terça-feira, 22 de setembro de 2015

0923c CORNEILLE: teatro cultural da vida dos mais importantes personagens históricos


23 DE SETEMBRO.   Corneille: o drama do choque de idéias, seu pensar, suas angústias

CORNEILLE
Pierre Corneille
(nasceu em 1606, em Rouen, França; morreu em 1684, em Paris)

POETA E DRAMATURGO FRANCÊS INTRODUTOR DA POESIA HISTÓRICA NA LITERATURA

Estética
parte da Filosofia para a idealização, para a emoção

O motor da ação humana é o sentimento
Estética é a teoria da arte, o conjunto dos princípios fundamentais da arte. É apresentada também como a filosofia da arte.
Nesta segunda semana do Calendário estão como representantes desta fase da evolução social aqueles mestres do drama histórico que pintaram os tipos tomados do passado de preferência a caracteres puramente imaginários. Desse modo aqui Schiller é colocado ao lado de Corneille, assim como na semana passada Goethe foi colocado ao lado de Calderon. A semana tem como chefe Corneille.
Ver em 0910 C   O QUADRO DO MÊS DE SHAKESPEARE, o Drama Moderno, com todos os grandes tipos humanos do mês.


NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS


PIERRE CORNEILLE (1606-1684) realizou a introdução principal da poesia histórica na literatura mundial.
Corneille recebeu o nome de seu pai, Pierre, um advogado do rei de França. Nasceu em Rouen, em 6 de julho de 1606, numa casa ainda conservada na Rue de la Pie.
A longa vida de Corneille se deu toda em paz, sem outra alteração a não ser a produção de suas peças teatrais. Ele foi educado pelos jesuítas, pelos quais conservou sempre o respeito e gratidão. Ele substituiu seu pai na função de advogado e se dedicou à prática do direito “sem prazer e sem sucesso”.
Aos 23 anos de idade, em 1629, ele produziu sua primeira peça, uma comédia, representada em Paris. Com seu sucesso, ele foi admitido na sociedade dramática do grande estadista o cardeal Richelieu, que formou o grupo chamado como  “les cinq auteurs”,  sociedade dos cinco autores.
Outras peças teatrais foram feitas, e em 1636 Corneille revelou seu poder como escritor nos dramas Médée e Le Cid. O drama clássico já havia sido feito antes, mas, com Le Cid, Corneille elevou esse gênero teatral à perfeição.
O drama Le Cid provocou, desde sua apresentação, um grande entusiasmo da parte do público. Ele foi traduzido para todas as línguas da Europa. Mas as peças de Corneille não seguiam a norma de regularidade exigida pelos críticos.
A doutrina da unidade exigia que houvesse unidade de tempo, os eventos devendo ficar dentre do período entre o nascer e o pôr do sol. Deveria também manter a unidade de lugar e de ação evitando mais do que uma situação. Formou-se um conflito com a crítica e nos dramas seguintes feitos por Corneille; ele acabou obedecendo à norma.
Corneille escrevia realizando a concentração emocional num dilema moral e num supremo momento da verdade, quando os personagens principais reconheciam o seu envolvimento com o dilema moral.
Ele não só faz o enfoque do personagem como destaca o choque entre idéias. A ação provoca a reação. Não só o que é feito, mas o que é pensado, sentido, sofrido. Ele usa o método da simetria. Apresenta, como um bom advogado, um lado do conflito e depois o outro lado, uma posição em seguida de seu oposto.
Os dramas históricos de Corneille formaram uma série de peças retratando com verdadeira compreensão todas as principais fases da civilização romana com um tratamento dramático ideal. Por seu conteúdo cultural suas peças são até hoje recomendadas para leitura. Uma seleção conteria os dramas:
Le Cid
Horace
Cinna
Polyeucte
Pompée
Rodogune 
que são as obras-primas de Corneille.
Recomendam-se ainda os dramas:
Heraclius
Nicomède
Pertharite
Oedipe
Sertorius
Othon
Pulchérie.
São todos dramas de nobres personagens e de elevada idealização histórica.
Corneille é não somente o criador e o chefe do drama na França, mas ainda um dos mais nobres educadores e um dos tipos humanos mais importantes da nação francesa, digno por seu próprio valor e também por suas obras, de ser colocado à frente dos autores históricos da França e de toda a Europa.

AMANHÃ: Um gigante como dramaturgo tanto no México como na Espanha: Ruiz de Alarcon.




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