segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

0214 C TERÊNCIO comédia de costumes com a ação extrema em baixeza ou heroísmo

FEVEREIRO 14. Terêncio: nasceu na África e foi levado para Roma como escravo

TERÊNCIO
Terence, Publius Terentius Afer
(nasceu cerca do ano 190 antes da nossa era em Cartago, no norte da África; morreu no ano 159 na Grécia)

GRANDE AUTOR ROMANO DE COMÉDIAS DE COSTUMES

O Politeísmo Militar Ocidental vence a Teocracia Sacerdotal do Oriente

ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

Na Grécia a arte coordenou a política militar num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado o total poder político e mental da casta hereditária dos sacerdotes das teocracias. O que foi feito pela primeira vez no mundo. Para sempre.
A arte gera emoções, cria visões de progresso, visões do futuro.A arte tem, desse modo, o poder de antever o progresso, de criar novos ideais. É um poder profético natural, criado por humanos em sociedade.
A terceira semana se compõe de autores cômicos e satíricos
da Grécia e de Roma, porque, nesse gênero a obra dos romanos
pode ser comparada à dos gregos. Isso não acontecia no caso
da tragédia e nas artes da forma. Os autores de fábula aqui figuram
por continuarem a comédia dos costumes humanos. A semana
tem como chefe Aristófanes, que a termina.
Ver em 0129 C Quadro do Mês de Homero, a Poesia Antiga,
com os grandes tipos representantes do mês.
Veja em 0101 00 (código para JANEIRO 01) a apresentação
e a fonte do Calendário Filosófico.


TERÊNCIO (190 aC-159) nasceu na África e foi levado para Roma como escravo. O seu nome original de família não é conhecido. Quando ele foi libertado, adotou o nome de seu dono Terentius Lucanus. Ele começou a escrever no ano 166 e continuou com sucesso até sua morte.
A perda ocorrida dos originais de Menandro resultaria no completo desconhecimento da nova comédia grega se não tivéssemos as peças teatrais de Plauto e de Terêncio. O estilo de Terêncio é elevado, sua línguagem é de um latim puro, que poderia ser impossível de achar num africano escravo. Tudo faz dele para os leitores modernos o principal representante da antiga comédia da vida particular. Essa a razão de sua enorme influência na literatura mundial. Tomaram empréstimos de Terêncio autores importantes como Cervantes, Shakespeare e Molière. Por exemplo, a comédia de Molière, de 1671 Les fourberies de Scapin, (As trapaças de Scapin), respira no teatro o mesmo espírito da comédia antiga.
Terêncio tomou do grego Menandro o plano de suas seis peças e a maior parte de sua obra é apenas uma simples tradução da língua grega para o latim. Assim se torna difícil saber qual é o mérito de Terêncio e qual o mérito de Menandro. Mas um de seus mais famosos personagens, Formion, o parasita insolente, que parece sempre fiel a seus amigos e pronto para servi-los, se acha numa peça tomada a um autor medíocre pouco conhecido. Então, esse exemplo mostra o gênio criador de Terêncio.
Os planos e os personagens de Terêncio são simples e convencionais. O sofrimento dos jovens amantes, os seus esforços para se livrarem das armadilhas dos mais velhos, com a ajuda de escravos bons e amigos, formam o fundo geral comum das suas peças de teatro. O meio mais usado pelos heróis para vencer todas as dificuldades consiste sempre em descobrir afinal que a jovem namorada tinha sido perdida ou roubada em sua infância e que na verdade ela pertencia a uma família respeitável e rica.
Os escravos que são descritos nas peças de Terêncio são um estudo espantoso para quem conhece a história da vida do autor. No teatro produzido por Terêncio, os escravos ao lado de sua juventude e do prazer, estão cheios de descaramento e de desculpas, mas são sempre fieis e prontos para servir. Eles não se deixam mesmo abater pelo barulho dos foguetes e das correntes de ferro que soam à volta deles.
A comédia dos antigos não permitia que se representassem os personagens de procedimento extremo, quer fosse em baixeza ou fosse em heroísmo; mas nas peças de Terêncio, todos possuem uma boa qualidade que os salva. Aqueles pais desconfiados, os filhos dissolutos, os escravos astuciosos, os mestres duros, os bajuladores, os parasitas e os mentirosos têm todos uma parte de bondade e de sociabilidade.
Uma frase de Terêncio muito citada constitui a essência mesma de sua moral:
Homo sum, humani nihil a me alienum putoou seja

“Sou homem e tudo que é humano tem minha simpatia”.


AMANHÃ: As fábulas e os poemas de Fedro.


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