16 DE JUNHO. WILLIAM
PENN: lider quaker generoso na religião e na política
WILLIAM PENN
(nasceu em 1644, em
Londres; morreu em 1718, em Buckinghamshire, Inglaterra)
LÍDER QUAKER
INGLÊS FUNDADOR DA COLÔNIA DA PENNSYLVÂNIA NA AMÉRICA
A regeneração moral
com a compressão do egoísmo anti-social
O Catolicismo teve uma
ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos
povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido
estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e
comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os violentos guerreiros se tornaram gentis Cavaleiros para a proteção da
mulher, dos pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
A doutrina católica pela
primeira vez no mundo criou a liberdade de consciência ao obter sem violência o poder sobre o governo
político. Essa liberdade nunca existiu antes. Protegeu e aperfeiçoou a
sociedade humana. As doutrinas anti-sociais perturbam e levam à morte da
própria congregação. Essa é a razão por que a sociedade tem o real poder de vida ou de morte desde os remotos milênios da evolução da
espécie. Os sábios sacerdotes sempre estimularam a vida social, a boa vontade,
o altruísmo.
A quarta semana do mês
do Catolicismo mostra o seu papel de controlar e estimular a vida moral das
massas após a queda do papado e da fé. Com a perda do poder político as igrejas
nacionais católicas se subordinam ao poder político de cada país sem romper com
o papa. O tipo principal é Bossuet, chefe de semana, tendo sua biografia no
domingo último dia da semana. O protestantismo é representado pela mais pura de
suas seitas, os quakers, em que a utilidade social é completamente afastada da
ambição mundana.
Notar que em cada
semana deste mês figura uma ou duas mulheres ilustres: a mãe de Santo
Agostinho; Heloisa, com sua ternura e Beatriz; Santa Tereza d´Avila, a sublime
mística espanhola.
Ver em 0520 01 C O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com
todos os grandes tipos humanos do mês.
William Penn (1644-1718) está entre os heróis quakers. Nasceu em
Londres , em 14 de outubro de 1644. Era o filho mais velho, o primogênito, do
famoso almirante Sir William Penn, que serviu no governo de Cromwell e de
Charles II.
Os Quakers ingleses, reunidos na “Sociedade dos Amigos”, formaram uma seita protestante que pregava
a paz e a tolerância. O protestantismo também apresentou, mais tarde, grandes
nomes no pensamento filosófico sistemático, como Bacon e Hobbes, e grandes
estadistas como Guilherme-o-Taciturno e Cromwell.
Os Quakers ingleses confiavam na “luz interior”, para eles
representando a emoção e a razão, pelo Espírito Santo. Proclamavam uma
sociedade cristã e uma paz universal, com uma universal tolerância e dever
fraterno para todos.
Foi expulso da Universidade de Oxford por ser não-conformista. De
acordo com a lei, quem pertencesse a uma religião que não fosse a igreja
oficial Anglicana ou se defendesse a liberdade religiosa era um
não-conformista.
Então o jovem Penn foi mandado viajar. Na volta, serviu na frota
de navios de seu pai, e no exército, na Irlanda, com o duque de Ormond. Manteve
contato com o pregador Quaker que conheceu em Oxford, quando converteu-se à
seita da Sociedade dos Amigos.
Ele tornou-se então orador, secretário e missionário corajoso pela
causa Quaker, tanto na Inglaterra como na Alemanha. Por duas vezes, no início
de seu trabalho sofreu prisão por longo tempo devido a sua fé.
O seu julgamento em 1670, quando tinha 26 anos, ficou célebre na
historia constitucional da Inglaterra por ter resultado no estabelecimento da
imunidade dos jurados. Durante o governo de dois reis, conseguiu colocar sua
pouca influência para generosamente socorrer seus irmãos na fé, então
perseguidos.
William conseguiu, na vida, conciliar uma estranha mas íntima
combinação. Ele foi, ao mesmo tempo, um Quaker e um participante habilidoso da
corte real. Ele era fiel e zeloso, muitas vezes vítima de suas opiniões
religiosas como Quaker e, ao mesmo tempo, era um homem de negócios integrado na
corte do rei, membro da Sociedade Real. Conseguia ser amigo influente de
grandes personalidades de dentro e de fora do governo. Chegou mesmo a ser
confidente do rei católico Jacques II.
A posição pouco comum de William Penn permitiu que prestasse à sua
Sociedade dos Amigos um grande serviço. O novo mundo, a América, era, já, o
abrigo de um grande número de Quakers ingleses, holandeses, suecos e alemães.
A coroa inglesa devia a seu pai uma considerável soma em dinheiro. Penn
recebeu o direito a essa dívida por herança. Ele requereu para que o rei da
Inglaterra convertesse o pagamento numa concessão de território na América
inglesa. A autorização foi dada em 1681 e a área recebeu o nome de
Pennsilvania, em honra a seu pai. William tinha, então, 37 anos.
Penn redigiu uma constituição democrática, traçou o plano da
cidade de Filadélfia “que ama seus
irmãos” e estabeleceu uma grande imigração para seus correligionários. Um
ano depois, ele visitou a colônia como proprietário e governador. Fez com os
índios americanos seu célebre tratado de amizade.
O projeto de William Penn, por ele chamado de “Santa Experiência” foi generosamente pensado e generosamente
executado. E foi em especial por sua tolerância religiosa, ao seu código criminal
de doçura fora do comum e sua política benévola em relação aos índios e aos
negros, embora ainda fosse mantida a escravatura.
A colônia americana prosperou com rapidez. Penn voltou a visitá-la
uma segunda vez em 1699, ficando até 1701, quando voltou à Inglaterra.
Ele morreu em 30 de julho de 1718, aos 74 anos, em
Buckinghamshire, Inglaterra.
AMANHÃ: A filiação histórica no pensamento de Bossuet.
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