quinta-feira, 28 de abril de 2011

0428 FÓCION

0428 FÓCION

28 DE ABRIL Fócion:  o estadista ateniense amante da paz.
FÓCION
Phocion
(nasceu no ano 402 antes da nossa era; morreu no ano 319)
ESTADISTA E MILITAR ATENIENSE AMANTE DA PAZ
GRANDE DEFENSOR DA GRÉCIA

Os guerreiros e estadistas da Grécia antiga, de Roma e de Cartago são lembrados no quinto mês do calendário histórico-filosófico. São os representantes principais da civilização militar. Mudaram a forma da vida social do modo oriental, teocrático, para os costumes da vida ocidental, mais liberal, com uma vida mais laica, mais humana, ainda com mitologia, mas menos cruel. Os pequenos países viviam em continuada luta contra os visinhos, no ataque e em sua própria defesa, sempre procurando fazer a conquista. Foi Roma com suas qualidades que conseguiu a conquista de todo o continente europeu, incorporando por longos séculos os pequenos povos num império de paz e de cooperação. O resultado foi pela primeira vez uma paz de longa duração num território de grande extensão. Implantou nos povos do Ocidente uma unidade que permaneceu para sempre; deu-lhes a todos a cultura greco-romana; criou as condições para uma civilização homogênea, a ter mais tarde um religião universal, comum a todo o continente.
A primeira semana comemora a obra política e militar da Grécia antiga que repeliu os ataques da teocracia persa de forma permanente, defendendo a nossa civilização ocidental. A semana se encerra no domingo com Temístocles, o seu representante principal.


Phocion foi aluno na Academia de Platão. Mais tarde, foi muito amigo do filosofo platônico Xenocrates. Phocion teve uma longa vida, com numerosos e corajosos serviços prestados.
Phocion tinha uma expressão facial impassível, imperturbável. Nunca era visto alegre ou triste. No exército ele marchava descalço e sem agasalhos, a não ser em dias muito frios de inverno..
Era gentil e bondoso, sempre com o rosto rígido e sério. Sua fala era curta e direta ao ponto, no estilo de espartano, com poucas palavras, conciso. Aquilo que ele dissesse era sempre com muito bom senso.
Zeno disse que um filósofo não deveria falar a não ser que suas palavras estivessem bem cheias de significado. Assim era o modo de falar de Phocion.
Phocion falava bem. Mas, na época, Demóstenes era tido como o maior orador. Mas Phocion era o orador mais poderoso.
Na mocidade, ele serviu como o tenente do general Chabrias, de Atenas. Por seus serviços, tornou-se um oficial indispensável. Phocion participou de muitas campanhas nas guerras internas na Grécia e na Pérsia.
Destacou-se como militar, dirigindo várias ações como general no comando, mostrando extraordinária habilidade estratégica e tática.
Alexandre o Grande, da Macedônia, pediu certa vez o conselho de Phocion. Phocion lhe disse que Alexandre deveria procurar a paz. Mas, se seu desejo fosse a gloria, então ele deveria fazer a guerra, não dentro da Grécia, mas contra os bárbaros, contra os persas. Foi atendido com respeito.
Entre os anos 322 e 318 dirigiu o governo de Atenas com moderação e com reconhecida honestidade pessoal. Em 319 ele foi deposto, acusado de traição e executado por envenenamento por revoltados na luta pela restauração da democracia. A morte foi sem sepultura ou cremação.
Pouco tempo depois, os atenienses decretaram seu sepultamento oficial e a ereção de uma estatua em sua honra.
 Em política, a Grécia antiga mostrava uma turbulência desenfreada, como decorrência da falta de um objetivo comum das cidades-estados da Grécia.
O resultado foi que demagogos, exploradores medíocres do povo, tomavam o poder. O governo só passava para mãos competentes em situações de grande perigo. Nas horas de incerteza é que se pode notar a desordem política que havia, pela ingratidão das decisões da multidão desgovernada, na nova democracia grega. Os melhores servidores recebiam da desordem geral, muitas vezes, a humilhação e até a morte sem direito a defesa.
O ostracismo, que, em Atenas, fazia o desterro por dez anos dos cidadãos influentes, mostra como foram desregrados e confusos os costumes na democracia populista e demagógica na Grécia.
Famosos foram os casos dos assassinatos de Sócrates e de Phocion, importantes e respeitáveis figuras da guerra, da cultura e da política.
A falta de gratidão do povo sem governo e a desordem política na Grécia antiga, nos leva a admirar muito mais os grandes e notáveis chefes, que, voluntariamente, se dedicaram ao serviço de todo o povo grego e colaborando na longa evolução da sociedade humana.
Esse devotamento, essa dedicação, é uma comprovação histórica de serem os homens dotados, por sua natureza, de bons sentimentos, de afeição ao conjunto da sociedade humana.
O sentimento da associação humana é o verdadeiro motor da história. Esse sentimento é o altruísmo, inato nos humanos.
A constante dedicação ao progresso da sociedade dos homens foi quase sempre feita sem interesse, sem esperar qualquer recompensa oferecida pelos deuses. A recompensa consistia somente no prazer de servir. No prazer decorrente do sentimento social, decorrente do altruísmo.


AMANHÃ: Temístocles mestre da estratégia grega.


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