sábado, 6 de outubro de 2012

1007 01 B QUADRO DO MÊS DE DESCARTES a Filosofia Moderna


07 DE OUTUBRO: O mês de Descartes:
A FILOSOFIA MODERNA, a maior revolução já feita no pensamento humano.

FILOSOFIA MODERNA
A criação do RACIOCÍNIO EXPERIMENTAL CIENTÍFICO ENCICLOPÉDICO é a maior revolução já feita no saber humano, na filosofia, em todos os tempos. No século XIX o progresso social da filosofia finalmente colocou o raciocínio humano científico em todo o conhecimento do mundo e do homem. Em outras palavras, afinal o saber humano se tornou seguro, comprovável, positivo, em todos os fenômenos das ciências da natureza e também nas ciências humanas. É a maior revolução na visão do mundo, na filosofia, em todos os tempos. Pela fundação da Sociologia e da Psicologia científicas abstratas. Então se descobriram as leis constantes dos fenômenos sociais e psicológicos. Leis das ciências humanas tão positivas, verificáveis, úteis, universais, infalíveis no âmbito abstrato como infalível é a lei da gravidade, de Newton.
Poderia então terminar a crença de que os acontecimentos nas ciências humanas, na vida da sociedade e na vida individual humana dependeriam da vontade de entidades mágicas, de amuletos, de encantamentos, deuses, de espíritos malignos e de fadas bondosas. No entanto os mitos ainda serão úteis e necessários a quem deles necessitar, como o foram no passado e como são no presente e como serão no futuro. A livre imaginação é muito usada na arte, em todas as suas formas.

Filosofia Moderna
O QUE É FILOSOFIA
Filosofia para Aristóteles abarca todos os ramos de pesquisa. Da mesma forma, definimos filosofia como o estudo e a representação do mundo e do homem. Com a observação do mundo exterior e do mundo interior ao humano, conseguimos ter a sua imagem, feita com os dados obtidos pelos sentidos e com o processamento mental desses dados concretos dos objetos e dos dados abstratos dos seus fenômenos. O registro da imagem que percebemos das coisas e das idéias, dos animais e dos homens, das teorias, dos princípios primeiros e finais, dos sonhos, das artes, da ciência, da técnica é que constitui a filosofia. Em outras palavras, é o saber, o conhecimento, sobre qualquer assunto, sobre qualquer tema. Na filosofia é feita a identificação e classificação do conhecimento bem como o estudo da abrangência e dos limites do conhecimento.
A Filosofia é o saber que sintetiza e cobre todo o conhecimento humano. Não é uma ciência particular, é uma ciência do conhecimento. É o conhecimento do conhecimento. E na modernidade se reconhece a certeza e a utilidade do saber positivo elaborado a partir da imaginação hipotética depois comprovada, testada, fiel. Mas modestamente reconhecendo sua relatividade, sua dependência, seus limites e sua subordinação ao mundo exterior, sua dependência à natureza, à realidade exterior, que alimenta e regula a vida humana.
FILOSOFIA MODERNA é a representação do mundo e do homem que pode ser verificada, comprovada. A FILOSOFIA ANTIGA E A MEDIEVAL representava o mundo com base na tradição religiosa, nos livros sagrados, na autoridade dos sábios mestres sacerdotes, nos necessários mitos, poderosos e violentos, na imaginação pura. Hoje sabemos que os mitos não podiam ser testados, comprovados. Os mitos não podem ser assassinados, mortos, por serem figuras de ficção. Não morrem. São esquecidos.
O conhecimento na modernidade pode ser descoberto e redescoberto a qualquer tempo e em qualquer lugar. Dois e dois são quatro para qualquer lugar, em qualquer tempo, aqui ou em qualquer outro país, em outro continente. É universal. É o saber confirmado, testado, verificado. E é o conhecimento dos LIMITES do que nós sabemos, até onde sabemos, e o conhecimento do muito que nós não sabemos. Requer sempre a modéstia e o espírito crítico do ceticismo moderno, para evitar enganos, para obter a segurança da positividade. Assim o conhecimento científico hoje domina finalmente o saber nas ciências e nas técnicas da Biologia, nas técnicas e nas ciências humanas da Sociologia, da Psicologia e suas aplicações. Essa é a maior revolução filosófica: a positivação das ciências superiores, as ciências humanas, antes dominadas pela imaginação e não pela observação imaginativa confirmada pela pesquisa científica e aplicada intensamente na política, nas clínicas médicas, na tecnologia, na indústria.
REPRESENTAÇÃO. Representar é fazer o registro de uma imagem, de uma pesquisa, de uma idéia ou sentimento pelos sinais e símbolos. O registro feito permite a manutenção e guarda aquela informação, por meio dos sinais escritos, falados, desenhados, sonoros, visuais e de qualquer outra forma. Serve para o relato da história, para o controle da ação. E a memória gravada que serve para conservar o saber, para o ensino que passa de pai para filho, de uma geração para as gerações seguintes. Em nossos dias presenciamos o aperfeiçoamento do registro, do processamento e da divulgação dos saber em todas as suas formas.
O QUE TEM DENTRO DA FILOSOFIA MODERNA. O conhecimento na modernidade, de modo completo, pode ser chamado de Gnosiologia, estudo da gnosis, do saber. Seria o sinônimo de FILOSOFIA GERAL.
A Filosofia se divide em três áreas: Estética, da EMOÇÃO na Arte, a da INTELIGÊNCIA na Ciência e a área da AÇÃO, na Técnica. Correspondendo as três grandes capacidades da vida humana, sentimento, pensamento e atividade.
A ESTÉTICA se compõe das artes da linguagem, a geral ou Poesia, a do som, a Música, da forma, Pintura e Arquitetura. Essas as fontes artísticas das aplicações contemporâneas, simples e compostas, como no cinema, no rádio, na televisão.
A CIÊNCIA tem a teoria geral com a EPISTEMOLOGIA, a teoria do conhecimento, e as ciências particulares puras ou abstratas (não aplicadas), como a Matemática, Astronomia, Física, Química, Biologia, e ciências humanas, na Sociologia e Psicologia. Inclui as ciências aplicadas, como a Mineralogia, Botânica, Zoologia, Antropologia, Psicologia Aplicada e outras.
A TÉCNICA ou Tecnologia, que se divide em POLÍTICA ou governo da sociedade e INDÚSTRIA, ação sobre o mundo, com o Banco, o Comércio, a Manufatura e a Agricultura. O setor de serviços atende a cada área.
Dentro da Filosofia Moderna não se incluem as hipóteses e o saber não verificável, que não conseguem ser universais, não sendo um conhecimento confiável, verificável, positivo. As ficções estéticas usadas na arte hoje são claramente conscientes de serem puras idealizações da realidade.
A FILOSOFIA ANTIGA se propunha a saber tudo, todas as causas, todos os princípios, a origem do mundo e do homem. Afirmava ter o conhecimento absoluto divino, eterno, o princípio de todas as coisas e o conhecimento dos deuses, dos anjos e dos demônios. Ensinava a METAFÍSICA, que era o conhecimento do que não se podia verificar, o que estaria num outro plano, transcendental, inacessível à verificação. É o mundo chamado do NÚMENO, aquilo que se imagina, mas não pode confirmar. O outro plano, a outra dimensão, não passa de um mundo de ficção, do sobrenatural, do paranormal, dos fantasmas, dos espíritos dos mortos.
O QUE TINHA DENTRO DA FILOSOFIA ANTIGA. A Filosofia se compunha da Filosofia propriamente dita e da Lógica, que continha as regras para pensar, para aprender a pensar sem pensar. Esta era a filosofia do monoteísmo cristão, a mais evoluída no tempo, que teve diversas versões. A Filosofia propriamente se dividia em Filosofia Especulativa e Filosofia Prática.
A Filosofia Especulativa se dividia em Filosofia Primeira ou Metafísica e Filosofia da Natureza. A Metafísica (estudo da causa primeira e final) consistia na Teodicéia (estudo de Deus), a Ontologia (O ser em si) e a Crítica do Conhecimento (campo e limite do saber). A Filosofia da Natureza se dividia em Cosmologia, com a Biologia (origem da vida) e a Antropologia (origem do homem) e com a Psicologia. (estudo da alma divina e eterna). A Filosofia Prática se dividia em Ética ou Filosofia Moral e em Filosofia da Arte ou Estética. Concluímos que autores que em nossos dias estudam o Ser e o Ente estão, de fato voltando a temas obscuros antigos da filosofia da Idade Média e da Antiguidade grega e oriental. Assim como Aristóteles indicou o atraso do erro do anacronismo dos temas de seu mestre Platão.
VISÃO FILOSÓFICA. É perceber a regra ampla que causa o fenômeno que estamos vendo. É perceber como é a estrutura e a evolução de uma planta ou de uma sociedade ou de uma criança. A visão da filosofia descobre que há uma regra, uma lei mais geral, que comanda o acontecimento. Quando um balão sobe no ar, e quando um pesado navio de aço flutua na água, a visão geral, filosófica, vê ali valer a mesma regra que diz, por exemplo,  que a força de flutuação de baixo para cima é igual ao peso do volume deslocado do fluido, gás ou líquido pelo balão ou pelo navio.
A visão filosófica vê a estrutura e sua mudança, enxerga o dinamismo dos eventos. Vê muito mais longe no espaço e no tempo do que a visão particular concreta dos seres. A generalização filosófica é obtida pelo raciocínio abstrato, que pesquisa as relações entre os fenômenos obtidos dos seres concretos, das coisas observadas. O raciocínio mais complexo, que se verifica mais tardiamente no desenvolvimento do ser humano e na história das sociedades. É uma função cerebral importante identificada na psicologia da modernidade.
VISÃO EMPÍRICA EXTREMA, EMPIRISMO RADICAL. Nessa visão o pensador acha que cada caso é um caso isolado, que não há relação com outros acontecimentos. Em especial o empírico exagerado não admite a evolução em nenhum caso, nas plantas, nos animais. Então parece que não há relações entre os casos. É a falta de filosofia, a falta do espírito filosófico.
A filosofia é necessária, indispensável, inevitável: sem pensar, sem criar o saber, temos a ignorância, a pobreza, o egoísmo, o ódio. A filosofia moderna faz justiça à nossa dívida com o passado, com nossos antepassados. Não é uma doutrina de destruição. É inegável o papel das religiões em todas as civilizações antigas e recentes. Não há uma sociologia científica sem uma teoria da liberdade e da religião e de seus deuses. Não é possível negar os deuses sem conhecer a sua história. Houve e ainda há muitos deuses orientando a mente e a vida de muitos crentes. A ciência sociológica explica.


Calendário FILOSÓFICO
 para um ano qualquer QUE É
O quadro concreto da preparação humana

MÊS DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA
LUNEDIA=segunda-feira; MARTEDIA=terça; MERCURIDIA=quarta;
JOVEDIA=quinta; VENERDIA=sexta-feira.
Os nomes à esquerda são para o ano comum; à direita, dos tipos adjuntos n nosanos bissextos.
A data para os anos bissextos é o dia anterior a partir 1º de março.
Neste mês João de Salisbury é no dia 7 de outubro, Raimundo Lúlio é dia 8 de outubro.

Todos os meses são iguais, de 28 dias e todos começam numa segunda-feira, terminando num domingo.


VER NO BLOG  Calendário Filosófico:  Cada dia uma biografia:

http://www.educalendario.blogspot.com/

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