domingo, 10 de julho de 2011

0710 STA BATILDE RAINHA DOS FRANCOS

10 DE JULHO : Rainha Santa Batilde: Humildade e generosidade para com os pobres.

SANTA BATILDE
Sainte Bathilde, Batilde
(nasceu na Inglaterra de família nobre; morreu no ano 680 da nossa era, em Paris)
BELA RAINHA EX-ESCRAVA NOBRE TIPO CATÓLICO DE UM VIRTUOSO PODER ESPIRITUAL FEMININO

Quais foram as grandes contribuições da Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana?
Duas forças coordenadas caracterizam a história da Idade Média: uma católica ou religiosa e a outra feudal ou cavalheiresca. De sua atuação resultou:
1. Purificar e disciplinar as mais fortes paixões do homem, sobretudo a desumanidade, o orgulho e os apetites sensuais.
2. Teve como conseqüência elevar a condição da mulher.
3. Fez a proteção do fraco, honrar a nobreza do caráter, elevar a natureza humana.
4. Suprimiu a guerra universal e transformou a guerra de conquista em guerra defensiva.
5. Estabeleceu os governos verdadeiramente locais com o acordo do dever recíproco, em vez da submissão a um império centralizado.
6. Suprimiu a escravidão geral na população e fundou o trabalho livre.
Os três primeiros resultados foram principalmente tarefa da Igreja Católica, com a Cavalaria participando na elevação das mulheres.
Os três últimos progressos foram principalmente obra do feudalismo junto com a religião.
Foram nove séculos de avanços, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com um heroísmo e uma dedicação admiráveis.
As duas últimas semanas estão representadas por religiosos. Mostram o apogeu do Catolicismo e seu declínio.

Nesta quarta semana é feita a representação de como agiram os dirigentes cristãos no governo. O tipo principal é o rei São Luiz de França, comemorado no domingo que encerra a semana.

Ver em 0618 1 O QUADRO DO MÊS CARLOS MAGNO, A CIVILIZAÇÃO FEUDAL com todos os grandes tipos humanos do mês.


Batilde, esposa de Clovis II, rei da França, nascida na Inglaterra, era descendente de reis anglo-saxões. Não se tem a data nem o local de seu nascimento.
Sabe-se que ela tinha sido reduzida à escravidão e esteve a serviço da esposa de Erchinoald, administrador do palácio real. Suas qualidades pessoais e sua virtude fizeram com que seu dono lhe confiasse muitos dos trabalhos de sua casa. Com a morte de sua esposa, Erchinoald desejou casar-se com ela. Não aceitando, Batilde se afastou do dono e não retornou senão depois que ele se casou novamente.
Foi então que o rei Clovis II a viu na casa de Erchinoald. O rei ficou impressionado com Batilde, por sua beleza, sua graça e por suas virtudes. O rei libertou-a da escravidão e casou-se com ela no ano de 649.
A repentina elevação da situação de Batilde não reduziu suas virtudes, mas, ao contrário, tornou suas qualidades mais visíveis. Ela se destacou por sua humildade, sua religiosidade e sua grande generosidade para com os pobres.
No ano de 656 Clovis II morreu, deixando Bathilde viúva com seus três filhos, Clothaire, Childeric e Thierry. Ela foi proclamada por uma assembléia de senhoras da nobreza como a regente de seu filho de cinco anos, com o nome rei Clothaire III.
Batilde, como regente, logo estabeleceu sua autoridade e governou com sabedoria e com justiça. Ela contou com a ajuda da autoridade e dos conselhos de Erchinoald e dos bispos Eligius de Noyon, Ouen de Ruen, Leéger de Autun e Chrodebert de Paris. Batilde levou ao fim muitas reformas. Aboliu o vergonhoso comercio de escravos cristãos e reprimiu com firmeza a simonia, a venda pelo clero de serviços e de bens religiosos.
Sua piedosa caridade não tinha limites; lembrando-se de sua escravidão, ela reservava grandes somas de dinheiro para pagar pela libertação dos cativos. Todas as grandes abadias de seu tempo recebiam os benefícios de sua ajuda. Batilde conseguiu fundar muitas instituições de caridade, tais como hospitais e monastérios.
A rainha Batilde desejava renunciar à sua posição e entrar na vida religiosa, mas seus deveres não o permitiram. O administrador Erchinoald morreu no ano 659 e foi sucedido por Ebroin. A raínha foi capaz de manter sua autoridade e completar seus projetos, apesar da ambição do novo administrador. Já adultos, os filhos de Batilde assumiram sua posições em seus respectivos territórios. Na Austrasia ficou Childeric IV e no Burgundy assumiu Thierry.
Livre da responsabilidade da regência do reino, Batilde voltou ao seu desejo de uma vida em retiro religioso. Então se recolheu ao grande convento de Chelles, perto de Paris, um convento que ela tinha reconstruído e que se tornou depois uma abadia real até a revolução francesa. Ali Batilde morreu no ano de 680, onde seus restos repousam.
A glória de Santa Batilde está em que ela não esqueceu jamais, ao subir ao trono, sua condição de escrava, ao mesmo tempo em que, no convento, fora do governo, não se lembrava jamais que ela tinha sido rainha. Ela fez todos os seus esforços como soberana para acabar com a escravatura e para aliviar a sorte dos servos.
Batilde era de uma beleza singular, e seu espírito e seu caráter estavam em harmonia com toda a sua pessoa. Ela mostra a associação da mulher à função educadora dos sacerdotes. Sua vida pertenceu à época em que a escravatura pessoal passou a se extinguir rapidamente na Europa do ocidente. O que ocorreu pela da influência do ensino da Igreja Católica, da valorização crescente das mulheres e dos costumes de paz da indústria nascente nas cidades.
Santa Batilde, que reunia as mais elevadas influências medievais em sua personalidade, é um dos mais nobres tipos do poder espiritual que finalmente aboliu a escravatura na Idade Média.


AMANHÃ: A coragem e a religiosidade criadora do país católico da Hungria: S. Estevão.


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