quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

0130 C TIRTEU o poeta inspirou a atividade guerreira sem tomar parte na guerra


30 DE JANEIRO. Tirteu: a arte poética cria o amor à ação guerreira

TIRTEU
Tyrtaeus
(viveu cerca dos anos 650 antes de nossa era em Esparta, na Grécia antiga)

POETA GREGO FAMOSO POR SUAS ELEGIAS E CANTOS DE GUERRA

O Politeísmo Militar Ocidental vence a Teocracia Sacerdotal do Oriente
Na Grécia a arte coordenou a política militar num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado o total poder político e mental da casta hereditária dos sacerdotes das teocracias. O que foi feito pela primeira vez no mundo. Para sempre.
Foi uma guerra entre o politeísmo militar e o politeísmo sacerdotal.
A arte gera emoções, cria visões de progresso, visões do futuro.A arte tem, desse modo, o poder de antever o progresso, de criar novos ideais. É um poder profético natural, criado por humanos.
Nesta semana são consagrados os poetas líricos e trágicos da Grécia, num período de mais de 1300 anos. A semana tem como chefe Ésquilo, que a termina.
Ver em 0129-01 C Quadro do Mês de Homero, a Poesia Antiga,
com os grandes tipos representantes do mês.

ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade,
preparando a civilização do futuro.


TIRTEU (cerca dos anos 650 antes de Cristo) foi o poeta grego que se tornou famoso por seus cantos de guerra. Ficou mesmo figurando como um poeta que, junto com Homero, “entregou o coração do homem à guerra”.
Os fatos da vida de Tirteu não são conhecidos, como sua origem, como e onde se formou, sua evolução na arte da poesia. A tradição dos gregos relata que ele teria nascido em Aphidnéia, que era um dos bairros de Atenas e se diz que viveu no tempo da revolta dos povos da Messênia contra Esparta.
Os danos e o descontentamento com os ataques da Messênia contra a Esparta se tornaram tão frequentes que os espartanos decidiram consultar o Oráculo de Delphos sobre os modos de acabar com esses saques. O Oráculo lhes mandou que procurasse um chefe que fosse de Atenas.
O ateniense escolhido foi Tirteu. As narrativas anteriores diziam que Tirteu tinha sido um professor indeciso, não acostumado aos trabalhos da guerra. Mas Tirteu seria capaz de dar aos espartanos aquilo que mais eles precisavam: a excitação da poesia e da música. Ele em Esparta escreveu cantos de guerra e elegias. Com seus poemas, incentivou os espartanos, que obtiveram a vitória na segunda guerra de Messênia.
Inspirados pelos cantos de guerra os espartanos se puseram em campo e venceram. E foi a Tirteu que os espartanos atribuíram a sua completa vitória.
Tirteu se tornou assim, um bom exemplo do poder do pensamento sobre a atividade prática. Em outras palavras, Tirteu demonstrou o valor da teoria, da formação das opiniões, no resultado final da ação prática. Foi a comprovação da importante afirmação de que o pensamento comanda a vida, a filosofia comanda o mundo. E do alto valor do mestre, do professor, do sacerdote na visão do mundo e na orientação da atividade prática.
Tirteu foi mandado a Esparta pela autoridade religiosa do Oráculo de Delphos. Os oráculos eram instituições antigas dos sacerdotes da Teocracia oriental, que permaneceram na Grécia mesmo depois que a casta sacerdotal tinha sido dominada pelos militares.
Tirteu inspirou e manteve o apoio da atividade guerreira embora que ele mesmo, um homem despreparado, não pudesse tomar parte na batalha.
Alguns fragmentos inflamados que nos ficaram de seus poemas justificam a estima que seus versos receberam dos gregos. Os versos de Tirteu combinam a exortação à coragem e à disciplina pessoal com a memória das vitórias passadas e a certeza das futuras vitórias.
Esses versos mostram toda a força da poesia como estimulante de ações corajosas e de nobres sentimentos.


AMANHÃ: Os alegres versos líricos de Anacreonte.

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