sábado, 5 de setembro de 2015

0907c COULOMB: físico pesquisador da força produzida entre as cargas elétricas

07 DE SETEMBRO.   Coulomb: o atrito nas máquinas e na resistência das cordas

COULOMB
Charles-Augustin de Coulomb
(nasceu em 1736, em Angoulême; morreu em 1806, em Paris)

FÍSICO E ENGENHEIRO FRANCÊS PIONEIRO NA PESQUISA DA ELETRICIDADE E MAGNETISMO

A INDÚSTRIA MODERNA
Nesta quarta semana do mês o chefe é Montgolfier, com biografia no domingo que encerra a semana. Aqui são lembradas as descobertas industriais que nos tempos modernos se desenvolveram com fecundidade. A partir desses trabalhos o homem aprendeu a voar, os rios passaram a ser usados para muitas tarefas, as plantas e os animais foram sistematicamente estudados e modificados e as técnicas foram muito aperfeiçoadas. A tecnologia progrediu pelo desenvolver da ciência e com sua aplicação permitindo a submissão às leis naturais. Resultou da aplicação das leis abstratas, das regras e das normas sucessivamente estabelecidas pela leitura do livro da natureza, isto é, pelas lições da experiência obtida pelos sentidos.
Ver em 0813 01 C   Quadro do Mês de Gutenberg, A Indústria Moderna, com os grandes tipos representantes do mês.


NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

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COULOMB (1736-1806) nasceu em Angoulême, no Charente, oeste da França.
Nos primeiros anos de sua vida trabalhou como engenheiro militar, servindo na ilha de Martinica, colônia francesa nas Índias Ocidentais, no Caribe. Depois foi para Rochefort, Aix e Cherbourg, na França.
Coulomb realizou uma pesquisa sistemática do atrito nas máquinas e sobre a resistência das cordas. Publicou seu relatório em 1781, que lhe deu uma alta reputação científica. Desde então se tornou conhecido por seu bom caráter e por sua competência.
Ele pertenceu à comissão oficial para fazer o novo sistema métrico de pesos e medidas. Mais tarde, o governo da Revolução Francesa afastou Coulomb dessa comissão, junto com Borda, Lavoisier, Laplace e outros cientistas. Coulomb retirou-se para Blois, no Loir-et-Chair, dedicando-se à pesquisa científica. Em 1802 foi indicado para ser Inspetor da Instrução Pública.
Coulomb também pesquisou a lei do inverso do quadrado na força de atração e repulsão dos pólos magnéticos, com resultados que foram a base para a teoria matemática das forças magnéticas de Siméon-Denis Poisson. Ele estudou ainda a elasticidade do metal e das fibras de seda.
A noção da resistência à força de corte de um material, da força de cisalhamento, foi introduzida em 1713 pelo matemático francês Antoine Parent. Mas foi Coulomb quem desenvolveu a questão, tanto no estudo das vigas como no esforço e ruptura do solo, em 1773 e depois, em 1779, no estudo do atrito de deslizamento.
Um grande serviço prestado por Coulomb para o progresso da ciência foi sua investigação matemática e experimental sobre a distribuição da eletricidade e da força produzida pelas cargas elétricas. Ele inventou uma balança de torção muito sensível para medir a força entre os corpos eletrizados. Por meio da balança ele estabeleceu a LEI DE COULOMB, que relaciona a força produzida com a carga elétrica e a distância entre os corpos.
A lei de Coulomb diz que:
      “a força exercida entre duas cargas elétricas é tanto maior quanto o produto da multiplicação das cargas e tanto menor quanto for o quadrado da distância entre as cargas”. Essa lei pode ser explicada de outra forma: “A força entre duas cargas elétricas é proporcional ao produto das cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas.” A força entre as cargas elétricas é uma das importantes forças relacionadas nas reações atômicas.
A contribuição científica de Coulomb teve grande valor nesse tempo de estudos iniciais da eletricidade e do magnetismo. Em reconhecimento por seus serviços, a unidade de carga elétrica recebeu o seu nome: COULOMB.
Deve-se notar que a lei de Coulomb relaciona as PROPRIEDADES das COISAS. As propriedades ou atributos dos seres não são COISAS, não são objetos concretos, físicos são fenômenos, aparências, são ABSTRAÇÕES. Portanto, a lei é uma relação abstrata, que liga a força, as cargas, as distâncias. Em abstrato, a relação é constante. Ao aplicar a lei na prática, as medidas podem apresentar diferenças pelos erros na medição, uma vez que todo aparelho de medição tem sua faixa de erro, de precisão. Sabe-se que toda medição contém o erro que todo aparelho de medida tem, como se explica na Tória dos Erros.
A ciência abstrata, com suas leis infalíveis, é que permite a PREVISÃO CIENTÍFICA. Quando há uma relação entre os fenômenos ou acontecimentos, pode-se prever o que vai acontecer sabendo-se os dados. Com alguns dados, pode-se prever o resultado. Na ciência concreta, plicada apenas descreve os seres, as coisas. Como na Zoologia ou na Botânica, que classifica os animais ou as plantas, não há leis abstratas, há regras práticas. Toda regra tem exceção. Não é uma ciência abstrata, é uma ciência descritiva, sem previsões, mas de utilidade básica, indispensável, na representação especializada do mundo concreto, com baixa generalidade.


AMANHÃ: Reflexões sobre a teoria do cálculo infinitesimal: le Grand Carnot.




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