sexta-feira, 26 de outubro de 2012

1027 B LEIBNITZ pensador grande cientista e o maior filósofo depois de Aristóteles


27 DE OUTUBRO. Gottfried Leibnitz: o presente é o seminário na geração do futuro

LEIBNITZ
Gottfried Wilhelm Leibniz, Barão Gottfried Wilhelm von Leibnitz
(nasceu em 1646, em Leipzig, Alemanha; morreu em 1716, em Hannover, Alemanha)

FILÓSOFO MAIOR E MATEMÁTICO ALEMÃO CRIADOR DO CÁLCULO INFINITESIMAL

O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MODERNA
A grande revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da unanimidade católica e do feudalismo.
O movimento intelectual na Europa do ocidente nos anos 1300, século XIV até os anos 1700, século XVIII, passou a ter duas correntes. Um movimento foi de decomposição e destruição da filosofia monoteísta antiga e o outro movimento foi de composição e preparação da nova filosofia positiva, clara e distinta. Homens como Kepler e Galileu, Descartes e Francis Bacon ao mesmo tempo em que construindo a nova filosofia perturbaram o antigo modo de pensar. A revolta começada por Descartes conduziu finalmente a assaltos ainda mais poderosos , contra as crenças recebidas do que a ação de alterações religiosas feitas pelos reformadores protestantes.
Descartes é o representante mais completo do movimento duplo de composição e decomposição. Começou a grande revolução matemática que permitiu a Newton interpretar o sistema solar. Abriu-se o caminho para a operação destrutiva do século XVIII que afinal levou à Revolução Francesa contra a política antiga de privilégios. Hobbes e Espinosa continuaram o movimento de demolição. A teodicéia de Leibnitz era ainda mais perigosa. Locke renunciou francamente ao conhecimento do absoluto divino. Hume e Diderot demonstraram sua impossibilidade. Kant completou a operação. Eles foram todos tanto construtores como destruidores.
O mês de Descartes da Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo conhecimento.

Nesta terceira semana se consagra o estudo filosófico humano em suas relações com a sociedade. Seu chefe é Leibnitz. Associados estão grandes autores que pesquisaram os princípios fundadores das leis: Grotius, Cujas e Montesquieu; os que se dedicaram â filosofia da história como Vico, Fréret, Herder. Segue com Winckelmann na história da arte e Buffon na exposição das relações da espécie humana com as outras raças animais.

Ver em 1007 01 B  em 07 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do mês

LEIBNITZ (1646-1716) nasceu em Leipzig. Seu pai era jurista e professor de filosofia natural na Universidade da cidade e morreu cedo. O jovem foi então orientado por uma prudente mãe, que lhe deu uma grande liberdade na sua educação.
O jovem Leibnitz utilizou a biblioteca de seu pai para estudar. Entrou na Universidade aos 15 anos e dois anos depois produziu sua primeira tese filosófica. Ele se dedicou à jurisprudência e publicou, antes de ter a idade exigida, dois importantes estudos sobre a filosofia das leis.
Após a morte de sua mãe em 1664, ele foi estudar na Universidade de Altdorf perto de Nuremberg e se filiou à Sociedade Rosa-Cruz, na qual ele adquiriu muito dos seus conhecimentos químicos.
A amizade do barão de Boyneburg, que estava a serviço do arcebispo de Mainz, deu a ele o acesso à mais culta sociedade da Alemanha e lhe mostrou uma clara visão da situação política da Europa. Nessa época, as nações procuravam sair lentamente da luta religiosa, estando ameaçadas pelos projetos ambiciosos de Luis XIV, rei da França.
Publicou um texto em que Leibnitz pedia à França que orientasse sua política para o Levante, para acabar com as suas ambições contra os países do Ocidente. Com isso ele foi convidado para levar uma missão em Paris em 1672.
Em Paris ele entrou em contato com vários adeptos das novas idéias científicas de Descartes, como Arnauld, Melebranche e sobretudo Huyghens. Foi então que ele tomou parte nas suas pesquisas matemáticas pela primeira vez.
O novo espírito científico e filosófico laico, começando com a Geometria Analítica de Descartes, deveria chegar a seu ponto mais alto por sua própria descoberta do cálculo transcendental.O direito à descoberta do cálculo infinitesimal foi o tema de uma polêmica entre Newton e Leibnitz. Ambos o desenvolveram em separado, ao mesmo tempo.
Leibnitz também forneceu a primeira concepção clara de energia, definida como sendo o trabalho mecânico que seja realizado na unidade de tempo. Em 1676 Leibnitz tornou-se bibliotecário e conselheiro particular do duque John Frederick de Braunschweig-Lüneburg. John Frederick tornou-se duque de Hanover, onde Leibnitz passou o resto de sua vida.
Leibnitz contribuiu para completar a teoria do conhecimento, com a pesquisa das leis do funcionamento cerebral. Mostrou que na lei de Aristóteles de que tudo que se encontra no cérebro passou pelos sentidos, há a estrutura cerebral que já existe no próprio organismo, sendo, assim, inata. A regra se torna, assim: nada que existe no cérebro que não tenha estado nos sentidos, exceto a própria capacidade de pensar.Portanto, o próprio cérebro existe antes da experiência dos sentidos e não entra por eles.
A teoria das mônadas foi criada por Leibnitz para explicar todos os fenômenos da função da vida e da matéria. As mônadas seriam centros de ação criados na origem dos tempos e que explicariam o movimento dos corpos e a vida. O exame de cada uma poderia prever o futuro. E Leibnitz repetia sempre que o presente está prenhe do futuro, ou seja, o presente sempre gerará o futuro.
A luta religiosa que agitou a Europa por um século e meio era considerada por Leibnitz como um desperdício de forças. Tentou, assim, fazer a reconciliação dos luteranos com os católicos e anglicanos. Todas as formas de religião eram para ele de um valor inestimável, que ele não desejava ver destruído por um antagonismo inútil.
Leibnitz morreu em Hanover em 1716, com 70 anos. Era um homem de altura mediana com ombros largos e pernas arcadas, capaz de passar vários dias sentado na mesma cadeira pensando ou viajando pelas estradas da Europa, tanto no verão como no inverno. Era um patriota e um cidadão internacional, grande cientista e um dos mais poderosos pensadores da civilização do ocidente europeu.
Foi um gênio com o maior saber enciclopédico depois de Aristóteles. A extensão de suas pesquisas cobriu a filosofia e a ciência, a história, a lingüística, a geologia e os fosseis, a ética e a política. Sua energia intelectual foi colocada a serviço da sociedade, para o bem de todas as gerações, para diminuir o perigo e o sofrimento dos humanos pela ignorância e pela guerra.

AMANHÃ: pensador na preparação da moderna teoria da Sociologia: William Robertson.

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