segunda-feira, 23 de abril de 2012

0422 02 B CÉSAR a unificação da Europa com paz civilizadora

22 DE ABRIL. César: a Civilização Militar e o Senado sem poder.

5º mês do Calendário Filosófico

CÉSAR
Gaius Julius César, Caio Júlio César
(nasceu no ano 100 antes da nossa, era em Roma; morreu no ano 44, em Roma)

GENERAL ROMANO CRIADOR DO IMPÉRIO NÃO HEREDITÁRIO DE SUCESSÃO PELO MÉRITO

A CIVILIZAÇÃO MILITAR
Paz, Cultura e Cooperação

Os guerreiros e estadistas da Grécia antiga, de Roma e de Cartago são lembrados no quinto mês do calendário histórico-filosófico. São os representantes principais da civilização militar. Mudaram a forma da vida social do modo oriental, teocrático, para os costumes da vida ocidental, mais liberal, com uma vida mais laica, mais humana, ainda com mitologia, mas menos cruel. Os pequenos países viviam em continuada luta contra os visinhos, no ataque e em sua defesa, sempre procurando fazer a conquista. Foi Roma com suas qualidades que conseguiu a conquista de todo o continente europeu, incorporando por longos séculos os pequenos povos num império de paz e cooperação. O resultado foi pela primeira vez  uma paz de longa duração num território de grande extensão. Implantou nos povos do Ocidente uma unidade que permanece para sempre; deu-lhes a todos a cultura greco-romana; criou as condições para uma civilização homogênea, a ter mais tarde um religião universal, comum a todo o continente.
A primeira semana comemora a obra política e militar da Grécia antiga que repeliu os ataques da teocracia persa de forma permanente, defendendo a nossa civilização ocidental. A semana se encerra no domingo com Temístocles, o seu representante principal.

Ver o Quadro 0422 01 B do mês de César  a Civilização Militar que mostra os grandes homens representantes da criação de um continente europeu unido e em paz.



JULIO CÉSAR, general e estadista romano, o homem que lançou o governo de comando único pessoal do império de Roma, um governo em que a sucessão da maior autoridade era feita por escolha do mérito, não por sucessão hereditária, sendo um governo vitalício, até a morte. O senado ficou para sempre apenas consultivo, sem poder. O império romano foi, portanto, um presidencialismo sem parlamento, vitalício, com sucessão por indicação do governante que se retira. O império romano, não hereditário, nos dá uma lição como funciona um governo com unidade de comando e com apoio popular.
O imperador César, mesmo sendo nascido de família aristocrática, sempre esteve no partido popular. Ele recebeu sempre a simpatia do povo e ganhou grande popularidade. César foi um homem extraordinário e um dos mais importantes tipos humanos. Foi um homem sofisticado, um bom escritor, bom historiador, um intelectual e um orador dos melhores, competindo em igualdade com Cícero, um dos maiores oradores de Roma. E, ao lado desses valores, foi um dos mais temidos e vitoriosos guerreiros. Sua grande simpatia pessoal recebia a lealdade de todos, homens e mulheres, e conseguia apoio tanto nas reuniões políticas como recebeu a lealdade de seus soldados.
César reuniu uma inteligência sem igual a uma vontade forte, decidida, sem hesitação. Sua constante e merecida ambição recebeu uma realização constante e resoluta. Ao lado dessas qualidades possuía um profundo conhecimento de si mesmo, de seus amigos e de seus adversários, tomando assim a completa visão da situação política da época. Assim tornou-se um grande e vitorioso general e um tipo humano dos mais admirados.
A civilização mais adiantada dos tempos mais recentes se desenvolveu na Europa do ocidente, com países como a Itália, a França, a Espanha e Inglaterra. Foi a Europa que deixou de fazer guerra entre seus povos, com a pacificação feita pelos romanos, depois educada pela fé do Catolicismo de Roma. Hoje, essa cultura ocidental mais avançada se expande por todo o planeta, formando a irresistível globalização. A globalização é a tendência do predomínio do conhecimento da Europa ocidental e do modo de vida da civilização da indústria e da paz.
Na série formada pelas mais adiantadas populações, foi a Grécia militarizada que limitou e depois dominou a expansão da teocracia da Pérsia sobre a Europa. Foi por meio de lutas sangrentas que os gregos afastaram e venceram os exércitos persas. A produção do saber, livre da casta dos sacerdotes, conseguiu se desenvolver com liberdade, democraticamente, difundindo o conhecimento a todos, na sociedade. O conhecimento na fase teocrática era fechado, hermético, mantido em sociedade secreta, dentro da casta dos sacerdotes teocratas, que dominavam os militares.
Se os exércitos da teocracia tivessem vencido os gregos, nós teríamos parado a evolução da sociedade por muitos anos ou séculos, e não haveria lugar para a Roma, também um poder não teocrático, em que o governo ficou com os militares e não com os sacerdotes, como na Pérsia, na Babilônia e no Egito. A derrota da teocracia é um fato importante na evolução das religiões, marcando a redução do poder absoluto da religião e do poder político do politeísmo. Em seguida a religião do politeísmo daria lugar para a chegada do monoteísmo. O poder e o número dos deuses se reduz a apenas um.
Em época muito mais antiga, a evolução feita com o desenvolvimento do politeísmo foi também uma redução das entidades sobrenaturais. Já que antes, na fase da magia, da idolatria, todos os corpos tinham poderes mágicos, divinos. Então, os corpos, as coisas, deixaram de ter poderes divinos e só os deuses, em menor número, passaram a ser a referência divina, com vontade e poder sobre tudo. Eram muitos deuses, mas em menor número, já que todas as coisas passaram a ser inertes, sem poder, não eram tidos com o poder dos deuses.
Se lembrarmos essa longa evolução da sociedade humana, notaremos como foi feito esse enorme saber que nós recebemos de nossos antepassados. Como foi que se fez o avanço do pensamento, desde a feitiçaria antiga, do feiticismo ou fetichismo, passando pelo politeísmo, pelo monoteísmo, até chegar a nossos dias? Foi pelo pensamento, que juntamos, pouco a pouco, até chegarmos aos nossos dias. Um conhecimento que foi conservado e ensinado pelos sacerdotes das diversas religiões. O saber que hoje divulgamos e que desenvolvemos ainda mais, um saber que não para de crescer.
Essa é a bela história da família humana em sua admirável evolução. A história da nossa família.


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