DEZEMBRO
14: a pesquisa da generalização do estudo do pêndulo composto
D’ALEMBERT
Jean le Rond
d’Alembert
(nasceu em 1717, em
Paris; morreu em 1783, em Paris, França)
FAMOSO MATEMÁTICO,
FILÓSOFO E ENCICLOPEDISTA
FILOSOFIA DA HISTÓRIA.
Este
Calendário Filosófico tornou-se um CURSO
DE FILOSOFIA DA HISTÓRIA. Filosofia da História é a visão geral que os anais
registram dos acontecimentos na sociedade. É verificar quais tendências resultaram
das ações registradas em cada era. É a pesquisa inteligente da evolução social
pela análise dos registros históricos. Observações específicas completam o
conhecimento de Filosofia geral, na arte, na ciência, na tecnologia e na teoria
política aplicada.
O
Calendário Histórico mostra a espontânea, oscilante, irregular, mas contínua
evolução cultural em todos os aspectos da sociedade, no aspecto afetivo,
intelectual e prático. O que é feito por meio pelo estudo das maiores figuras
humanas. Assim os princípios científicos são demonstrados e comprovados por sua
observação e fundamentação empírica nos registros dos anais históricos.
Indica o
calendário a maravilhosa faculdade criadora da sociedade para o melhoramento da
vida humana. Tanto antes como depois do fim do feudalismo da guerra de defesa e
do fim do poder político do papa e da religião medieval. É devido ao desenvolvimento
enciclopédico do conhecimento que prepara a nova civilização pacífica e industrial
moderna. Deve-se notar que os maiores progressos da ciência feitos na
modernidade foram nas teorias abstratas
puras, isto é, relativas aos fenômenos
e não o foram nas simples descrições concretas dos seres. Foi a descoberta das leis
abstratas imutáveis dos
fenômenos no meio da permanente mudança da variável realidade concreta
dos seres. Verificáveis, Imutáveis.
Nesta segunda
semana mostra-se principalmente a complementação da Mecânica Celeste pelo
cálculo infinitesimal. Aqui encontramos Viète, Fermat e Wallis que prepararam
esse cálculo; Clairaut, Euler, d’Alembert e Fourier que o aplicaram aos
problemas da física; Lagrange que o assimilou ao cálculo ordinário. Newton
mesmo falou, aliás, de Descartes e de Leibnitz, cuja iniciativa matemática se
igualou à sua.
Newton,
cujo gênio matemático transformou a vaga hipótese da gravitação planetária numa
certeza científica infalível, tem aqui o lugar principal de chefe de semana.
Ver em
1203 01 C de dezembro 03, o QUADRO DO MÊS DE BICHAT A Ciência Moderna com os grandes nomes
representativos da evolução social da ciência.
D’Alembert (1717-1783 era o filho ilegítimo de uma escritora
francesa. Ele foi deixado ainda recém-nascido nas escadas da Capela de Saint
Jean le Rond. Foi encontrado pela polícia e entregue a uma pobre vidraceira que
o criou, dando-lhe o nome da igreja em que foi achado, de Jean le Rond. Ele
respondeu à sua mãe biológica, que mais tarde se apresentou: “A senhora é minha
mãe de ocasião, mas minha verdadeira mãe é a vidraceira”.
D’Alembert morou por 40 anos com a pobre mulher. Durante a vida de
seu pai, um oficial de artilharia, recebeu uma pequena pensão e foi educado no
Colégio das Quatro Nações, por professores jansenistas que notaram o seu
talento científico para a matemática. Ele matriculou-se inicialmente com o nome
de Jean-Baptiste Daremberg, mas depois mudou seu nome para d’Alembert.
Os professores jansenistas tentaram sufocar a tendência científica
do aluno, na esperança de levá-lo para as doutrinas místicas, no estudo da
teologia, como aconteceu com Blaise Pascal. O que não conseguiram, d’Alembert
demonstrando mesmo uma aversão completa por toda a vida a essas doutrinas.
Depois de estudar Direito por dois anos e Medicina por um ano, finalmente
dedicou-se às ciências, a única ocupação que de fato lhe interessava. Ele foi
um autodidata, estudando todos os assuntos quase inteiramente sozinho, por
conta própria.
Sua primeira obra d’Alembert escreveu com a idade de 22 anos, Mémoire sur le calcul intégral, Memória
sobre o cálculo integral, de 1739. Com a idade de 24 anos, em 1741 ele foi
admitido para a Academia de Ciências de Paris, começando uma carreira brilhante
de descobertas científicas por 25 anos. Ele colaborou com Denis Diderot na
produção da célebre ENCICLOPÉDIA, para
a qual escreveu a Introdução e vários
artigos. Depois da publicação do segundo volume da obra, o governo francês
proibiu sua venda e d’Alembert se retirou do empreendimento. Os colaboradores
da Enciclopédia eram os mais competentes pensadores da época, sempre empenhados
na construção da nova ciência e da nova filosofia moderna e em geral
emancipados das crenças religiosas.
O tratado mais importante de d’Alembert, o Traité de dynamique, se baseia sobre o PRINCÍPIO DE D’ALEMBERT, foi
publicado em 1741. Era uma generalização do estudo do pêndulo composto, que
havia ocupado as pesquisas de Huyghens e os irmãos Bernoulli. No caso do
pêndulo composto passou-se do estudo do movimento de uma única partícula, para
o estudo do movimento de uma massa, ou seja, de um SISTEMA de partículas, cada
uma animada por sua própria tendência a se mover e sendo, no conjunto, ativas e
passivas. O problema foi tratado por d’Alembert em seu amplo aspecto e marcou
uma época na história da Mecânica Racional.
O princípio de d’Alembert pode ser mostrado da forma mais simples
como
“a resultante das forças
que agem sobre um sistema é equivalente à força que age sobre todo o sistema”
Em 1752 ele recebeu uma pensão anual de Frederico o Grande, da
Prússia, com quem manteve uma longa correspondência. Esteve em visita a Berlim
em 1763, mas recusou-se a ficar, mesmo convidado pelo imperador.
Os filósofos Enciclopedistas receberam o apoio de d’Alembert na
hostilidade ao cristianismo, embora fosse muito cauteloso. Em 1765 ele escreveu
um folheto sobre a expulsão dos jesuítas da França, mostrando que, apesar de
suas qualidades como intelectuais e educadores, eles acabaram se destruindo
pela sua descontrolada ambição pelo poder político.
Na sua vida pessoal d’Alembert foi simples e discreto, nunca
procurando a riqueza, mas divulgando o conhecimento científico para a formação
da cultura do iluminismo.
AMANHÃ: Tratamento filosófico sempre no ponto de vista da evolução
histórica: LAGRANGE.
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