16 DE OUTUBRO.
MALEBRANCHE: discípulo de Descartes dá o maior valor à ciência
MALEBRANCHE
Nicolas
Malebranche
(nasceu em 1638, em
Paris; morreu em 1715, em Paris)
PADRE CATÓLICO
TEÓLOGO CIENTISTA E FILÓSOFO DO CARTESIANISMO
O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MODERNA
A grande revolução do
pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da
unanimidade católica e do feudalismo.
O movimento intelectual
na Europa do ocidente nos anos 1300, século XIV até os anos 1700, século XVIII,
passou a ter duas correntes. Um movimento foi de decomposição e destruição da
filosofia monoteísta antiga e o outro movimento foi de composição e preparação
da nova filosofia positiva, clara e distinta. Homens como Kepler e Galileu,
Descartes e Francis Bacon ao mesmo tempo em que construindo a nova filosofia
perturbaram o antigo modo de pensar. A revolta começada por Descartes conduziu
finalmente a assaltos ainda mais poderosos , contra as crenças recebidas do que
a ação de alterações no catolicismo feitas pelos reformadores protestantes.
Descartes é o
representante mais completo do movimento duplo de composição e decomposição.
Começou a grande revolução matemática que permitiu a Newton interpretar o
sistema solar. Abriu-se o caminho para a operação destrutiva do século XVIII
que afinal levou à Revolução Francesa contra a política antiga de privilégios.
Hobbes e Espinosa continuaram o movimento de demolição. A teodicéia de Leibnitz
era ainda mais perigosa. Locke renunciou francamente ao conhecimento do
absoluto divino. Hume e Diderot demonstraram sua impossibilidade. Kant
completou a operação. Eles foram todos tanto construtores como destruidores.
O mês de Descartes da
Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em
toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo
conhecimento.
A segunda semana
representa o desenvolvimento da pesquisa científica dos séculos XVII e XVIII dirigida
à natureza individual do homem físico e moral, em grande parte de maneira
preparatória e indutiva. Hobbes, Locke, Vauvenargues, Diderot e Cabanis aqui
são comemorados. Bacon é o chefe de semana ao colocar a filosofia ao serviço do
homem.
Ver em 1007 01 B em 07 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES
A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do
mês
NICOLAS
MALEBRANCHE (1638-1715) foi um estudioso e
principal discípulo do filósofo e cientista René Descartes. Procurou
interpretar a doutrina de Santo Agostinho e de Platão com a filosofia do
cartesianismo científico.
Ficou
ocupado com as polêmicas teológicas que provocou, ao tentar colocar o
raciocínio do método filosófico de Descartes na doutrina religiosa do cristianismo.
Conclui
que a ação de Deus se faz por meio das leis gerais da ciência, leis que servem
ao bem universal da humanidade. Assim chega ao estudo da questão teológica
fundamental do poder da divindade. Deus quer salvar todos os seres humanos ou
somente a cada indivíduo em particular?
Com
essa conclusão passa a negar que Deus beneficiasse pessoas em particular ou
certas comunidades por meio de ações especiais. Portanto Malebranche via todas
as coisas em Deus. Todo
saber do homem só é possível pelo resultado da relação entre o homem e Deus. O
que é chamado de Causas são apenas Ocasiões em que Deus age para
produzir os efeitos. A doutrina assim desenvolvida por Malebranche foi chamada
de Ocasionalismo.
O
efeito da filosofia de Malebranche foi levantar o problema moderno da
importância e da prioridade no estabelecimento do conhecimento científico, da
descoberta e da aplicação das leis da ciência. Como desejo de Deus.
Malebranche
nasceu em Paris em 1638. Era o filho mais moço do secretário do rei Luís XIII. Estudou
filosofia e teologia na Sorbonne mais tarde sendo ordenado padre da Congregação
do Oratório. A leitura dos livros de Descartes levou Malebranche ao estudo
sistemático da matemática e da física.
Escreveu
vários tratados religiosos e científicos. Tornou-se um destacado matemático,
eleito membro da Academia de Ciências de França em 1699.
AMANHÃ: MADAME DE LAMBERT e o seu salão literário.
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