terça-feira, 16 de outubro de 2012

1017 B Mme DE LAMBERT sabedoria feminina em nobres conselhos a seus filhos


17 DE OUTUBRO: MADAME DE LAMBERT  honrado nobre salão literário intelectual

MADAME DE LAMBERT
Anne-Thérèse de Marguenat de Courcelles, marquise de Saint-Bris, marquise de Lambert
(nasceu em 1647, em Paris; morreu em 1733, em Paris)

NOBRE FRANCESA ESCRITORA DONA DE CÉLEBRE RESPEITADO SALON LITERÁRIO EM PARIS

O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MODERNA
A grande revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da unanimidade católica e do feudalismo.
O movimento intelectual na Europa do ocidente nos anos 1300, século XIV até os anos 1700, século XVIII, passou a ter duas correntes. Um movimento foi de decomposição e destruição da filosofia monoteísta antiga e o outro movimento foi de composição e preparação da nova filosofia positiva, clara e distinta. Homens como Kepler e Galileu, Descartes e Francis Bacon ao mesmo tempo em que construindo a nova filosofia perturbaram o antigo modo de pensar. A revolta começada por Descartes conduziu finalmente a assaltos ainda mais poderosos , contra as crenças recebidas do que a ação de alterações no catolicismo feitas pelos reformadores protestantes.
Descartes é o representante mais completo do movimento duplo de composição e decomposição. Começou a grande revolução matemática que permitiu a Newton interpretar o sistema solar. Abriu-se o caminho para a operação destrutiva do século XVIII que afinal levou à Revolução Francesa contra a política antiga de privilégios. Hobbes e Espinosa continuaram o movimento de demolição. A teodicéia de Leibnitz era ainda mais perigosa. Locke renunciou francamente ao conhecimento do absoluto divino. Hume e Diderot demonstraram sua impossibilidade. Kant completou a operação. Eles foram todos tanto construtores como destruidores.
O mês de Descartes da Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo conhecimento.
A segunda semana representa o desenvolvimento da pesquisa científica dos séculos XVII e XVIII dirigida à natureza individual do homem físico e moral, em grande parte de maneira preparatória e indutiva. Hobbes, Locke, Vauvenargues, Diderot e Cabanis aqui são comemorados. Bacon é o chefe de semana ao colocar a filosofia ao serviço do homem.

Ver em 1007 01 B  em 07 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do mês


MADAME DE LAMBERT (1647-1733) lançou seu célebre salão literário em Paris a partir de 1710. Interessava-se especialmente às questões da educação. Compôs duas obras a respeito: Avis d’une mère à son fils, Conselhos de uma mãe a seu filho, de 1726 e Avis d’une mère à sa fille, Conselhos de uma mãe a sua filha, de 1728. São recomendações de grande nobreza e de uma grande elevação de pensamento. Esses textos são recomendados para leitura até nossos dias. Deixou outras obras para publicação.
Seus conselhos são feitos com base em finas observações sobre a natureza humana e na sabedoria feminina ditada somente nas afeições e nas relações humanas. Mostram como os intelectuais se colocaram à frente da tarefa de fazer um ensino e uma educação fora dos conventos e das igrejas, como era feito na Idade Média. O estudo deixou de lado os livros sagrados e as doutrinas dos deuses e dos anjos para desenvolver a pesquisa das ciências da natureza e dos problemas sociais e psicológicos individuais e da sociedade humana
No tempo em que nas cortes a nobreza se divertia com frivolidades e deboches o salon da Marquesa de Lambert se tornou o templo do bom gosto e da decência, sendo dos poucos salões onde não era admitido o jogo, reagindo contra o cinismo e a vulgaridade reinantes. Para os melhores espíritos do tempo era uma verdadeira honra ser convidado para as reuniões de Madame de Lambert.
O célebre salão literário se reunia duas vezes por semana: os nomes literários às terças-feiras e nas quartas-feiras se reunia o mundo social. Os participantes podiam trocar de dia sem separação entre os dois grupos. Nas sessões cada convidado deveria emitir uma opinião pessoal ou ler alguma parte de suas últimas obras. A Marquesa era bem pouco devota em religião e teve convidados de todas as orientações filosóficas. Entre eles figuraram Fontenele, Fenelon, Montesquieu, Madame de Staal. O salão era tido como uma ante-sala da Academia Francesa, capaz de ter nomeado metade dos seus acadêmicos.
Anne-Thérèse de Marguenat de Courcelles, depois Marquesa de Lambert, nasceu em Paris em 1647. Seu pai, Étienne de Marguenat era membro da Câmara de Contas da França. Ela casou-se em 1666 com o Marquês de Lambert, oficial general que a deixou viúva com dois filhos em 1686. A Marquesa morreu em 1733 com 86 anos de idade, rodeada de respeito e de afeto.

AMANHÃ:  CHARLES DUCLOS historiador e crítico doscostumes.

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