sábado, 29 de junho de 2013

0630 C BAYARD coragem de cavaleiro romano com generosidade e cortesia sem fim

30 DE JUNHO. Bayard: sem arma de fogo a vitória é pela coragem e habilidade pessoal

BAYARD
Pierre Terrail, Senhor de Bayard, Baiardo
(nasceu em 1473, no Castelo Bayard, Pontcharra, França; morreu em 1524, na Itália)

CAVALEIRO SEM MEDO E SEM MÁCULA MODELO DE VIRTUDE E DE CAVALHEIRISMO

As grandes contribuições do Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana
A Civilização Feudal teve como resultados principais:
1. A guerra defensiva em vez da conquistadora;
2. A defesa, organização e progresso local em cada região;
3. A tradição da honra de cavaleiro na proteção da mulher e dos fracos pela Cavalaria medieval. Supressão da escravidão geral na população, que permitiu o trabalho livre com a libertação completa do trabalhador. Finalmente a liberdade do trabalhador resultou na importante organização permanente do moderno sistema econômico do capitalismo.
Neste mês são consagrados os nomes que representam a guerra para a defesa da Europa e que fundaram as instituições locais, trabalhando para organizar cada nova nação européia.
Foram nove séculos de avanços e recuos, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com muito heroísmo e uma dedicação admirável resultando em notável progresso.
Nesta segunda semana o tipo principal é Godofredo de Bouillon, herói da primeira cruzada. Sua biografia está no domingo que termina a semana.
Ver em   0618 01 C   O QUADRO DO MÊS DE CARLOS MAGNO A CIVILIZAÇÃO FEUDAL, com seu resultado geral e todos os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.


PIERRE DU TERRAIL (1473-1524) nasceu numa família nobre de guerreiros no castelo de Bayard, de seus pais, perto de Grenoble, em 1476.
Todos os seus ancestrais de parte de seus pais perderam a vida nos campos de batalha, um deles em Azicourt, outro em Poitiers. Assim sendo, foi destinado à carreira das armas e aos 13 anos serviu como pajem do duque de Sabóia. Depois passou ao serviço de Carlos VIII e, aos 18 anos, já tinha a fama de ser um dos mais perfeitos cavaleiros de seu tempo. Acompanhou o rei de França na campanha da Itália e se distinguiu na batalha de Fornovo em 1495. Depois dessa luta Pierre foi sagrado cavaleiro pelo rei. Serviu em seguida a Luiz XII na campanha de Milanais e defendeu a ponte de Garigliano sozinho contra um corpo de tropa espanhol.
Nas guerras que se seguiram, decidiu a vitória em Agnadel. Ele foi gravemente ferido em Brescia. A proteção que ofereceu à dama que cuidava de seus ferimentos e às suas filhas durante seu tratamento, é célebre como raro exemplo de generosidade.
Bayard combateu bravamente e foi feito prisioneiro na batalha de Guinegate. Suas qualidades galantes e cavalheirescas fizeram com que fosse libertado sem pagamento de resgate e ainda recebeu as homenagens do rei Henrique VIII.
Quando Francisco I foi posto como rei, Bayard serviu na campanha da Itália e se destacou na batalha de Marignan. O rei considerou que o principal autor da vitória tinha sido Bayard.
Em 1522 Bayard cortou a marcha de Carlos V fazendo a defesa de Mesieres. Em 1524 ele serviu de novo na Itália contra os imperiais comandados pelo traidor chefe de armas de Bourbon. Foi então, que Bayard na batalha de Sésia, recebeu um ferimento mortal. Tinha então 48 anos.
Bayard ferido estava na sombra de uma árvore na frente de batalha. Os chefes inimigos deram ordem de retirada de suas tropas e pararam à frente do cavaleiro famoso. O chefe de Bourbon, que estava entre eles, dirigiu a Bayard palavras de compaixão.
“Senhor, lhe disse Bayard, eu vos agradeço. Não tenho necessidade de piedade, eu morro como um homem honesto, eu morro ao serviço do meu rei; mas é de vós que devemos ter pena, vós, que toma as armas contra vosso príncipe, contra vossa pátria e vosso juramento.”
Em seguida se pôs a rezar e morreu invocando o Cristo.
Bayard foi, durante trinta anos, o modelo da cavalaria medieval e considerado, em toda a Europa, como o tipo do perfeito cavaleiro. Embora ele nunca combatesse como comandante em chefe, seu valor irresistível e sua criatividade na ação tática decidiram várias batalhas,
Francisco I declarou que ele o estimava mais do que a cem capitães e já se disse que ele valia por todo um exército. Assim, foi chamado
       “o cavaleiro sem medo e sem mácula”
num elogio famoso em francês "le chevalier sans peur et sans reproche".
Os historiadores o representam como nascido com todas as virtudes e sem vício algum. Era piedoso, generoso, sem egoísmo, modesto, moderado, puro e magnânimo. Sua coragem e suas proezas como soldado são de um cavaleiro romano. Sua generosidade era principesca, sua cortesia inesgotável.
Bayard é o último representante da cavalaria da Idade Média, tanto no aspecto católico como no aspecto feudal. Do mesmo modo ele é, talvez, o último exemplo de um guerreiro que ganha as batalhas por atos pessoais de habilidade e de coragem.
As armas de fogo eram funestas aos heróis desse gênero. Com o seu uso o demorado treinamento com a lança e a espada tornou-se desnecessário. A luta nas batalhas tomou outras formas. E Bayard, que morreu com um tiro de canhão, não aprovava o uso dessas armas.
Com ele, acabou a era da cavalaria, depois de uma duração de cerca de 5 séculos, cerca de 500 anos.

AMANHÃ: Libertador de Jerusalém nobre herói corajoso: Godofredo de Bouillon.


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