23 DE OUTUBRO: HERDER
as eras históricas ligadas umas às outras em continuidade
HERDER
Johann Gottfried von Herder,
(nasceu em 1744, em
Mohrngen, Prússia; morreu em 1803, no Saxe-Weimar, Alemanha)
FILÓSOFO TEÓLOGO
E CRÍTICO LITERÁRIO INOVADOR NA FILOSOFIA DA HISTÓRIA
O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MODERNA
A grande revolução do
pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da
unanimidade católica e do feudalismo.
O movimento
intelectual na Europa do ocidente nos anos 1300, século XIV até os anos 1700,
século XVIII, passou a ter duas correntes. Um movimento foi de decomposição e
destruição da filosofia monoteísta antiga e o outro movimento foi de composição
e preparação da nova filosofia positiva, clara e distinta. Homens como Kepler e
Galileu, Descartes e Francis Bacon ao mesmo tempo em que construindo a nova
filosofia perturbaram o antigo modo de pensar. A revolta começada por Descartes
conduziu finalmente a assaltos ainda mais poderosos , contra as crenças
recebidas do que a ação de alterações religiosas feitas pelos reformadores
protestantes.
Descartes é o
representante mais completo do movimento duplo de composição e decomposição.
Começou a grande revolução matemática que permitiu a Newton interpretar o
sistema solar. Abriu-se o caminho para a operação destrutiva do século XVIII
que afinal levou à Revolução Francesa contra a política antiga de privilégios.
Hobbes e Espinosa continuaram o movimento de demolição. A teodicéia de Leibnitz
era ainda mais perigosa. Locke renunciou francamente ao conhecimento do
absoluto divino. Hume e Diderot demonstraram sua impossibilidade. Kant
completou a operação. Eles foram todos tanto construtores como destruidores.
O mês de Descartes da
Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em
toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo
conhecimento.
Nesta terceira semana se consagra o estudo filosófico humano em
suas relações com a sociedade. Seu chefe é Leibnitz. Associados estão grandes
autores que pesquisaram os princípios fundadores das leis: Grotius, Cujas e
Montesquieu; os que se dedicaram â filosofia da história como Vico, Fréret,
Herder. Segue com Winckelmann na história da arte e Buffon na exposição das
relações da espécie humana com as outras raças animais.
Ver em 1007 01 B em 07 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES
A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do
mês
HERDER
(1744-1803) era um clérigo protestante,
teólogo e professor de Teologia. Mas como pensador, colocou-se em discordância
definitiva ao pensamento transcendental da metafísica. Afirmou que o saber se
forma pelos sentidos e pelas analogias com base na experiência.
As
Categorias das formas do ser, das coisas, as classes das aparências dos seres
para Herder não são noções transcendentais, num plano divino, mas são
resultados da organização da natureza, são próprias da vida, num plano natural,
experimental.
Na
sua teoria da linguagem afirmou a evolução natural iniciada pela imitação dos
sons da natureza. A sua grande obra Filosofia
da História da Humanidade foi publicada em 1784, em 20 livros. Mostra pela
observação das diferentes formas da civilização uma tendência para o
desenvolvimento pacífico das faculdades que caracterizam especialmente a
humanidade. Verifica que o jogo das paixões conduz, sob a influência do estado
social, ao desenvolvimento das instituições favoráveis a uma vida mais elevada.
Conclui também que as eras históricas estão ligadas umas às outras, cada uma
tendo recebido a herança daquela que a precede.
Herder
faz parte do movimento de construção do conceito de evolução na filosofia da
história. Não chegou a pesquisar quais leis precisas poderiam regular o
desenvolvimento social. Sendo protestante, não conseguiu fazer um julgamento
justo da contribuição do Feudalismo e do Catolicismo da Idade Média para o
progresso da civilização ocidental.
Mas
demonstra como é irresistível o progresso da cultura científica e filosófica em
todos os tempos e em todos os lugares.
AMANHÃ: Arqueologia e arte: WINCKELMANN
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