domingo, 16 de junho de 2013

0616 C WILLIAM PENN sociedade cristã tolerante de fraternidade universal e de paz

16 DE JUNHO. WILLIAM PENN: lider quaker generoso na religião e na política

WILLIAM PENN
(nasceu em 1644, em Londres; morreu em 1718, em Buckinghamshire, Inglaterra)

LÍDER QUAKER INGLÊS FUNDADOR DA COLÔNIA DA PENNSYLVÂNIA NA AMÉRICA

A regeneração moral com a compressão do egoísmo anti-social

O Catolicismo teve uma ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os violentos guerreiros se tornaram gentis Cavaleiros para a proteção da mulher, dos pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
A doutrina católica pela primeira vez no mundo criou a liberdade de consciência ao obter sem violência o poder sobre o governo político. Essa liberdade nunca existiu antes. Protegeu e aperfeiçoou a sociedade humana. As doutrinas anti-sociais perturbam e levam à morte da própria congregação. Essa é a razão por que a sociedade tem o real poder de vida ou de morte desde os remotos milênios da evolução da espécie. Os sábios sacerdotes sempre estimularam a vida social, a boa vontade, o altruísmo.
A quarta semana do mês do Catolicismo mostra o seu papel de controlar e estimular a vida moral das massas após a queda do papado e da fé. Com a perda do poder político as igrejas nacionais católicas se subordinam ao poder político de cada país sem romper com o papa. O tipo principal é Bossuet, chefe de semana, tendo sua biografia no domingo último dia da semana. O protestantismo é representado pela mais pura de suas seitas, os quakers, em que a utilidade social é completamente afastada da ambição mundana.
Notar que em cada semana deste mês figura uma ou duas mulheres ilustres: a mãe de Santo Agostinho; Heloisa, com sua ternura e Beatriz; Santa Tereza d´Avila, a sublime mística espanhola.

Ver em  0520 01 C  O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.

William Penn (1644-1718) está entre os heróis quakers. Nasceu em Londres , em 14 de outubro de 1644. Era o filho mais velho, o primogênito, do famoso almirante Sir William Penn, que serviu no governo de Cromwell e de Charles II.
Os Quakers ingleses, reunidos na “Sociedade dos Amigos”, formaram uma seita protestante que pregava a paz e a tolerância. O protestantismo também apresentou, mais tarde, grandes nomes no pensamento filosófico sistemático, como Bacon e Hobbes, e grandes estadistas como Guilherme-o-Taciturno e Cromwell.
Os Quakers ingleses confiavam na “luz interior”, para eles representando a emoção e a razão, pelo Espírito Santo. Proclamavam uma sociedade cristã e uma paz universal, com uma universal tolerância e dever fraterno para todos.
Foi expulso da Universidade de Oxford por ser não-conformista. De acordo com a lei, quem pertencesse a uma religião que não fosse a igreja oficial Anglicana ou se defendesse a liberdade religiosa era um não-conformista.
Então o jovem Penn foi mandado viajar. Na volta, serviu na frota de navios de seu pai, e no exército, na Irlanda, com o duque de Ormond. Manteve contato com o pregador Quaker que conheceu em Oxford, quando converteu-se à seita da Sociedade dos Amigos.
Ele tornou-se então orador, secretário e missionário corajoso pela causa Quaker, tanto na Inglaterra como na Alemanha. Por duas vezes, no início de seu trabalho sofreu prisão por longo tempo devido a sua fé.
O seu julgamento em 1670, quando tinha 26 anos, ficou célebre na historia constitucional da Inglaterra por ter resultado no estabelecimento da imunidade dos jurados. Durante o governo de dois reis, conseguiu colocar sua pouca influência para generosamente socorrer seus irmãos na fé, então perseguidos.
William conseguiu, na vida, conciliar uma estranha mas íntima combinação. Ele foi, ao mesmo tempo, um Quaker e um participante habilidoso da corte real. Ele era fiel e zeloso, muitas vezes vítima de suas opiniões religiosas como Quaker e, ao mesmo tempo, era um homem de negócios integrado na corte do rei, membro da Sociedade Real. Conseguia ser amigo influente de grandes personalidades de dentro e de fora do governo. Chegou mesmo a ser confidente do rei católico Jacques II.
A posição pouco comum de William Penn permitiu que prestasse à sua Sociedade dos Amigos um grande serviço. O novo mundo, a América, era, já, o abrigo de um grande número de Quakers ingleses, holandeses, suecos e alemães.
A coroa inglesa devia a seu pai uma considerável soma em dinheiro. Penn recebeu o direito a essa dívida por herança. Ele requereu para que o rei da Inglaterra convertesse o pagamento numa concessão de território na América inglesa. A autorização foi dada em 1681 e a área recebeu o nome de Pennsilvania, em honra a seu pai. William tinha, então, 37 anos.
Penn redigiu uma constituição democrática, traçou o plano da cidade de Filadélfia “que ama seus irmãos” e estabeleceu uma grande imigração para seus correligionários. Um ano depois, ele visitou a colônia como proprietário e governador. Fez com os índios americanos seu célebre tratado de amizade.
O projeto de William Penn, por ele chamado de “Santa Experiência” foi generosamente pensado e generosamente executado. E foi em especial por sua tolerância religiosa, ao seu código criminal de doçura fora do comum e sua política benévola em relação aos índios e aos negros, embora ainda fosse mantida a escravatura.
A colônia americana prosperou com rapidez. Penn voltou a visitá-la uma segunda vez em 1699, ficando até 1701, quando voltou à Inglaterra.
Ele morreu em 30 de julho de 1718, aos 74 anos, em Buckinghamshire, Inglaterra.

AMANHÃ: A filiação histórica no pensamento de Bossuet.


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