome germânico de Marte Teiwaz, no inglês antigo Tiw.
Da mesma maneira que o grego Hércules, Rômulo é posto como tendo origem divina. Os deuses do politeísmo receberam o nome dos planetas, como comprovação da origem do politeísmo na Astrolatria, estágio final na evolução do culto no Fetichismo. Os planetas se tornaram os fetiches mais importantes, na sua condição de seres inaccessíveis. O deus da guerra já mostra o espírito de conquista que Roma desenvolveria por muitos séculos depois.
O nome de Rômulo, da mesma forma como o nome de seu irmão gêmeo Remo foi inventado a partir do nome da cidade que ele teria fundado e a qual ele seria o deus protetor.
Rômulo é descrito como um pastor na tribo romana onde nasceu. Essa indicação mostra o estado primitivo dos romanos, antes que se desenvolvesse como nação conquistadora. O espírito guerreiro fez com que a civilização romana não se tornasse teocrática, do mesmo modo como ocorreu com a Grécia. Em Roma o poder político pertenceu aos guerreiros, que dirigiam a nação.
Na lenda da fundação de Roma, consta que Rômulo e seu irmão gêmeo eram filhos de Rhea Silvia, filha de Numitor, rei de Alba Longa, cidade vizinha da futura Roma.
Numitor foi deposto por seu irmão mais novo de nome Amulius, que forçou Rhea tornar-se uma vestal virgem, obrigada à castidade. Fez isso para evitar que, se ela tivesse filhos, eles seriam aspirantes ao trono que havia tomado.
No entanto, Rhea deu nascimento aos gêmeos Rômulo e Remo, filhos do deus da guerra, Marte. Vemos que, na antiguidade, as moças muitas vezes eram engravidadas por deuses, por anjos ou por espíritos, já que os pais humanos não podiam ser declarados.
Amulius ordenou que os meninos fossem afogados no Rio Tibre, mas a cesta em que os gêmeos foram colocados flutuou rio abaixo e encalhou no lugar da futura cidade de Roma, perto do Ficus ruminalis, uma figueira sagrada dos tempos históricos. Essa lenda lembra a salvação de Moisés, do afogamento no rio Nilo.
Os meninos foram salvos e amamentados por uma loba nas encostas do Monte Palatino e depois descobertos pelo pastor Faustulus e criados por sua mulher, Acca Larentia.
Quando os dois gêmeos chegaram à idade adulta, os irmãos depuseram Amulius e colocaram de volta seu avô Numitor no trono. Eles resolveram construir uma cidade e escolheram o Monte Palatino. Nas disputas entre Rômulo e Remo, Remo foi morto e Rômulo tornou-se o único governante da cidade.
A cidade recebeu seu nome. Para aumentar a população, ele ofereceu asilo a fugitivos e aos exilados. Convidou a tribo dos Sabinos para um festival e seqüestrou suas mulheres. O casamento delas com seus raptores evitaram que a cidade fosse invadida pelos Sabinos. Foi feito um tratado entre as duas tribos, Rômulo aceitando dividir o poder com o rei Titus Tatius.
Como Titus morreu logo depois, Rômulo ficou de novo com todo o poder. Ele governou por longo período e numa grande tempestade ele desapareceu misteriosamente. Na lenda, ele teria sido levado para os céus por seu pai, o deus Marte, sendo Rômulo cultuado em Roma  com o nome do deus Quirino.
A história de suas guerras com os Sabinos e o estabelecimento deles em Roma deixam perceber a mistura primitiva das duas tribos. A associação de Rômulo com o rei Tatius dos Sabinos foi um precedente para o consulado duplo na República de Roma.
Rômulo foi adorado em Roma como uma forma do mesmo deus Marte, com o nome de Quirino, deus protetor da cidade de Roma. Como deus da guerra, seu nome tem sua importância como testemunho de que o povo romano já tinha consciência da sua natureza e de seu destino de conquistador para manter a paz entre as belicosas tribos da Europa antiga.

AMANHÃ: Numa e a origem divina das instituições sociais.