sexta-feira, 7 de junho de 2013

0607 C LANFRANC separou os poderes da Igreja e do rei conquistador da Inglaterra

07 DE JUNHO. LANFRANC arcebispo de Canterbury : preciosos serviços ao Catolicismo

LANFRANC
BENEDITINO ARCEBISPO DE CANTERBURY CONSELHEIRO DO REI GUILHERME DA INGLATERRA
(nasceu em 1005 em Pávia, Lombardia, Itália; morreu em 1089, em Canterbury, Kent, Inglaterra)

FUNDADOR DAS ORDENS MONÁSTICAS NO OCIDENTE CIVILIZADORAS
DA EUROPA MEDIEVAL

A regeneração moral com a compressão do egoísmo anti-social

O Catolicismo teve uma ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os violentos guerreiros se tornaram gentis Cavaleiros para a proteção da mulher, dos pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
A doutrina católica pela primeira vez no mundo criou a liberdade de consciência ao obter sem violência o poder sobre o governo político. Essa liberdade nunca existiu antes. Protegeu e aperfeiçoou a sociedade humana. As doutrinas anti-sociais perturbam e levam à morte da própria congregação. Essa é a razão por que a sociedade tem o real poder de vida ou de morte desde os remotos milênios da evolução da espécie. O poder da sociedade é que nos faz viver na família, na pátria e na fraternidade universas de todos os povos.
Nesta terceira semana são indicados os fundadores da vida nos mosteiros, que foi o grande reservatório da força moral durante a primeira parte da idade média. Note-se, pela vida de São Bernardo que preside a semana e pela vida de São Bento que a começa, com que eficácia essa força, desse modo colocada em reserva, foi de fato empregada.
A semana se encerra no domingo, com a biografia de seu tipo mais eminente, São Bernardo, chefe de semana.
Ver em  0521 01 C  O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.


Lanfranc (1005-1089) é contemporâneo de Hildebrando (1020-1085).
Estamos reverenciando os grandes servidores da sociedade na época do apogeu da Igreja Católica. Uma era começa com o papa Hildebrando, que adotou o nome Gregório VII. O papado teve seu tempo áureo desde o governo de Hildebrando (1073-1085) até o seu ponto culminante no pontificado de 1198 a 1216 do papa Inocêncio III (1160-1216).
Lanfranc nasceu em Pávia, na Lombardia. Estudou e praticou a advocacia em sua cidade natal. Na Normandia, em 1039, com 34 anos, estabeleceu uma escola em Avranches. Lecionou ali até 1042, quando entrou para o monastério beneditino em Bec, perto de Ruen. Em 1045 tornou-se o prior. Ali ele fundou uma escola que se tornou conhecida por toda a Europa.
O duque de Normandie, Guilherme, que faria, mais tarde, a conquista de Inglaterra, estava no poder. A Igreja de Roma estava proibindo o casamento de Guilherme com sua prima Matilde de Flandres, que seria contrario aos cânones da religião. O duque enviou Lanfranc como seu embaixador para fazer a paz com o papa. Lanfranc teve sucesso, e em seu retorno, em 1064, o nomeou antecipadamente abade da nova abadia de Santo Etienne em Caen, cuja ereção fora uma das condições de reconciliação com a Igreja de Roma.
Em 1070, Guilherme levou Lanfranc para a Inglaterra para ser o arcebispo de Canterbury. Nesse alto cargo, o segundo mais elevado do reino, que exigia uma alta capacidade de estadista, Lanfranc prestou os mais preciosos serviços ao rei, e à Igreja Católica Romana. Seus contemporâneos sabiam que ninguém suplantava Lanfranc em saber e em autoridade.
Lanfranc conservou a confiança de seu imperioso rei sem ofender seriamente seu soberano espiritual, Hildebrando o papa Gregório VII. Mantendo a paz entre o rei e o papa, ele contribuiu decisivamente para a reforma monástica e eclesiástica de Hildebrando papa e consolidou a união da Inglaterra com a Igreja Romana.
A longa vida de Lanfranc se prolongou até o reinado do sucessor de Guilherme o Conquistador, seu irmão Guilherme II. Lanfranc morreu em 1089, aos 84 anos, em Canterbury, Kent, na Inglaterra.
Lanfranc promoveu uma bem sucedida reforma e reorganização da igreja da Inglaterra. Manteve-se subordinado ao poder do papa, mas assistiu ao rei Guilherme na intenção de dar à igreja inglesa a liberdade espiritual. Com habilidade, protegeu a igreja contra a interferência do próprio rei e de outros poderosos. É o que se chama separar o poder material do poder espiritual.
Sua preocupação foi separar as responsabilidades e poderes do rei, de um lado, e da Igreja Católica do outro. O que resultou na lei que separou os tribunais da igreja dos tribunais seculares, do governo do rei. Mas talvez o maior serviço pessoal que prestou ao rei foi descobrir em 1075 uma conspiração formada contra ele por importantes nobres ingleses.
Ao morrer o rei Guilherme, Lanfranc assegurou a passagem do governo para seu irmão, Guilherme II, colocando as forças inglesas em seu apoio, contra os partidários de outro seu irmão mais velho, o duque de Normandia.
Revendo a historia da organização da igreja medieval, notamos a preocupação permanente com o ensino, aliada à realização de uma religiosidade universal, para todos os povos e todas as raças. E tudo conseguido pela colocação da unidade do comando único religioso na pessoa do papa como pontífice romano, para obter a continuidade e uniformidade no tempo e no espaço. Ou seja, para durar muitos séculos e para o manter por toda a Europa ocidental.
Importante é perceber a instituição da liberdade dos religiosos, educadores, formadores de opinião, em relação ao poder coercitivo do governo político. Essa libertação foi feita na Europa católica pela primeira vez no mundo, na Idade Média. E veio para ficar na civilização industrial de trabalhadores livres em que vivemos.
Para sempre veremos o fracasso da política de controle das consciências pelo Estado, da falta das liberdades, que caracteriza o totalitarismo sempre bárbaro. Com cruéis resultados, com a pobreza, com a fome e a morte de populações inteiras, em conflitos intermináveis.
A solução é simples, de baixo custo: Com a disciplina somente dos atos anti-sociais pelo Estado, mas com plenas liberdades cívicas de opinião, de religião, de reunião, de ensino, como norma para sempre, com o Estado mantendo a liberdade de consciência.

AMANHÃ: Amor sublime e constante: Heloisa.


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