segunda-feira, 10 de outubro de 2011

1010 SÃO BOAVENTURA

1010 SÃO BOAVENTURA

10 DE OUTUBRO. São Boaventura:: A felicidade religiosa se mostra no prazer espiritual.

SÃO BOAVENTURA
Giovanni Fidanza, Doctor Seraphicus, Sábio Devoto
(nasceu em 1221, em Bagnoreal, Viterbo, Itália; morreu em 1274, em Lyon, França)

FRADE FRANCISCANO, GERAL DA ORDEM, DOUTOR DA IGREJA, FILÓSOFO DO AMOR

Maiores figuras humanas na faculdade criadora para o melhoramento da vida humana
depois da Idade Média, pelo conhecimento que prepara a nova civilização industrial moderna.

GIOVANNI FIDANZA, conhecido pelo nome de Boaventura, nasceu perto de Viterbo, na Itália, em 1221. Ele entrou para a Ordem de S.Francisco de Assis em 1242, mas já havia estudado em Paris com Alexandre de Hales e depois com La Rochelle, professor de teologia em Paris. Em 1253 ele substituiu La Rochelle.
Nessa época as Ordens Franciscanas e Dominicanas estavam violentamente atacadas por Guilherme de Saint-Amour, professor na Universidade da Sorbone e por outros membros do clero secular. As Ordens foram defendidas pelo papa Alexandre IV, que consultou Tomàs de Aquino e Boaventura. Foram condenados os escritos heréticos, com o cuidado de recomendar a moderação dos seus excessos.
Em 1256 Boaventura foi eleito o Geral da Ordem Franciscana, o seu caráter doce e moderado muito fez para reduzir as controvérsias. Em 1273 ele foi feito Cardeal e, em 1274, assistiu, com Tomás de Aquino outros doutores da Igreja, ao Concílio de Lyon, que tentou reunir a igreja grega e a latina. Poucos dias depois do Concílio, Boaventura morreu, sendo enterrado em Lyon na igreja de sua Ordem.
Boaventura é conhecido entre os pensadores escolásticos como o “Doctor Seraphicus”, por seus textos ardentes de fé e amor. Compôs muitas obras místicas, como o Diálogo de Deus com o espírito, o Caminho do espírito para Deus.
Ele foi mais adepto da filosofia de Platão do que da filosofia de Aristóteles. A característica principal de sua filosofia consiste em que o amor é sempre o princípio, o modo, com a ajuda do qual o espírito se eleva à mais elevada verdade. Essa a superioridade do ensino cristão sobre aquele dos melhores filósofos gregos. Para os gregos, a virtude estava no meio entre dois vícios opostos, o objeto da virtude era, portanto, finito, limitado. Mas o amor não tem tais limites, seu destino sendo infinito.
Gerson, o erudito e devoto chanceler da Universidade de Paris escreve, a respeito das obras de Boaventura:
“Ao meu modo de ver, entre todos os doutores católicos, Boaventura é aquele que mais educa a inteligência e acende ao mesmo tempo a emoção. Seus textos estão escritos com tanta arte, força e concisão que nenhum outro escrito pode superá-los.”
No Canto 12º do Paraíso de Dante o franciscano Boaventura celebra a grandeza de São Domingos e Tomás de Aquino, o dominicano, faz o destaque de São Francisco de Assis.
A pureza e a inocência de Boaventura era tão visível que seu professor Alexandre de Hales afirmava que parecia que ele não tivera o pecado original de Adão. O rosto de Boaventura refletia a alegria, o prazer, fruto da paz em que sua mente vivia.  Ele disse que “o gozo espiritual é o melhor sinal de que a felicidade religiosa habita sua pessoa”.

AMANHÃ: Não basta falar sobre o pensamento, aprende-se a pensar, pensando: Ramus.

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