segunda-feira, 29 de outubro de 2012

1030 B FICHTE filósofo idealista kantiano na pesquisa social e psicológica


30 DE OUTUBRO: FICHTE afirmou ser o Ego a base do julgamento da realidade

FICHTE
Johann Gottlieb Fichte
(nasceu em 1762, em Rammenau, Lusace Superior, Alemanha; morreu em 1814, em Berlim)

FILÓSOFO METAFÍSICO ALEMÃO DO KANTISMO IDEALISTA TRANSCENDENTAL

A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO
A grande revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da religião e do feudalismo.
É quando os homens se libertam do poder do homem sobre o homem em nome de poderes por vezes injustos e misteriosos.
O movimento intelectual na Europa do ocidente nos anos 1300, século XIV até os anos 1700, século XVIII passou a ter duas correntes. Um movimento foi de destruição da filosofia medieval antiga e o outro movimento foi de preparação da nova filosofia humanista científica, positiva, clara e distinta. Homens como Kepler e Galileu, Descartes e Francis Bacon construíam uma nova filosofia. A revolta começada por Descartes conduziu finalmente, contra as doutrinas antigas, a assaltos ainda mais poderosos do que os feitos pelos reformadores protestantes.
Descartes é o representante mais completo do movimento duplo de composição e decomposição. Começou a grande revolução matemática que permitiu a Newton interpretar o sistema solar. Abriu-se o caminho para a operação destrutiva do século XVIII que afinal levou à Revolução Francesa contra a política antiga de privilégios. Hobbes e Espinosa continuaram o movimento de demolição. A teodicéia de Leibnitz era ainda mais perigosa. Locke renunciou francamente ao conhecimento do absoluto divino. Hume e Diderot demonstraram sua impossibilidade. Kant completou a operação. Eles foram todos tanto construtores como destruidores.
O mês de Descartes da Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo conhecimento.

A quarta semana está sob a presidência de Hume, que, na discussão da natureza humana e da vida social, industrial e religiosa coloca as bases da moderna Sociologia teórica abstrata. Aqui estão historiadores filosóficos como Robertson e Gibbon; Condorcet com a teoria positiva da História; de Maistre que fez a primeira apreciação do sistema da Idade Média sob o ponto de vista humano e os três principais representantes do pensamento alemão moderno com Kant, Fichte e Hegel.

Ver em 1007 01 B  em 07 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do mês



FICHTE (1762-1814) é um famoso pensador idealista, metafísico. A metafísica pode ser entendida como a forma de explicar a realidade por meio de entidades não pessoais, que substituem os deuses.
É a negação dos deuses por substituição. Todos os acontecimentos não são mais dirigidos por Deus. No comando está, por exemplo, a Sábia Natureza ou a Energia Cósmica. Seria um grande poder, presente em todos os lugares, impessoal, onipresente. Em Fichte a explicação é pelo Eu, ou Ego. Definido desse modo, o pensamento metafísico é uma evolução do modo de pensar que se liberta do comando e da visão fiscalizadora divina para explicar por meio de entidades, de entes, como numa Ontologia.
Essa metafísica é o segundo modo de pensar na evolução para o modo de operação do raciocínio humano. É comum que os religiosos adotem noções dessa metafísica, não percebendo o efeito destruidor da fé pelo ateísmo da metafísica.
Fichte encontrou-se com Immanuel Kant em Königsberg (hoje Kaliningrad, Russia), a quem mostrou seu ensaio “Busca por uma Crítica de Toda Revelação” ou “Versuch einer Kritik aller Offenbarung” de 1792. Bem apreciado o texto, recebeu ajuda de Kant para fazer sua publicação. Fichte procura explicar as condições em que a religião revelada se torna possível. Define religião como a crença da Lei Moral como sendo divina, crença que é uma afirmação prática, necessária para dar força a essa Lei. Conclui afirmando a importância do fator prático e o poder da necessidade moral do Ego, que afirma ser a base de todo julgamento da realidade.
O filósofo mostra claramente a omissão do poder de Deus para estabelecer as condições para a existência da revelação e da crença. Fichte nasceu na Saxonia. Seus estudos teológicos o levaram a descobrir a Filosofia. Deixando as funções sacerdotais, foi como professor para Königsberg. Lecionou também em Jena, chegando a reitor da Universidade de Berlim.
Fichte tornou-se um estudioso da Revolução Francesa. Publicou vários estudos a respeito, para explicar a verdadeira natureza da Revolução. A explicação para o direito à liberdade é apresentada pela própria natureza racional do homem. Define Deus como a ordem moral do universo, sendo Deus a lei eterna do direito, fundação do Ser total do homem. Devido a sua simpatia pela Revolução foi acusado de ateísmo e expulso nessa ocasião da cidade de Jena.
Serviu com ardor na luta armada da juventude alemã contra Napoleão, participando como voluntário em 1813. Em 1814 morreu de tifo, contraído ao cuidar de sua esposa, enfermeira trabalhando para os soldados doentes e feridos na guerra.
Fichte, um pensador do idealismo metafísico, fez parte da elite filosófica da Europa que promoveu o progresso na pesquisa dos fundamentos científicos dos estudos sociais e psicológicos. Numa etapa necessária na evolução do pensamento, da elaboração da filosofia.


AMANHÃ: ADAM FERGUSSON historiador escocês

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