terça-feira, 4 de outubro de 2011

1004 BEETHOVEN a potência de um gênio musical

04 DE OUTUBRO. Beethoven: O que há de maior e mais belo em música.

BEETHOVEN
Ludwig van Beethoven
(nasceu em 1770, em Bonn; morreu em 1827, em Viena, Áustria)

GÊNIO UNIVERSAL MAIOR COMPOSITOR DE TODOS OS TEMPOS

A civilização moderna, após o fim da Idade Média, com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, criou uma grande variedade na atividade humana, pela liberdade do servo da gleba do feudo, liberdade do trabalhador, do povo, com o desenvolvimento da indústria e do comércio.
Criou também a saída das artes de dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito.
O domínio das artes de linguagem, da Estética, teve na modernidade um grande desenvolvimento, gerando um número maior de grandes artistas do que na antiguidade.
O mundo antigo era a muitos respeitos mais favorável do que a modernidade à produção da grande poesia. A sociedade era mais homogênea e mais harmoniosa em sua constituição, também mais estável e mais regular em seu movimento.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução, ao passar de uma civilização medieval para uma civilização científica e industrial. A diversidade infinita de atividade social, os conflitos e alterações incessantes da vida estimulam a originalidade mental, mas não são favoráveis à perfeição da criação artística.
Mas, apesar do clima de revolta, triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico independente. É o sinal da potente capacidade da natureza humana para criar e produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de obras artísticas
Nesta quarta semana estão também lembrados os autores que fizeram a ligação da música com o teatro, bem como os grandes mestres desde Palestrina até Rossini. São, assim, mostrados nomes de Palestrina, Hendel e Beethoven. A semana é chefiada por Mozart, no domingo que a encerra.

Ver em 0910 1 O Quadro do Mês de Shakespeare, O Drama Moderno, com os grandes tipos representantes da evolução social do mês.

BEETHOVEN, poderoso fundador da escola moderna da música orquestral, nasceu em família belga estabelecida por duas gerações na Alemanha. Seu avô e seu pai foram, os dois, músicos em Colônia, na Alemanha.
Ludwig van Beethoven nasceu nessa cidade, em dezembro de 1770. Ele teve uma juventude de pobreza e de privações. Logo deu sinais de seu gênio musical e aos 15 anos foi nomeado como organista-adjunto do coro na igreja da cidade.
Um irmão do imperador Joseph II lhe ofereceu uma viagem a Viena aos 17 anos, quando ele recebeu lições de Mozart. Aos 22 anos, com 1792, o conde de Waldstein o colocou sob sua proteção e o enviou para Viena. Lá ele viveu e trabalhou por 35 anos, morrendo em 1827 na idade de 57 anos.
A sua obra Opus I foi feita em Viena em 1795. Poucos anos depois, sua surdez começou, como resultado de um mal desconhecido, que tornou amarga a vida do compositor, o separou da sociedade e dos prazeres de sua arte.
O período de sua principais obras-primas vai de 1800 a 1814. Durante esse tempo ele produziu Fidelio, sua única ópera e suas sinfonias principais, salvo a grande Sinfonia com coro, que é posterior.
A crítica faz a avaliação da obra de Beethoven. Suas composições em número de 138 compreendem todas as formas da música vocal e instrumental, da sonata até a sinfonia, da mais simples canção até a ópera e o oratório. Em cada uma dessas formas, ele mostra a profundidade de seu sentimento, a potência de seu gênio; ele atinge, em qualquer delas, uma grandeza que nunca foi atingida, seja antes, seja depois dele.
A tradição conta que nunca gostou das brincadeiras de criança nem teve companheiros de infância. No entanto, mais tarde, ele se mostrou dado ao cômico e suas amizades, vivas e duráveis, são um dos traços de sua personalidade.
Como executante ele era um maravilhoso improvisador, faculdade que contrasta estranhamente com o desenvolvimento lento e gradual de seu pensamento musical.
A falta de equilíbrio de seu espírito foi provavelmente devida à sua educação irregular e parcial. Ele era generoso e impulsivo até o extremo e era também desconfiado e vingativo. Era capaz de esquecer de si mesmo em favor daqueles que ele amava, mas estava pronto a renunciar à sua amizade mesmo por um motivo fútil.
O tormento de uma surdez crescente assombrou a vida de Beethoven durante muitos anos, antes que ele tivesse perdido totalmente o sentido da audição e sofresse uma grande mudança no seu pensamento musical.
Uma tendência a exprimir na música o que ele não podia mais realizar, como se uma sensação de sons que chegasse aos seus ouvidos. A confusão, a discordância, a rudez se mostram muitas vezes em suas composições, no lugar da beleza e da simetria dos primeiros tempos.
Mas, se suas últimas obras possuem a marca de seu isolamento mental e de seu sofrimento, elas são cheias também desses nobres traços que fizeram o nome de Beethoven o sinônimo do que há de maior e mais belo na arte musical.


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