terça-feira, 10 de janeiro de 2012

0101 01 MÊS DA TEOCRACIA

0101 01 MÊS DA TEOCRACIA

JANEIRO 01: A Teocracia das grandes civilizações no calendário.

MÊS DA TEOCRACIA INICIAL
O primeiro mês é a homenagem às primeiras populações humanas.
(A Teocracia se iniciou desde a animalidade, milhões de anos antes de nossa era; durou até a civilização da Grécia antiga)
SISTEMA DE GOVERNO RELIGIOSO DOS SACERDOTES DA ASTROLATRIA E DO POLITEÍSMO

As mais remotas formas de civilização no passado
do Fetichismo e do Politeísmo, na Pré-história e no início da história.

Provas recentes na Arqueologia indicam que a evolução da civilização humana ocorre num período de seis milhões de anos. Os humanos aprenderam a andar em duas pernas há 4 milhões de anos: antes eram nossos antepassados meros animais quadrúpedes. Da mesma forma como nossos bebês de hoje, andávamos de quatro. Estávamos em eras anteriores à pré-história. O uso do fogo data de 500 mil anos atrás.
A pré-história há três milhões de anos compreende três eras: a idade da pedra, a idade do bronze e a idade do ferro. A idade da pedra começou na África há três milhões de anos atrás. Na Ásia começou há dois milhões e na Europa há um milhão de anos antes de nós. Conhecemos muito pouco da nossa vida na pré-história e nas eras anteriores, por falta de registros em documentos históricos. Porque ainda não havíamos criado a escrita.
A forma de escrituração mais antiga é hoje tida como sendo a dos hieróglifos da Egito antigo, em 3300 anos antes da nossa era. A escrita na Suméria data de 3000 anos. Nessa época já governavam o Egito os sacerdotes da religião do politeísmo teocrático.
A TEOCRACIA como governo dos sacerdotes do politeísmo é o durável sistema religioso mais estável criado pela sociedade humana. As religiões do politeísmo conservador, dirigidas pelos sacerdotes dominantes sobre os guerreiros, mantinham seu poder sobre grandes populações por muitos séculos, construindo grandes impérios. São exemplos mais conhecidos as Teocracias dos judeus, da Índia, da Pérsia, da Babilônia e do Egito.
As imprescindíveis classes sociais foram criadas como castas fechadas na teocracia. a utilização do dinheiro e o acúmulo do capital foram realizações com grande progresso social em todas as áreas do conhecimento, das artes e da atividade humana. O capitalismo foi formado com grande desenvolvimento.
Neste mês são lembrados os líderes das mais antigas populações. A primeira das religiões dos homens foi o Feiticismo ou Fetichismo, de que não restou nenhum documento e seus líderes feiticeiros não têm seus nomes conhecidos. A religião mais primitiva não tinha um sacerdócio estabelecido porque cada indivíduo ligava-se diretamente a seu fetiche pessoal .A escrita não era ainda conhecida. O Fetichismo ou Magia ou Animismo foi o estado preparatório mais decisivo e mais prolongado de todas as fases da religião, sendo a forma de pensar que resulta naturalmente da falta de conhecimento e experiência básica anterior. Nessa situação o que se sabe é que cada uma pessoa age por sua própria vontade. Portanto a hipótese mais simples é que todos os objetos devem, da mesma forma, ter o comportamento como um ser vivo. Então as coisas são vivas como eu. É a magia geral.
Não foi possível colocar o nome desses antepassados nossos no Calendário Histórico em 1849, no ano de sua criação. Restaram apenas alguns indícios de sua civilização. Algumas de suas formas foram conhecidas em populações mais recentes, preservadas do contato com a civilização mais adiantada da Europa. São casos como populações isoladas do interior da África, da Austrália e da América.
Os povos primitivos não tinham desenvolvido a capacidade da abstração. A habilidade mental de reconhecer as aparências ou propriedades dos corpos, os acontecimentos ou fenômenos mostrados, é uma capacidade nobre da inteligência. O mesmo ocorre na infância do indivíduo, que só pode reconhecer as coisas, os seres concretos,  sem perceber que há fenômenos iguais em corpos diferentes e em  situações diferentes, como a cor vermelha, como a força, o calor.
Essa incapacidade de abstrair nas crianças na primeira infância foi pesquisada experimentalmente pelo psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1980) em 1964. Ele mostrou que só no estágio operacional a partir dos 7 aos 12 anos é que a criança começa a ser capaz de formar noções abstratas. Piaget confirmou, assim, empiricamente, a teoria de Augusto Comte (1798-1857), mostrada no 5º volume do Cours de Philosophie Positive, publicado em 1841. É um fenômeno psicológico complexo de grande importância no progresso da ciência em todos os tempos.
A incapacidade da inteligência dos povos e das crianças em fazerem a abstração impede que formem a idéia de uma ENTIDADE invisível, abstrata, que esteja fora dos corpos, muito menos que esses seres não materiais tivessem algum poder sobre os corpos. Os povos primitivos e as crianças são feiticistas ou fetichistas, supondo que todos os corpos sejam vivos, ativos, poderosos. São os fetiches, amuletos, feitiços. Ou seja, os fetichistas ou feiticeiros originais não podiam criar a noção de espíritos ou deuses. As coisas para eles é que têm atividade própria: a pedra cai porque a pedra quer cair. O raio destrói e mata porque o raio como ser concreto assim o quer. Cada coisa é um deus concreto, palpável, que tem poder divino. Tudo é vivo, tudo é mágico.
Os povos fetichistas só conseguem evoluir para observação dos astros depois que passam de nômades para sedentários, quando os astros inaccessíveis se tornam os fetiches mais importantes. Então os astros têm os poderes divinos, e, mais tarde, numa evolução natural, eles passam a ser o lugar dos deuses do politeísmo.
Os deuses do politeísmo têm por essa razão os nomes dos astros conhecidos, como Marte, Vênus, Netuno. No fetichismo não há necessidade de um intérprete dos fetiches, que são pessoais, cada um individual. Só no politeísmo é que a classe dos sacerdotes se torna necessária para conhecer a vontade dos deuses, que são abstrações inaccessíveis. A importante classe desses teóricos é que se tornou o motor do progresso do conhecimento humano através dos milênios. Essa é a formação do Poder Espiritual, o corpo de especialistas sagrados que ensina, regular e consagra os indivíduos
A classe dos sacerdotes passa a ter a função do ensino, do julgamento da arte e da consagração. Essa classe especial tem grande atuação na história da sociedade. No politeísmo a transmissão obrigatória das profissões é feita por hereditariedade, formando as castas fechadas da teocracia. Essa transmissão pode ser chamada, pois, de transmissão teocrática da riqueza e do poder. A monarquia hereditária foi então criada. Só então a escrita foi inventada, permitindo o registro dos anais da história.
O politeísmo teocrático sacerdotal, conservador, é um sistema de ensino e consagração de longa duração. Tem como característica ser uma religião com normas de higiene, além das regras de conduta, de opinião e de culto. É o que se pode ver na teocracia dos judeus, com regras de alimentação e de higiene.
Constitui a Teocracia a fonte das classes sociais, formando pela primeira vez o acúmulo do capital, a utilização do dinheiro, com grande progresso social. Essa é a formação do capitalismo. Pode-se dizer que eram teocracias conservadoras antigas todas as civilizações da costa do Mar Mediterrâneo e da Ásia. E a Grécia evoluiu e passaria a ser um politeísmo progressista, governado pelos guerreiros e não pelos sacerdotes. O mesmo ocorreu com Roma.
Só com os gregos foi possível sair da teocracia antiga, abrindo o acesso ao saber científico que estava fechado na casta sacerdotal, como segredo divino. Por essa abertura e divulgação é que parece que a filosofia e a ciência teriam nascidos na Grécia. Os gregos fizeram o primeiro passo de destruição das crenças antigas, representadas pela Teocracia antiga. A destruição gradual das crenças divinas prosseguiu até nossos dias, com o abandono completo das crendices nas elites da sociedade.
A civilização dos povos mais antigos, fetichistas e astrolátricos, só pode ser conhecida e rememorada por suas obras e relíquias e pelos registros da grande religião dos sacerdotes teocratas.

AMANHÃ: Teseu, o rei,herói e protetor da cidade de Atenas.


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