segunda-feira, 23 de abril de 2012

0420 B PLUTARCO a natureza humana em obras imortais de valor permanente

20 DE ABRIL. Plutarco: moralista sacerdote de Apolo e suas muitas vidas descritas

PLUTARCO
Plutarque, Plutarch, Plutarchos em grego, Plutarchus em latim(nasceu no ano 46 da nossa era, em Chaeronea, Boécia, na Grécia; morreu no ano 120)

ESCRITOR GREGO FAMOSO COMO BIÓGRAFO DE PESSOAS ILUSTRES

AS BASES DA CIÊNCIA
O início do estudo ABSTRATO nas ciências foi realizado pela primeira vez no mundo pelos gregos. Outros já tinham feito a medição dos campos, dos terrenos e já tinham calculado as dimensões da pedras para a construção de seus templos. Mas só com Tales e aqueles que o sucederam os gregos tiveram o mérito de, por meio e sua imaginação, retirar, por abstração, as linhas e os ângulos que formam os objetos. Linhas e ângulos são propriedades percebidas pelos sentidos, não são objetos que existam na natureza ou coisas que se possam fabricar: são abstrações.
Os romanos conservaram as descobertas dos gregos e aplicaram-nas à ação prática. Estavam empenhados na construção de uma grande pátria, que usou sua força e extraordinária habilidade para pacificar as diversas tribos brancas selvagens da Europa. O Império Romano tornou o continente europeu homogêneo e pacífico. As obras de engenharia de notável complexidade foram realizadas com o uso do saber teórico desenvolvido pelos gregos.

A quarta e última semana do mês de Arquimedes apresenta a comemoração dos tipos humanos, principalmente romanos, que, sem fazer descobertas científicas, aplicaram as ciências às artes da vida e prepararam os conhecimentos necessários aos pensadores do futuro. Os pesquisadores que desenvolveram a ciência moderna. Plínio o Velho é o representante principal desses homens, entre os quais se vêem autores de tratados sobre agricultura, arquitetura e geografia. Plínio é o chefe de semana, no domingo que a termina.

Ver o Quadro 0325 01 B do mês de Arquimedes  Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes da criação dos fundamentos do conhecimento científico na antiguidade.


PLUTARCO não deixou sua biografia, ele que escreveu a mais célebre coleção de biografias antigas. Ele nasceu na Grécia e recebeu uma excelente educação geral e viajou pelo Egito, onde estudou. Viajou também pela Itália e residiu algum tempo em Roma, onde estudou e ensinou.
Plutarco foi um homem de letras, um grego de província. Voltando de suas viagens, escreveu obras volumosas, consagrou-se aos problemas locais, ao seu ofício de religioso em Delfos, como sacerdote de Apolo e à composição de suas famosas VIDAS PARALELAS de homens ilustres. Mas o maior de todos os biógrafos não deixou sua própria biografia, uma autobiografia.
Apesar disso, conhecemos bem o caráter de Plutarco como um moralista honesto da antiga escola, bem educado, sincero e justo. Era um mestre consumado na arte de traçar o retrato vivo de alguém, junto com uma moral pura, simples, humana. Era um politeísta religioso esclarecido e piedoso, com certa inclinação para o monoteísmo ao modo do neo-platonismo, imaginando realizar um plano trabalhosamente concebido de moral prática.
Os trabalhos de Plutarco sobre a moral, MORALIA, são pinturas as mais preciosas que nós possuímos dos costumes e dos pensamentos antigos. Outra obra ainda mais importante foram as VIDAS PARALELAS, com estudo de caracteres de gregos e de romanos ilustres, comparados em duplas, desde Teseu até o tempo do autor. As VIDAS eram 50, das quais 14 foram perdidas, infelizmente entre elas estando as vidas de Epaminondas, de Cipião e dos primeiros imperadores romanos, os primeiros Césares.
As biografias de Plutarco observam os caracteres de cada pessoa no aspecto moral, sendo descrições da natureza humana e não de acontecimentos históricos. É importante notar que Plutarco, que se mostrou um sábio no conhecimento da moral e da religião, e que escreveu 100 anos depois do Cristo, parece não ter ouvido jamais falar do cristianismo.
A grande coleção de Plutarco, as VIDAS PARALELAS foram muito apreciadas na Europa, chegando a dar até certa inspiração ao movimento revolucionário moderno. As VIDAS de Plutarco obra tem sua leitura recomendada até os nossos dias. Shakespeare se serviu dela como manual orientador para suas peças de teatro como Coriolano, Júlio César e Antônio e Cleópatra. E foi sempre considerada como das mais preciosas descrições dos tempos antigos.
As VIDAS de Plutarco exerceram uma grande influência na formação das idéias das sucessivas gerações, sendo muito lidas universalmente. Embora não sendo nem históricas nem filosóficas, essa obra de Plutarco permanece para o grande público a fonte de todos os conhecimentos práticos sobre a mentalidade das antigas eras.
As descrições da natureza humana feitas por Plutarco numa época de civilização militar são consideradas imortais, como são imortais as obras de valor permanente.


AMANHÃ: A grande enciclopédia de Plínio o Velho.


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