terça-feira, 9 de outubro de 2012

1010 B CARDEAL DE CUSA modéstia e sabedoria no progresso da ciência e da filosofia


10 DE OUTUBRO: Nicolau de Cusa  a prova do peso do ar e do movimento terrestre

CARDEAL NICOLAU DE CUSA
Nikolaus Von Cusa, Nicolaus Cusanus em latim, Nicholas of Cusa
(nasceu em 1401, em Cusa, na Prússia; morreu em 1464, em Todi, Perúgia, Itália)

CARDEAL CATÓLICO ALEMÃO MATEMÁTICO FILÓSOFO E CIENTISTA REFORMADOR

O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MODERNA
A grande revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da unanimidade católica e do feudalismo.
O movimento intelectual na Europa do ocidente nos anos 1300, século XIV até os anos 1700, século XVIII, passou a ter duas correntes. Um movimento foi de decomposição e destruição da filosofia monoteísta antiga e o outro movimento foi de composição e preparação da nova filosofia positiva, clara e distinta. Homens como Kepler e Galileu, Descartes e Francis Bacon ao mesmo tempo em que construindo a nova filosofia perturbaram o antigo modo de pensar. A revolta começada por Descartes conduziu finalmente a assaltos ainda mais poderosos , contra as crenças recebidas do que a ação de alterações religiosas feitas pelos reformadores protestantes.
Descartes é o representante mais completo do movimento duplo de composição e decomposição. Começou a grande revolução matemática que permitiu a Newton interpretar o sistema solar. Abriu-se o caminho para a operação destrutiva do século XVIII que afinal levou à Revolução Francesa contra a política antiga de privilégios. Hobbes e Espinosa continuaram o movimento de demolição. A teodicéia de Leibnitz era ainda mais perigosa. Locke renunciou francamente ao conhecimento do absoluto divino. Hume e Diderot demonstraram sua impossibilidade. Kant completou a operação. Eles foram todos tanto construtores como destruidores.
O mês de Descartes da Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo conhecimento.
A primeira semana deste mês mostra os representantes da filosofia Escolástica. É a tentativa sistemática de Alberto Magno, de Tomás de Aquino e de outros para empregar a lógica de Aristóteles na defesa das crenças e para reconciliar a fé com o pensamento científico. O ceticismo inicial é também representado por nomes como Ramus, Erasmo e Montaigne. O chefe de semana é Santo Tomás de Aquino.

Ver em 1007 01 B  em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do mês


NICOLAU DE CUSA (1401-1464) foi um pensador considerado como modelo do homem moderno, aquele que se dedicou à ciência contribuindo para o progresso social na evolução da sociedade feudal de guerra de defesa para uma sociedade de indústria e de paz. Sua cultura era variada, em teologia, nas ciências, na filosofia e nas artes.
Tornou-se com ardor parte do movimento intelectual de seu tempo. Produziu obras filosóficas e matemáticas. Um de seus tratados, De Docta Ignorantia, Sobre a Ignorância Letrada, de 1440, descreve o homem instruído como aquele que está consciente de sua própria ignorância. Em diversos escritos usou símbolos geométricos para sua argumentação, como na pesquisa feita para a quadratura do círculo, isto é, do cálculo da área do círculo representada por unidades de comprimento da linha reta.
Em suas publicações chega a negar que a terra ficasse parada e afirmava que o espaço é infinito. Dizia ele que a terra se movia e que não é o centro do universo e que tal centro não existe. O sistema do mundo tem o seu centro em todos os lugares. A terra se move e seu movimento é circular, embora não descreva uma circunferência perfeita. Pode-se avaliar a importância dessas antecipações da verdade, embora parecendo imprecisas, tornaram-se base para o estudo de sua teoria por Copérnico.
O seu interesse se dirigiu ao estudo da biologia, ao estudo do crescimento dos vegetais, à absorção do ar pelas plantas. Fez a primeira prova de que o ar tinha peso. Colecionou manuscritos clássicos, recuperando uma dúzia de comédias do escritor romano Plauto.
Nicolau de Cusa mostra como o próprio sacerdócio católico se transformou nos primeiros cientistas do renascimento. Demonstração de que o catolicismo, como todos os sistemas religiosos são instituições de ensino e de educação completa e continuada, na forma possível e adequado às necessidades de sua época.
Era filho de um pescador, nascido em Cusa, na Prússia. Muito jovem chamou a atenção do Conde de Manderschied que o enviou para estudar na Universidade de Deventer. Desde cedo tornou-se célebre por seus conhecimentos científicos e filosóficos e por sua habilidade como negociador na condução dos problemas políticos e religiosos.
Defendeu inicialmente o direito dos Concílios contra o governo dos pontífices, mas logo reconheceu que as assembléias não eram adequadas por sua incoerência a manter a unidade da Igreja Católica. Passou então a defender, desse modo, a unidade de comando da administração papal.
Era o reino do papa Eugênio IV, que o encarregou de várias missões no estrangeiro. Chegou a ser governador de Roma. Morreu em 1464, em Todi, na Perúgia, Itália

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