domingo, 29 de dezembro de 2013

1231 C ANTEPASSADOS seu culto e respeito é a fonte do saber acumulado pelos homens

DEZEMBRO 31. FESTA DOS ANTEPASSADOS: há milênios os mestres de todas as gerações

FESTA UNIVERSAL DOS ANTEPASSADOS
A memória imortal do passado humano.

HUMANIDADE
A SOCIEDADE HUMANA
PODEROSA E SUAVE RAÇA HEGEMÔNICA
ÚNICA ESPÉCIE ANIMAL CAPAZ DE RESPEITAR E CULTAR AOS ANTEPASSADOS


Os nossos mortos queridos de todos os tempos e de todos os lugares que construíram a grande sociedade humana desde a mais primitiva vida animal até a nova civilização industrial e científica do presente.


NA FESTA UNIVERSAL DOS MORTOS o calendário filosófico dos grandes homens reúne os maiores nomes da preparação humana na memória de todos os nossos antepassados. É uma grande lista de mortos imortais. São os nossos mortos geniais, os grandes e os modestos, são os nossos queridos antepassados.
Fazendo a lista de nossos pais, avós, bisavós, tataravós vemos que a cada geração multiplica-se o número de nossos antigos parentes à medida que imaginamos voltar atrás no tempo.
Cada um de nós tem nos seus pais um casal, em número de dois indivíduos. Os avós são dois casais, os pais do pai e os pais da mãe, em quatro pessoas. Os bisavós somam um casal para cada um dos quatro avós, no total de oito pessoas. Assim, para cada geração anterior, temos o dobro de antepassados na geração seguinte.
Para cada 100 anos, ou seja, para cada século, supondo três gerações em cada século, a série de parentes aumenta em dobro para cada geração. Em 100 anos teremos 2, 4, 8 parentes. Em 200 anos teremos 16, 32, 64 parentes. Ao longo dos milênios teremos parentes contados como uma multidão, para cada um de nós. Portanto, nessa multidão que está incluída na população humana, teremos os mesmos antepassados, com os mesmos parentes de muitos de nossos contemporâneos.
Concluímos, assim, que somos parentes uns dos outros, hoje, na sociedade dos humanos. Os nossos mortos são nossos parentes comuns. Na multidão de nossos mortos se contarão tanto os mortos excepcionais, entre os mais brilhantes, os grandes homens, os grandes heróis da raça humana, como os mais modestos servidores da humanidade.
O dia da Festa dos Antepassados não tem nome de mês nem de semana nem número de data no Calendário Histórico. Portanto, a relação de datas fica com os 365 dias do ano menos um dia, resultando em 364 datas. Isso faz o número divisível por 13, para resultar no calendário de 13 meses cada mês com 28 dias. Nos anos bissextos o dia adicional também fica fora dos nomes de semana e de data, não pertencendo a um mês nem a uma semana. O calendário fica, assim, perpétuo, sendo todos os anos sucessivamente iguais. Todos os meses começam numa segunda-feira e terminam num domingo.
A memória universal dos mortos é a recordação de todos os nossos antepassados. O progresso geral que vemos na história mostra a harmonia sempre finalmente resultante que os humanos conseguem em sua longa evolução. A harmonia realizada pelo sentimento gregário, pelo altruísmo, o verdadeiro motor do progresso.
Não é a luta, a revolução, que promove o desenvolvimento: é o amor. A guerra, o conflito, a revolução leva a perdas de bens e de vidas. Leva à pobreza, à fome, à miséria.
O progresso é medido pelo aperfeiçoamento da sociedade humana, pelo aprimoramento da unidade, da união entre os indivíduos, entre as famílias, entre as nações, com a humanidade fraternamente globalizada em todos os lugares. Há conflitos, mas são as exceções dentro do progresso que se verifica na história.
REFERÊNCIA SOCIAL. A partir do fim da Idade Média, do ano 1300 em diante, a vida humana sofreu a maior mudança intelectual, afetiva e prática. O fim do Feudalismo da Idade Méida foi uma alteração na vida social nunca vista na história.
A verdadeira liberdade mental e política então passou na modernidade a ser exigida por todos os homens. A nova civilização industrial exige paz e liberdade.
A transformação foi feita lentamente, com poucos conflitos. Os governos deixaram o direito germânico e medieval e seus ministros reviveram e passaram a aplicar novamente o Direito Romano, a regulamentação referida ao bem da sociedade no império de Roma.
Os tribunais hoje julgam os indivíduos que prejudicam a sociedade como bandidos e julgam como heróis aqueles que beneficiam a coletividade. Essa é a grande inovação moderna, em que a mudança se realiza por meio do pensamento crítico, exigindo que todo conhecimento seja positivo, isto é, verificável, comprovado e útil para a felicidade do ser humano em sociedade.
A sociedade humana passou reconhecer sua hegemonia, o seu domínio sobre todos os humanos e sobre todos os animais. Mas o domínio da Humanidade sobre seus membros e servidores é natural, constante e suave, quase imperceptível, apesar de seu grande poder.
O comando da sociedade na economia resulta naquilo que foi chamado de MÃO INVISÍVEL por Adam Smith. Parece haver uma orientação invisível no mercado de bens e de serviços para que todos colaborem em liberdade uns com os outros, na busca da remuneração que permita a continuidade do agente. Mas o governo político e o governo das opiniões mantém a convergência dos esforços individuais.
Note bem: em liberdade. Todos na coletividade são conduzidos pela associação, pelo altruísmo, ao serviço do bem coletivo. Há exceções, desvios por parte de dirigentes e por parte do público, que ao final são corrigidos.
A inovação no pensamento forma uma nova Filosofia que mostra ser nosso destino conhecer, amar e servir em liberdade à sociedade, ao agrupamento daqueles seres que convergem para o bem comum. Esse era também o resultado de todas as religiões quando em sua completa formação, em sua maturidade. A adoração era feita nos cultos religiosos, que orientavam ao serviço sempre prestado à sociedade. Se a sociedade não fosse servida, os membros morreriam e o grupo acabaria. Assim é que só conhecemos as religiões que serviram ao grupo associado para que pudessem sobreviver e prosperar.
O PODER DA HUMANIDADE. Verifica-se dessa forma o imenso poder que tem a sociedade: se uma seita não colaborar na manutenção e progresso da sociedade, a seita morre, não deixando continuadores. É o poder permanente da humanidade, com uma força invencível e natural de vida ou morte.
Reconhecemos assim o poder real demonstrável indispensável e inevitável da associação que constitui a humanidade. A Humanidade poderosa é assim a nova referência para a ação dos humanos: fornece a verdadeira fonte e o real destino da vida de cada um de nós. Os deuses da antiguidade também foram bons servidores da Humanidade. Verifica-se que a sociedade humana é hegemônica, dominante, não admitindo o poder de outra associação de animais.
Cada um de nós realizou a evolução que a sociedade percorreu em milênios. Começamos andando de quatro ao engatinhar, incapazes de falar, de escrever, de pensar. Assim foi com as diferentes populações humanas. Da animalidade evoluímos até a humanidade, começando ao caminhar em quatro pernas, passamos a andar em duas pernas, aprendemos a falar, a escrever, a pensar, a produzir.
Cada indivíduo recebe da sociedade, na família, na escola, na cidade, na pátria, um trabalhoso treinamento durante 10 a 20 anos. Só depois pode começar a sua colaboração em plena liberdade na manutenção e no progresso de seu grupo, de sua cidade, de seu país, na fraternidade universal.
A aprendizagem humana, continuada, é a educação feita nas diversas instituições da sociedade, consistindo no preparo para a vida em sociedade.
Neste dia de festa em memória de nossos mortos, temos a alegria de relembrar o mérito e os ensinos de nossos antepassados, tanto dos nossos parentes e amigos, dos outros mortos mais próximos, como dos mais antigos servidores da sociedade.
O único animal que realiza o culto dos mortos é o animal humano, que respeita, venera e admira seus mortos, herdando o valioso tesouro de seu exemplo, de seus sentimentos, sua ciência, sua técnica. Assim se formou o imenso poder da associação humana, o nobre sentimento de humanidade e o poder da Humanidade.
O Calendário dos Grandes Homens é, de fato, um instrumento educacional baseado no culto dos maiores servidores da sociedade humana em todos os tempos e em todas as nações. Foi instituído em 1849 pelo enciclopédico saber do filósofo francês Auguste Comte (1798-1857). Ele foi o pensador capaz de fazer o julgamento do mérito individual de cada nome inscrito nas 558 biografias nos anos comuns e nos bissextos.
O Calendário de Augusto Comte educa pelo culto dos antepassados.

AMANHÃ: Primeiro dia do ano, início do mês de MOISÉS e dia de Prometeu.


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