terça-feira, 29 de janeiro de 2013

0129 02 C HOMERO o poder dos objetos feitiços passam a ser de deuses humanizados


29 DE JANEIRO: O mês de Homero da Poesia Antiga.

Na Grécia a arte coordenou a política num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado o total poder político e mental da casta hereditária e secreta dos sacerdotes das teocracias.
A arte gera emoções, cria visões de progresso, visões do futuro.
A arte tem, desse modo, o poder de antever o progresso, de criar novos ideais. É um poder profético natural, criado por humanos. Mas não é a profecia sobrenatural mágica, dos antigos.
Até a civilização da Grécia antiga só havia grandes impérios religiosos. Eram regimes teocráticos. Ao evoluir do feiticismo primitivo, a sociedade humana passou primeiro à adoração dos astros e depois à adoração dos deuses. A importante classe teórica dos sacerdotes foi criada para a interpretação dos poderes divinos. Essa classe por todo o planeta toma o poder político com o seu valor divino, oráculos que eram do infinito poder dos deuses. Foi a criação da religião mais estável e mais completa. Os sacerdotes dominavam os militares, que eram enviados para missões de conquista no estrangeiro.
Na Grécia a arte coordenou a política num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado o total poder político e mental da casta hereditária e secreta dos sacerdotes das teocracias. Devido ao seu território acidentado, os militares dominaram os sacerdotes, assumindo o poder político pela força. Os artistas e pensadores assumiram as funções de ensino e opinião.
A civilização militar da Grécia e de Roma foi criada nas ilhas gregas e nas costas próximas do Mar Mediterrâneo. E foram os artistas que sistematizaram as crenças, que deram o ideal de heroísmo, glorificaram a guerra e foram as artes que criaram os tipos de coragem, de beleza e de sabedoria.


HOMERO
O MÊS DA POESIA ANTIGA
HOMERO, Homer
(viveu entre os anos 800 e os anos 700 antes de nossa era, na Jônia, Ásia Menor)

MAIOR DOS POETAS ANTIGOS MESTRE RELIGIOSO FAZ A UNIDADE SOCIAL DOS GREGOS

Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

A POESIA ANTIGA. A Teocracia foi em seu tempo a primeira forma religiosa que reuniu as famílias agrupadas em clãs para formar uma civilização com grande população e notável força e riqueza. A primeira religião do homem, o Feiticismo, Fetichismo ou Feitiçaria, com a adoração das coisas como se fossem seres vivos, não tinha inicialmente necessidade de intérpretes religiosos, que passou a ser a classe dos sacerdotes, dos que formam as opinião, os professores. As crenças individuais e de cada família, com fetiches que protegiam o indivíduo ou o grupo doméstico, sob a chefia prática do pai e a orientação moral da mãe, com seus serviços do lar.
Somente quando a população atinge uma idade mental que permite a formação da ABSTRAÇÃO e só então é que os povos conseguem pensar nas qualidades teóricas ou abstratas. O que permite o raciocínio abstrato, necessário para que formassem a idéia de cada deus e de seus poderosos atributos. Na infância, essa idade se situa após os 7 anos de idade, que é o fim da infância. Pode-se dizer, então, que, ao criar seus primeiros deuses no Politeísmo Teocrático, a humanidade começa a ser capaz de raciocinar abstratamente.
Os deuses do Politeísmo nasceram a partir da adoração dos astros como fetiches maiores, no fetichismo astrolátrico. Essa é a razão de terem os deuses os mesmos nomes dos astros, como Vênus, Marte, Netuno, Júpiter. Só podem inventar deuses os povos que sabem abstrair ou tirar das coisas as suas qualidades, em teoria. E os magos, feiticeiros, pajés, xamãs, bruxos ou sacerdotes só então se tornaram necessários, para interpretar a vontade dos astros ou dos deuses que lá moravam, como novos poderes mágicos.
Os sacerdotes na Teocracia do Politeísmo formavam a mais elevada CASTA da sociedade, detendo o poder político que se chama de poder TEMPORAL. Possuíam ao mesmo tempo o poder da formação da opinião, pelo ensino e pela consagração, o que se chama de poder ESPIRITUAL. Os guerreiros na Teocracia ficaram subordinados aos sacerdotes. Os artistas se formavam dentro da casta dos padres, sendo todos anônimos, na classe sagrada e hermética. Nós não temos os seus nomes.
A Grécia antiga pela primeira vez no mundo venceu com seu Politeísmo Militar, o regime extremamente conservador da Teocracia, quando os guerreiros passaram a dominar a casta sacerdotal.
Foi um passo muito importante na redução progressiva do poder mental e moral das crenças sobrenaturais sobre os humanos. A divulgação das narrativas religiosas passou a ser feita sempre pelos artistas, que se tornaram os comunicadores da época. Eles se mostram nos grandes poetas da Grécia antiga, que passam a ser conhecidos. Eles explicavam e pregavam a doutrina do Politeísmo Militar, formando a fonte de ensino intelectual, moral e até das noções práticas. Substituíram dessa forma a casta sacerdotal teocrática secreta e anônima. Asseguravam a efetiva realização do objetivo de todas as religiões: o ensino e a consagração da população, promovendo a unidade de pensamento e da ação. As religiões ligam o indivíduo em sua coerência pessoal mental e religam a pessoa ao grupo, realizando a unidade da coletividade.
Na Grécia, a poesia de Homero foi o símbolo da unidade helênica da nação de guerreiros. Os seus dois poemas fizeram dele o autor de maior influência, fornecendo a base da educação e da cultura grega, formando o núcleo da educação humana no Império Romano e na civilização cristã que se seguiu.
HOMERO (entre 800 e 700 antes de Cristo).  Permaneceu por muitos séculos o nome de Homero como o maior e mais típico da poesia antiga bem como do conjunto da arte antiga. São muitos os motivos: Homero é o maior representante da poesia primitiva pré-literária; A Ilíada e a Odisséia são os tipos de poesia épica formando a poesia mais nobre e pura que o mundo já viu; Homero é a fonte mais importante do conhecimento que temos da existência e da mentalidade da Grécia primitiva; Homero é o principal fator do progresso intelectual na Grécia, o tipo e o modelo da arte e do caráter dos gregos.
A civilização descrita pelos poemas de Homero não era totalmente pura ficção. A visão principal da sociedade grega se baseia nos fatos reais, mas os detalhes são poeticamente imaginários em grande parte. Essa poesia épica até certo ponto pode ser considerada como documento histórico, como mostrado por pesquisas arqueológicas nos últimos 150 anos.
Na época provável da criação da poesia homérica uma classe de cantores ou menestréis errantes recitava as histórias dos tempos passados. Alguns eram poetas criadores; outros repetiram os cantos conhecidos e faziam adaptações. A unidade dos poemas nos faz crer que um desses bardos criou a história do núcleo da poesia e esse grande bardo foi chamado de Homero. A poesia mostra os tipos humanos verdadeiros, com seus traços claros e característicos.
Na apresentação dos deuses gregos, na sua teologia, Homero deixa ver os antigos fetiches como a terra, o sol, o mar, substituídos pelos tipos posteriores perfeitamente humanos, como Júpiter, Apolo, Afrodite ou Poseidon que os gregos colocavam como seus deuses.
Homero nos fornece a chave para entrar no mundo grego: seu ideal religioso e moral domina todas as concepções que ele descreve.

AMANHÃ: Tirteu, a inspiração poética para a ação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário