domingo, 8 de janeiro de 2012

1231 DIA DOS MORTOS os únicos animais que cultuam os antepassados são os homens

DEZEMBRO 31 FESTA UNIVERSAL de nossos veneráveis antepassados, os MORTOS.

FESTA UNIVERSAL DOS MORTOS
A memória imortal do passado humano.
(começou em tempos remotos; terminará em: sem data para acabar)

A SOCIEDADE HUMANA -- ÚNICA NO RESPEITO E NO CULTO AOS ANTEPASSADOS

Os mortos de todos os tempos e de todos os lugares
que construíram a grande sociedade humana desde
a mais primitiva vida animal até a nova civilização
industrial e científica do presente.

NA FESTA UNIVERSAL DOS MORTOS o calendário filosófico dos grandes homens reúne os maiores nomes na construção do futuro com os tipos representativos de todos os nossos antepassados. É uma grande lista de mortos imortais. São os nossos mortos geniais, os grandes e os modestos, são os nossos queridos antepassados.
Fazendo a lista de nossos pais, avós, bisavós, vemos que a cada geração multiplica-se o número de nossos antigos parentes à medida que imaginamos voltar atrás no tempo.
Cada um tem nos seus pais um casal, em número de dois indivíduos. Os avós são dois casais, os pais do pai e os pais da mãe, em quatro pessoas. Os bisavós somam um casal para cada um dos quatro avós, no total de oito pessoas. Assim, para cada geração anterior, temos o dobro de antepassados na geração seguinte.
Para cada 100 anos, ou seja, para cada século, supondo três gerações em cada século, a série de parentes aumenta em dobro para cada geração. Em 100 anos teremos 2, 4, 8 parentes. Em 200 anos teremos 16, 32, 64 parentes. Ao longo dos milênios teremos parentes contados como uma multidão, para cada um de nós. Portanto, nessa multidão que está incluída na população humana, teremos os mesmos antepassados, com os mesmos parentes de muitos de nossos contemporâneos.
Concluímos, assim, que somos parentes uns dos outros, hoje, na sociedade dos humanos. Os nossos mortos são nossos parentes comuns. Na multidão de nossos mortos se contarão tanto os mortos excepcionais, entre os mais brilhantes, os grandes homens, os grandes heróis da raça humana, como os mais modestos servidores da humanidade.
O dia da Festa dos Antepassados não tem nome de mês nem de semana nem número de data no Calendário Histórico. Portanto, a relação de datas fica com os 365 dias do ano menos um dia, resultando em 364 datas. Isso faz o número divisível por 13, para resultar no calendário de 13 meses cada um de 28 dias. Nos anos bissextos o dia adicional também fica fora dos nomes de semana e de data, não pertencendo a um mês nem a uma semana. O calendário fica, assim, perpétuo, sendo todos os anos sucessivamente iguais. Todos os meses começam numa segunda-feira e terminam num domingo.
A memória universal dos mortos é a recordação de todos os nossos antepassados. O progresso geral que vemos na história mostra a harmonia sempre finalmente resultante que os humanos conseguem em sua longa evolução. A harmonia realizada pelo sentimento gregário, pelo altruísmo, o verdadeiro motor do progresso. Não é a luta, a revolução, que promove o desenvolvimento: é o amor.
O progresso é medido pelo aperfeiçoamento da sociedade humana, pelo aprimoramento da unidade, da união entre os indivíduos, entre as famílias, entre as nações, com a humanidade fraternamente globalizada em todos os lugares. Há conflitos, mas são as exceções dentro do progresso que se verifica na história.
REFERÊNCIA SOCIAL. A partir do fim da Idade Média, do ano 1300 em diante, a vida humana sofreu a maior revolução intelectual, afetiva e prática nunca vista na história.
A revolução mental foi a libertação dos humanos da dependência em crenças nos poderosos deuses do passado. A verdadeira liberdade mental e política então passou a ser exigida por todos os homens. Foi feita então a gradual troca de referência. Pela primeira vez na historia da humanidade todo pensamento, toda afeição, toda atividade passou a ser referida ao bem da sociedade.
Durante os séculos anteriores tudo era feito em nome das divindades, de acordo com a vontade dos deuses, dos espíritos, dos amuletos. A transformação foi feita lentamente, com poucos conflitos. Os governos deixaram o direito germânico e medieval e seus ministros reviveram e passaram a aplicar novamente o Direito Romano, a regulamentação referida ao bem da sociedade no império de Roma. A referência passou a ser o bem da sociedade, do social.
Os tribunais hoje julgam os indivíduos que prejudicam a sociedade como bandidos e julgam como heróis aqueles que beneficiam a coletividade. Essa é a grande revolução moderna, em que a inovação se realiza por meio do pensamento crítico, exigindo que todo conhecimento seja positivo, isto é, verificável, comprovado e útil para a felicidade do ser humano em sociedade.
A referência deixou de ser feita aos deuses e passou a ser referida ao bem da sociedade humana. A sociedade humana passou reconhecer sua hegemonia, o seu domínio sobre todos os humanos e sobre todos os animais. Mas o domínio da Humanidade sobre seus membros e servidores é natural, constante e suave, quase imperceptível, apesar de seu grande poder.
O comando da sociedade na economia resulta naquilo que foi chamado de MÃO INVISÍVEL por Adam Smith. Parece haver uma orientação invisível no mercado de bens e de serviços  para que todos colaborem em liberdade uns com os outros, na busca da remuneração que permita a continuidade do agente.
Note bem: em liberdade.Todos na coletividade são conduzidos pela associação, pelo altruísmo, ao serviço do bem coletivo. Há exceções, desvios por parte de dirigentes e por parte do público, que ao final são corrigidos.
A inovação no pensamento forma uma nova Filosofia que mostra ser nosso destino conhecer, amar e servir em liberdade à sociedade, ao agrupamento daqueles seres que convergem para o bem comum. Esse era também o resultado de todas as religiões quando em sua completa formação, em sua maturidade. A adoração era feita aos deuses, mas o serviço era sempre prestado à sociedade. Se a sociedade não fosse servida, os membros morreriam e o grupo acabaria. Assim é que só conhecemos as religiões que serviram ao grupo associado e que puderam sobreviver e prosperar.
O PODER DA HUMANIDADE. Verifica-se dessa forma o imenso poder que tem a sociedade: quem não colaborar, destruindo a sociedade, morre, não deixando continuadores. É um poder invencível e natural de vida ou morte. Reconhecemos assim o poder real demonstrável indispensável e inevitável da associação que constitui a humanidade. A Humanidade poderosa é assim a nova referência para a ação dos humanos: fornece a verdadeira fonte e o real destino da vida de cada um de nós. Os deuses da antiguidade também foram bons servidores da Humanidade. Verifica-se que a sociedade humana é hegemônica, dominante, não admitindo o poder de outra associação de animais.
Cada um de nós realizou a evolução que a sociedade percorreu em milênios. Começamos andando de quatro ao engatinhar, incapazes de falar, de escrever, de pensar. Assim foi com as diferentes populações humanas. Da animalidade evoluímos até a humanidade, começando ao caminhar em quatro pernas, passamos a andar em duas pernas, aprendemos a falar, a escrever, a pensar, a produzir.
Cada indivíduo recebe da sociedade, na família, na escola, na cidade, na pátria, um trabalhoso treinamento durante 10 a 20 anos. Só depois pode começar a sua colaboração em plena liberdade na manutenção e no progresso de seu grupo, de sua cidade, de seu país, de todo mundo.
Nessa evolução individual podemos ver claramente que cada um nasce da sociedade e vive para trabalhar pela sociedade. Nessa verdadeira verificação está o destino de cada indivíduo.
A aprendizagem humana, continuada, é a educação feita nas diversas instituições da sociedade, consistindo no preparo para a vida em sociedade. As religiões, todas, são respeitáveis formadoras de pessoas para a vida social. Sempre em plena liberdade.
Neste dia de festa em memória de nossos mortos, temos a alegria de relembrar o mérito e os ensinos de nossos antepassados, tanto dos nossos parentes e amigos, dos outros mortos mais próximos, como dos mais antigos servidores da sociedade.
E o único animal que realiza o culto dos mortos é o animal humano, que respeita, venera e admira seus mortos, herdando o valioso tesouro de seu exemplo, de seus sentimentos, sua ciência, sua técnica. Assim se formou o poder da Humanidade.

AMANHÃ: Primeiro dia do ano bissexto, início do primeiro mês, de MOISÉS e dia de Cadmo.      

Nenhum comentário:

Postar um comentário