sábado, 25 de junho de 2016

0627 B MARINA princesa nativa maya interprete poliglota dos conquistadores

27 DE JUNHO. MARINA: gênio e simpatia vence a opressão dos conquistadores

MARINA
Doña Marina, La Malinche, Malintzin
(nasceu em 1496; morreu em 1529)

PRINCESA INCA ESCRAVA INTÉRPRETE E CONSELHEIRA NA CONQUISTA DO MÉXICO

As grandes contribuições da Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana
A Civilização Feudal realizou a tarefa principal ao estabelecer:
1. A guerra defensiva;
2. A organização local em cada região;
3. Suprimiu a escravidão geral na população, fundou o trabalho livre com a libertação completa do trabalhador resultando na importante organização permanente do sistema econômico do capitalismo.

Neste mês são consagrados os nomes que representam a guerra para a defesa da Europa e que fundaram as instituições locais, trabalhando para organizar cada nova nação européia.
Foram nove séculos de avanços e recuos, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com muito heroísmo e uma dedicação admirável resultando em notável progresso político, econômico, filosófico e moral.

Nesta segunda semana o tipo principal é Godofredo de Bouillon, herói da primeira cruzada. Sua biografia está no domingo que termina a semana.

Ver em   0617 01 B   O QUADRO DO MÊS DE CARLOS MAGNO A CIVILIZAÇÃO FEUDAL, com seu resultado geral e todos os grandes tipos humanos do mês.


MARINA (1496-1529)
A história da jovem princesa inca exige sua compreensão sociológica. No seu julgamento é necessário que se leve em conta a etapa da evolução da população em que se desenrolaram os fatos, no começo dos anos 1500, século XIV.
A civilização européia começava a revolução moderna, a partir dos anos 1300, com a queda do feudalismo na política e a secularização com a queda do poder moral do papado e da religião cristã que dirigiu o ensino e a cultura durante os anteriores 1000 anos.
A secularização provocou a alteração nos profundos valores e na referência que orienta os usos e os costumes da sociedade. A referência era feita em obediência à narrativa religiosa interpretada pelos sacerdotes dos deuses.
A referência moderna, pós-medieval, passou a ser feita em relação ao bem da sociedade humana. Os humanos passaram a estar no alto da escala de valores. A sociedade é agora, na modernidade, a autoridade superior.
Verifique-se na história que sempre, em todos os tempos, em todas as religiões, os sacerdotes de mais sucesso, sempre, conduziram suas mitologias a proteger e aperfeiçoar cada vez mais a sociedade em que viviam. Caso contrário perturbariam ou morreriam junto com a coletividade de seus adeptos.
Observe esse permanente, onipresente, relativo, poder da humanidade de vida ou morte sobre suas criaturas.
Os tribunais por seus juízes julgam o comportamento pessoal e as instituições se são benéficas ou adversas à sociedade dos homens, à humanidade. É o humanismo em pela ação, em unanimidade.
A avaliação do papel histórico de Marina, o seu julgamento, deve, portanto, levar em conta o seu lugar e o seu tempo e seu resultado social.
A ambição pela riqueza de novos territórios fazia aventureiros se arriscassem a novas conquistas na recém descoberta América, o que resultou na descoberta e colonização do novo continente.
O resultado da conquista de novos territórios foi a transferência da civilização mais adiantada da Europa para os novos continentes habitados por povos mais atrasados. O resultado foi afinal a pacificação, a formação de grandes países e o enriquecimento de suas populações. As vantagens pessoais ambicionadas foram o engodo e a recompensa aos esforços e aos enormes riscos envolvidos nas viagens e nas lutas da conquista. A exploração e tomada das riquezas das colônias foi uma espoliação a deplorar.
A recompensa que é obtida com as conquistas parece ser feita por alguma mão invisível com o propósito de gerar a disseminação da civilização européia mais adiantada. É decorrência da ação do sentimento gregário da raça humana, do altruísmo, que é o verdadeiro motor do progresso. É a ação da mão da humanidade que, sendo um ser vivo, é dotado de órgãos individuais capazes de sentimento das necessidades sociais.
A conquista do novo continente foi, em seu resultado final, um engrandecimento da sociedade humana. A crueldade e os excessos ocorreram como grave crime de guerra em situação de extremo perigo para ambos os lados da luta.
Os indígenas do México estavam num politeísmo teocrático em sangrentas e cruéis guerras mútuas de conquista, em luta constante entre as tribos do território. Então os vencidos de guerra que não morriam eram tornados escravos. A escravidão branca era prática corrente aceita e não um crime para os nativos.
DOÑA MARINA tinha o nome inca de Malintzin. Foi a intérprete, a amiga e amante do conquistador espanhol do México Hernán Cortés. Teve uma atuação continuada e forte na conquista do país, como importante auxiliar de Cortés. Ele chegou a afirmar que, depois de Deus, Marina foi a principal razão de seu sucesso. Sob o ponto de vista do progresso da sociedade humana, essa conquista, embora feita de forma sangrenta e terrível, permitiu o conhecimento dos novos continentes e de sua integração do planeta terra.
Malineli Tenepati ou Doña Marina nasceu em família nobre da tribo de língua náhuati dada como escrava aos mayas vencedores. Passou a conhecer as duas línguas. Mais tarde foi dada como presente a Hernán Cortés com outras 19 mulheres escravas. Marina junto com um espanhol que fazia a tradução maya-espanhol serviu como intérprete para Cortés. Mais tarde Marina aprendeu também a língua espanhola.
Além de intérprete, Marina assessorou os espanhóis sobre os costumes sociais e militares dos nativos, com o que hoje se chama de “inteligência” e “diplomacia”. Embora a conquista tenha sido de grande violência em ataques de sangue e de horror, com grande crueldade contra os nativos, Marina evitou maior carnificina contra os povos invadidos. Por sua ação, Marina tornou-se uma figura de destaque na história do México.
Em nossos dias a imagem de Marina é mostrada sob diversos aspectos, tanto como a simbólica cuidadosa mãe do novo povo do México, ou como uma traidora de seu povo, ou como uma pobre vítima dos conquistadores. Hoje Marina é personagem de várias novelas, em produções teatrais e no cinema.
São mostrados varios aspectos marcantes de sua agitada vida. Um aspecto é ligado à novela de jovem em sua infância em familia da nobreza local depois sequestrada e vendida como escrava.
Outro fato seria um grande romance de amor com Cortés, que não seria tão usual na época e menos ainda nas circunstâncias de guerra.
 Há o aspecto anti-patriótico da traição de sua raça e a venda de sua pátria para o invasor que marca sua imagem. Mas naquela época não havia um país, porque não havia unidade entre os nativos: somente várias tribos lutavam entre si até a morte.
Mas há também quem mostre Marina como uma boa MÃE CRIADORA de uma nova pátria, de uma nova raça, ao ter um filho com Cortés, e mais filhos, depois de casada com outro nobre espanhol.
Marina se torna o tipo de mulher que, se elevando da condição de povo conquistado, consagra seu gênio e sua simpatia para tornar mais suave a violenta opressão do invasor estrangeiro.


AMANHÃ: O gênio multiforme de WALTER RALEIGH no calendário.




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