segunda-feira, 22 de outubro de 2012

1023 B HERDER secularização da pesquisa histórica como natural evolução contínua


23 DE OUTUBRO: HERDER as eras históricas ligadas umas às outras em continuidade


HERDER
Johann Gottfried von Herder,
(nasceu em 1744, em Mohrngen, Prússia; morreu em 1803, no Saxe-Weimar, Alemanha)

FILÓSOFO TEÓLOGO E CRÍTICO LITERÁRIO INOVADOR NA FILOSOFIA DA HISTÓRIA

O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MODERNA
A grande revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da unanimidade católica e do feudalismo.
O movimento intelectual na Europa do ocidente nos anos 1300, século XIV até os anos 1700, século XVIII, passou a ter duas correntes. Um movimento foi de decomposição e destruição da filosofia monoteísta antiga e o outro movimento foi de composição e preparação da nova filosofia positiva, clara e distinta. Homens como Kepler e Galileu, Descartes e Francis Bacon ao mesmo tempo em que construindo a nova filosofia perturbaram o antigo modo de pensar. A revolta começada por Descartes conduziu finalmente a assaltos ainda mais poderosos , contra as crenças recebidas do que a ação de alterações religiosas feitas pelos reformadores protestantes.
Descartes é o representante mais completo do movimento duplo de composição e decomposição. Começou a grande revolução matemática que permitiu a Newton interpretar o sistema solar. Abriu-se o caminho para a operação destrutiva do século XVIII que afinal levou à Revolução Francesa contra a política antiga de privilégios. Hobbes e Espinosa continuaram o movimento de demolição. A teodicéia de Leibnitz era ainda mais perigosa. Locke renunciou francamente ao conhecimento do absoluto divino. Hume e Diderot demonstraram sua impossibilidade. Kant completou a operação. Eles foram todos tanto construtores como destruidores.
O mês de Descartes da Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo conhecimento.

Nesta terceira semana se consagra o estudo filosófico humano em suas relações com a sociedade. Seu chefe é Leibnitz. Associados estão grandes autores que pesquisaram os princípios fundadores das leis: Grotius, Cujas e Montesquieu; os que se dedicaram â filosofia da história como Vico, Fréret, Herder. Segue com Winckelmann na história da arte e Buffon na exposição das relações da espécie humana com as outras raças animais.

Ver em 1007 01 B  em 07 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do mês


HERDER (1744-1803) era um clérigo protestante, teólogo e professor de Teologia. Mas como pensador, colocou-se em discordância definitiva ao pensamento transcendental da metafísica. Afirmou que o saber se forma pelos sentidos e pelas analogias com base na experiência.
As Categorias das formas do ser, das coisas, as classes das aparências dos seres para Herder não são noções transcendentais, num plano divino, mas são resultados da organização da natureza, são próprias da vida, num plano natural, experimental.
Na sua teoria da linguagem afirmou a evolução natural iniciada pela imitação dos sons da natureza. A sua grande obra Filosofia da História da Humanidade foi publicada em 1784, em 20 livros. Mostra pela observação das diferentes formas da civilização uma tendência para o desenvolvimento pacífico das faculdades que caracterizam especialmente a humanidade. Verifica que o jogo das paixões conduz, sob a influência do estado social, ao desenvolvimento das instituições favoráveis a uma vida mais elevada. Conclui também que as eras históricas estão ligadas umas às outras, cada uma tendo recebido a herança daquela que a precede.
Herder faz parte do movimento de construção do conceito de evolução na filosofia da história. Não chegou a pesquisar quais leis precisas poderiam regular o desenvolvimento social. Sendo protestante, não conseguiu fazer um julgamento justo da contribuição do Feudalismo e do Catolicismo da Idade Média para o progresso da civilização ocidental.
Mas demonstra como é irresistível o progresso da cultura científica e filosófica em todos os tempos e em todos os lugares.

AMANHÃ: Arqueologia e arte: WINCKELMANN

Nenhum comentário:

Postar um comentário