21 DE OUTUBRO: CUJÁCIO
o humanismo na construção da jurisprudência pós-medieval
JACOB CUJÁCIO
Jacques Cujaus, Jacobus Cujacius, Jacob Cujácio
(Nasceu em 1522, em
Toulouse, França ; morreu em 1590, em Bourges)
JURISTA E
PENSADOR DO HUMANISMO JURÍDICO CLÁSSICO DA LEI ROMANA
O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MODERNA
A grande revolução do
pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da
unanimidade católica e do feudalismo.
O movimento
intelectual na Europa do ocidente nos anos 1300, século XIV até os anos 1700,
século XVIII, passou a ter duas correntes. Um movimento foi de decomposição e
destruição da filosofia monoteísta antiga e o outro movimento foi de composição
e preparação da nova filosofia positiva, clara e distinta. Homens como Kepler e
Galileu, Descartes e Francis Bacon ao mesmo tempo em que construindo a nova
filosofia perturbaram o antigo modo de pensar. A revolta começada por Descartes
conduziu finalmente a assaltos ainda mais poderosos , contra as crenças
recebidas do que a ação de alterações religiosas feitas pelos reformadores
protestantes.
Descartes é o
representante mais completo do movimento duplo de composição e decomposição.
Começou a grande revolução matemática que permitiu a Newton interpretar o
sistema solar. Abriu-se o caminho para a operação destrutiva do século XVIII
que afinal levou à Revolução Francesa contra a política antiga de privilégios.
Hobbes e Espinosa continuaram o movimento de demolição. A teodicéia de Leibnitz
era ainda mais perigosa. Locke renunciou francamente ao conhecimento do
absoluto divino. Hume e Diderot demonstraram sua impossibilidade. Kant
completou a operação. Eles foram todos tanto construtores como destruidores.
O mês de Descartes da
Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em
toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo
conhecimento.
Nesta terceira semana se consagra o estudo filosófico humano em
suas relações com a sociedade. Seu chefe é Leibnitz. Associados estão grandes
autores que pesquisaram os princípios fundadores das leis: Grotius, Cujas e
Montesquieu; os que se dedicaram â filosofia da história como Vico, Fréret,
Herder. Segue com Winckelmann na história da arte e Buffon na exposição das
relações da espécie humana com as outras raças animais.
Ver em 1007 01 B em 07 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES
A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do
mês
JACQUES
CUJAS (1522-1590) considerado a maior
autoridade no conflito entre a lei civil e lei feudal. Seu grande título é de
ter sido o historiador filosófico e intérprete do sistema romano clássico de
jurisprudência, ensinado nas Universidades como o Direito Romano.
As
transformações da civilização no início dos anos 1300, no século XIV,
resultaram na perda do poder dos barões feudais e do sacerdócio católico. As
cidades deixaram de realizar apenas reuniões religiosas e populares para se
tornarem centros de produção industrial e comercial.
Gerou-se
uma grande confusão com as diferenças nos costumes locais das diversas
províncias da Idade Média. Os governos nacionais procuraram produzir novas
normas para resolver os conflitos na população. Jacques Cujas representa o
movimento jurídico de construção da nova jurisprudência da sociedade moderna,
posterior à era dos barões e seus castelos. Recorreu ao estudo da lei de Roma,
até então rejeitada como obra de pagãos, inimigos da fé religiosa medieval.
O
movimento dedicado ao estudo da cultura e da dos deuses da Grécia e Roma antiga
constituiu o humanismo que se difundiu a partir do fim do poder religioso nos
anos 1300, no início do século XIV. Os textos clássicos e suas traduções
passaram a ser lidos com interesse entre os nomes do alto clero e da nobreza. O
humanismo mostra que os humanos possuem em si a capacidade do bem e da
inteligência, sem dependência aos deuses. Indicava o valor dos clássicos
greco-romanos independente de seu valor para o cristianismo, como importante
sintoma do progresso do pensamento leigo.
Jacques
Cujas participou do reavivamento da cultura clássica nos estudos jurídicos. Foi
a criação de novas regras para a civilização que evoluía então dos costumes
medievais para os hábitos modernos da civilização de paz e de ciência. Em
especial ele elaborou sínteses do Digesta
e Codex Constitutionum do imperador romano Justiniano I, reunidos no código
Corpus Juris Civilis, dos anos 533 e
534 da nossa era. Era professor nas universidades de Valence e Bourges,
atraindo estudantes de toda Europa. A edição completa dos trabalhos de Cujas
foi editada em 10 volumes in folio, em 1658.
Jacques
Cujas teve seu nome latinizado com Cujacius. Nasceu em Toulouse, mostrando
desde cedo interesse pelo estudo dos clássicos e depois se consagrou ao estudo
do direito. Em 1555 obteve a cadeira de Direito Romano em Bourges passando
depois para Valence. Retornou em 1575 para Bourges, onde morou até sua morte em
1590.
AMANHÃ: MAUPERTUIS
HUMANISMO
O humanismo antigo mostrava que os humanos possuem em si a
capacidade natural inata gregária, do afeto associativo, do altruísmo, da
inteligência, sem dependência aos deuses. Mas sem entrar em conflito com a
religião nem com a religiosidade Indicava o valor dos clássicos greco-romanos
independente da sua condenação pelo cristianismo.
Foi esse humanismo do passado um importante sintoma do
progresso do pensamento laico. Notável foi mesmo o uso dos personagens e deuses
da mitologia grega pelo papa e pelos padres católicos.
Foi a criação de novas regras para a civilização que
evoluía então dos costumes medievais para os hábitos modernos da civilização de
paz, de ciência e de indústria.
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